Capitulo 11

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Marta: Então... como conheces-te o meu primo?

Thomás: Foi no verão de 1920....

Ela riu.

Marta: Conta lá.

Thomás: Ok... eu nasci cá na Califórnia e o Matheus também, as nossas mães eram as melhores amigas e nós estava-mos sempre juntos. Fica-mos melhores amigos também mas a minha mãe acabou por falecer quando tinhamos 6 anos.

Marta: Thomás desculpa.

Ela pôs a sua mão por cima da minha.

Thomás: Não faz mal, isso já foi à muito tempo.

Marta: Mas não és irmão da Maya?

Thomás: Não...

Ele respirou fundo e continuou.

Thomás: O meu pai abandonou a minha mãe antes de eu nascer. A Rose ajudou a minha mãe enquanto ela estava grávida de mim. Quando a minha mãe morrer a Rose foi obrigada a mandar-me para casa dos meus tios em Portugal, por isso eu vivi lá até aos meus 14 anos. Mas eu odiava os meus tios... eles eram maus e só queriam saber de dinheiro, então a Rose conseguiu que uma família aqui na Califórnia me acolhe-se.

Marta: Os pais da Maya.

Thomás: Sim. A Susan e o Robert são como pais para mim e devo-lhes tudo, a Maya ficou como uma irmãzinha que nunca tive. Estudei cá até aos 17 e conheci a Beatriz.

A Marta fez uma cara assim que pronunciei o nome da Beatriz e eu sorri mas continuei.

Á um ano para cá fui para Portugal estudar e venho cá nas férias.

Voltei a ver o Matheus que não via á anos e o Martim que andava connosco na escola. Era-mos os melhores amigos nós três, era-mos tipo uns rufias na escola todas as raparigas gostavam de nós e nunca nos separava-mos até eu ter de ir para Portugal.

Marta on

Marta: Eu não sei o que dizer... desculpa eu não devia sequer me estar a meter nisso. Thomás desculpa.

Ele segurou o meu queixo obrigando-me a olhar para ele.

Thomás: Marta pára, tu não me obrigaste a fazer nada eu contei porque quis. E agora conta-me tu algo sobre ti.

Marta: Bem... os meus pais sempre estiveram juntos desde os seus 18 anos e sempre se deram bem. A minha Tia levava o Matheus de vez em quando lá a casa quando era-mos pequenos mas já não nos via-mos á muito tempo. Basicamente a minha vida sempre foi normal sempre tive amigos na escola e nunca arranjei confusões.

Acaba-mos de comer enquanto conversava-mos e no fim ele levou-me a casa.

Thomás: Gostei muito do almoço, temos de combinar mais Martinha.

Marta: Se te portares bem, sou capaz de pensar no assunto.

Ele sorriu com a minha escolha de palavras.

Fechei a porta e subi para o meu quarto, aparentemente não estava ninguém em casa.

Pus o telemóvel a carregar. Já eram as quatro da tarde. Liguei a Terese.

Terese: Alô?

Marta: Oii. Estas onde?

Terese: Viemos ao supermercado comprar umas coisas que faltam ai em casa e já vamos.

Marta: Ok.

Terese: Beijinhos.

Desliguei. Peguei na minha coluna, pus a dar I Don't Care de Ariana Grande e deitei-me na cama.

O último pôr-do-solOnde histórias criam vida. Descubra agora