Ele não disse nada e levantou-se. Não consegui conter mais as minhas lágrimas e deixei-as sair. Ele aproximou-se.Thomás: Eu não vou mentir, fiquei pior que estragado quando tu não apareceste...e ontem com o Louis...
Marta: Não aconteceu nada entre nós e nunca vai acontecer...
Thomás: Mas sabes o que foi pior...foi eu não ter conseguido ficar longe de ti... e ter vindo até tua casa, mesmo bêbado e magoado.
Marta: Desculpa...
Ele empurrou uma madeixa de cabelo que me caia para a cara e continuou.
Thomás: Eu não consigo deixar de pensar em ti...eu pensava que não era nada mas Marta. Eu tento e depois apareces outra vez e destróis o muro que eu construi.
Marta: Thomás...eu também não paro de pensar em ti...o que me está a deixar louca.
Eu preciso de lhe dizer que gosto mesmo dele. Eu sempre gostei. Preciso que ele também me diga isso a mim. Eu preciso que ele me diga que vai estar sempre ao pé de mim e que nunca me vai deixar...
Thomás: Eu gosto...realmente de ti.
Ele não me deu sequer tempo de responder, ele aproximou-se tanto que eu mal conseguia pensar direito. Sentia a sua respiração pesada a bater na minha cara.
Thomás: E eu sei que me desejas tanto quanto eu a ti...
A minha respiração também estava pesada. Eu não me conseguia mexer, estava ali imóvel sem dizer ou fazer nada. Ele beija-me. Levo uma mão até ao seu cabelo e a mão dele desliza até á minha cintura. O beijo tão esperado aconteceu. Era lento e doce, parecia mesmo saído de um filme. Nenhum de nós queria quebrá-lo era tão frágil, nenhum de nós queria enfrentar a realidade que estava por trás daquele simples beijo. Eu estava a chorar, e a sua boca ainda sabia a restos de álcool. Pode parecer muito lamechas, mas foi perfeito.
O beijo parou, ficamos ali a olhar um para o outro á espera que algum fala-se mas parecia que nenhum de nós queria estragar o momento. Sequei as minhas lágrimas, e olhei para ele. Parecia que ele estava a pensar em cada palavra que ia sair muito cuidadosamente.
Marta: Não te queria magoar. Eu amo-te mais do que qualquer outra coisa, vi isso no dia em que nos conhecemos no aeroporto. Só não o queria admitir. Thomás, por favor perdoa-me.
Thomás: Shh. Não penses mais nisso. Eu também te amo.
Sorri e ele também sorriu parecia-mos dois tontinhos, parvos e apaixonados. Voltamos para dentro e e sentamo-nos no sofá.
Marta: Queres que filme?
Thomás: Tanto faz, escolhe tu.
Pus o filme a dar. Encostei-me a ele, não sabia bem se nós estava-mos a namorar realmente mas neste momento estava bastante feliz.
Acordei, tinha adormecido com a cabeça no seu peito. Ele estava a fazer festas no meu cabelo.
Marta: Thomás tenho uma pergunta...nós namoramos?
Ele sentou-se melhor no sofá e olhou para mim.
Thomás: Isso tu decides... Marta queres namorar comigo?
Marta: Hum...claro!
Beijei-o, nesse momento a porta abre-se.
Tia: Então meninos estão bem.
Marta: Sim tia.
Tia: Só estão cá vocês? Onde andam os outros dois?
Eu não sei bem se a minha tia sabe que eles namoram mas...
Marta: Eles foram comprar umas coisas ao super-mercado.
Tia: Ok dear. Eu vou jantar com um amigo. Portem-se bem.
Marta: Então tia, alguém que eu deva conhecer?
Tia: For now... não.
Marta: Diverte-te.
Ela saiu. Momentos depois a Terese e o Matheus chegam a casa.
Marta: Então como correu?
Terese: Foi muito giro. Mas calma...o que é se passa aqui?
Matheus: Sim...o que é que se passa aqui?
Thomás: Bem...
Marta: Nós namoramos!
Matheus: Parabéns mano.
Ficamos a falar até á hora de jantar. O Thomás foi se embora e eu fui fazer uma massa para a gente comer.
...
Beatriz on
Acordei, fui fazer a minha higiene normal e quando acabei fui até á cozinha. Nenhum dos meus pais estava em casa, nunca estão, desta vez estavam na Áustria numa conferência de trabalho.
Tomei o pequeno-almoço e liguei á Joana.
Chamada on
Joana: Alô?
Beatriz: Bom dia, temos de entrar novamente em ação.
Joana: Como assim, da outra vez correu bem. Pensava que ficava-mos por ai.
Beatriz: Não, agora que eu estou próximo de conseguir o que quero não podemos parar.
Joana: E então o que vamos fazer desta vez?
Beatriz: Ainda não sei bem...mas o Tomy tem de perceber que aquela sonsa não é para ele.
Tenho de fazer alguma coisa não vou entregar o Thomás de bandeja aquela miúda. Nós fomos tão felizes, será que ele não percebe isso?! Ele ainda gosta de mim eu sei, lá no fundo ele ainda me ama.
Joana: Pensa e depois diz-me o que é preciso eu fazer. Mas vê-la o que fazes.
Beatriz: Ok, love you.
Chamada off
Terese on
Acordei ao lado do Matheus, ultimamente não tenho posto os pés na minha cama. Mas gosto tanto de dormir com ele.
Passei a mão no seu rosto e ele abre suavemente os olhos.
Matheus: Bom dia amor.
Sorri. Ele deu-me um beijo na testa e levantou-se.
Terese: Onde vais?
Disse deitada na cama a olhar para ele a vestir-se.
Matheus: Hoje amor vou ter de ir resolver umas coisas fora daqui, vou estar fora o dia todo.
Terese: Hum...e pode-se saber porquê?
Matheus: Não é nada de especial, apenas uns assuntos chatos.
Não insisti mais naquele assunto. Fiquei mais um pouco deitada na cama e passado uns 20 minutos ouço a porta de baixo a abrir e depois a fechar.
Levantei-me e fui até ao quarto da Marta, sim porque já não era mais o "nosso" quarto, eu prefiro o do Matheus...Terese: Marta?
Marta: Bom dia.
Ela diz a sair da casa-de-banho.Terese: Então o que vamos fazer hoje?
Marta: Terese não leves a mal mas eu e o Thomás íamos ao cinema os dois...desculpa.
Terese: Bem... parece que todo o mundo decidiu me deixar sozinha hoje.
Ela deu-me um beijo na testa e foi embora.
Terese: Divirtam-se.
Gritei e ouvi a porta fechar a seguir.
O que é que eu vou fazer.... acho que vou dar uma corrida até a praia. Desde que cá estou ainda não fiz nenhum exercício e estou a ficar uma lontra.
Vesti as minhas calças justas de treino e a minha camisola. Atei o cabelo num rabo-de-cavalo e fui pegar uma maçã para sair de casa.
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O último pôr-do-sol
Roman pour AdolescentsMarta é uma adolescente de 17 anos normal, distraída e descontraída, de nacionalidade Portuguesa. A sua melhor amiga Terese é responsável e divertida. Estas duas são inseparáveis, e vão passar o verão juntas. Matheus um menino simpático e giro, é pr...