19. Take Care Of My Girl

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P.O.V Lauren

Passamos alguns dias na terra natal de Camila antes que voltássemos para Miami. Normani e Dinah tiveram que ir mais cedo, por conta do trabalho das duas e de alguns compromissos que elas não podiam adiar. Minha namorada havia ligado para a lanchonete onde trabalhava contando sobre a situação, e seu chefe foi muito compreensivo e deu a ela uma semana de folga, por conta do luto.

Durante esses dias, fiquei na casa dos Cabello, dividindo a cama de casal com Camila e Sofia, que parecia mais grudada na irmã mais velha do que nunca. Camz sempre chorava quando percebia que sua família não estava por perto, me abraçando com força e enterrando sua cabeça no meu pescoço, mas aos poucos as coisas foram se acalmando, e ela foi melhorando.

- Ah Lern, por favor, tenta convencer a Camila a me levar junto pra Miami! Só no fim de semana!

- Sofi... - ela me olhava com cara de pidona, com os olhinhos brilhando. - Senta aqui, deixa eu te explicar o motivo de ela querer que você fique aqui. - a pequena se sentou no meu colo, encarando-me atentamente. - Você sabe que seu pai está muito sozinho agora que ele não tem mais a sua mãe. Ele precisa de você aqui para se animar um pouco, ficar mais feliz. Você não quer que o papai fique triste, quer? - ela negou com a cabeça. - Então fique aqui com ele. Daqui um tempo, quando tudo estiver melhor, nós voltamos aqui só para te buscar, aí você vai poder passar o fim de semana todo brincando com a Nina. O que acha dessa ideia?

A garotinha me olhou empolgada, dando-me um abraço apertado no pescoço, quase me sufocando, o que me fez rir. Logo pude ouvir os passos de Camila entrando no quarto. Ela sorriu com a cena e não demorou para tirar uma foto minha e de sua irmã com a câmera do celular.

- Posso saber o que as duas estavam tanto de conversa? Faz meia hora que estou chamando as duas para o almoço e nada. - olhei para minha namorada com um olhar acusador – Ok, fazem cinco minutos. Me deixe exagerar. - eu ri e segurei o queixo dela, dando-lhe um selinho nos lábios.

- Mila, quando eu for grande, eu vou gostar de beijar meninas igual você ou de meninos igual a mamãe? - eu e Camila rimos da pergunta inocente da menina, e a latina se sentou na cama perto de nós.

- Eu não sei, Sofi. Você ainda vai descobrir isso. Você pode gostar tanto de meninas quanto de meninos. Mas pode gostar dos dois também. Isso não importa tanto, são só preferências.

A pequena assentiu com a explicação da irmã e saltou do meu colo, reclamando de fome. Ela saiu correndo até a cozinha, e eu e Camila fomos logo atrás.

...

Depois do almoço, começamos a arrumar as coisas para voltar para Miami. Sofia fez um pequeno drama na hora de se despedir, mas se comportou mais do que eu estava esperando, considerando a vontade que tinha de ir conosco para brincar com Nina. Camila se despediu do pai, e quando eu fui fazer o mesmo, meio sem graça, Alejandro me abraçou como seu eu fosse uma filha.

- Cuide da minha menina, tá legal? Você faz  Camila realmente feliz, dá pra ver isso estampado no rosto dela quando te olha. Continue fazendo isso. - não pude deixar de sorrir com suas palavras.

- Não vou decepcionar o senhor. - ele sorriu, e me soltou, me ajudando a colocar as malas no carro.

Entramos no veículo e minha namorada ligou o rádio, deixando um CD da Lana Del Rey que estava ali, tocar. Sorri quando ela aumentou o som, e arranquei com o carro, começando a dirigir. Camila colocou a mão em minha coxa enquanto cantarolava a letra da música com aquela voz angelical.

- Está melhor, amor? Com tudo isso, digo.

- Na verdade, estou. Mamãe não gostaria de me ver chorar todas as noites, como eu estava fazendo. Seja lá onde for que ela esteja, sei que não quer me ver sofrendo, e é por isso que estou melhor. Sei que ela está bem e não sente mais dor. - coloquei minha mão sobre a dela em minha perna, acariciando seus dedos com os meus.

- Tem razão... É um lindo jeito de pensar. - ela sorriu e deu um beijo em minha bochecha.

- Obrigada por tudo, Lolo. Por estar comigo nesses dias tão difíceis para mim. Eu sei que você já passou por coisa muito pior, mas a morte da minha mãe foi horrível para mim.

- Camz, eu ter passado por coisas difíceis não tornam seus probelmas menores. Cada um tem sua dor, seu limite. Não é porque meu limite foi ultrapassado, que o seu não signifique algo. Eu me importo com cada pequena coisa que acontece com você, sejam elas boas ou ruins. Espero que tenha me entendido.

- Não compreendi muito bem essa sua teoria dos limites, mas vou te beijar mesmo assim só por você parecer extremamente inteligente enquanto fala. - eu ri, e ela aproveitou quando o carro parou em um semáforo para me dar um beijo calmo e carinhoso. - Te amo, branquela.

Eclipse - CamrenWhere stories live. Discover now