Gael - Perseguidor

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Vê- la usando aquele aquele micro vestido juntamente com aqueles saltos enormes e sensuais fez coisas estranhas pro meu corpo e para a minha mente. Enquanto meu corpo gritava de vontade de joga- lá em minha cama e fazer com que ela esquecesse seu próprio nome, minha mente gritava palavras de fúria que eu deveria dirigir a ela por ousar sair assim, mostrando o que é meu para qualquer babaca que passasse na rua. Mas pro meu azar eu não poderia fazer nem uma coisa, nem outra, tudo que eu podia fazer era ficar como um patético perseguidor olhando ela de longe, impotente e infeliz, rezando pra que ela não fizesse nada estúpido que me fizesse jogar tudo pro alto mais uma vez.

Mas graças aos céus, uma semana já havia se passado desde que eu larguei toda a minha vida apenas para observa- lá, e nada de errado tinha acontecido. Até agora a vida de Íris longe de mim se resumia a ficar horas trancada em casa saindo apenas com poucas amigas para lugares como cafeteira e biblioteca. Sinceramente eu não conseguia ver onde ficar aqui era melhor do que tudo que eu poderia dar a ela, e isso doía um pouco, mas no momento eu só conseguia agradecer por ela não ter feito nada que me fizesse perder a cabeça e sair do plano.

Ela não podia me ver, eu só me mostraria a ela no momento certo e no lugar certo, um lugar onde seria impossível ela correr de mim, e então eu a faria ver que eu sou o amor dá vida dela e que temos que ficar juntos pra sempre, era isso ou eu iria prendê- lá comigo pra sempre, e sim, eu sei que isso soa tremendamente errado, mas eu estou bastante desesperado no momento.

Quando eu vi aquele babaca chegar perto dela naquela festa eu simplesmente surtei. O cara estava comendo ela com os olhos, e eu queria mata- lo, mas consegui me controlar o suficiente para pensar em um plano alternativo. Liguei pra ela sem muitas esperanças, eu ligava pra ela várias vezes ao dia desde que ela fugiu mas ela nunca me atendeu, então quando ela finalmente o fez eu levei a porra de um minuto pra ter certeza que não era um sonho.

Ela não só me atendeu como fez exatamente o que eu pedi no telefone, o que me deu uma tremenda paz de espírito e fez com que eu tivesse ainda mais certeza de que ela era minha. Ela só estava com medo da intensidade do nosso sentimento e também do meu gênio um pouco estável, mas eu provaria pra ela que poderíamos cuidar disso juntos. Daria certo, eu tinha fé.

No dia seguinte a festa, com esperanças renovadas novamente liguei pra ela, mas ela havia voltado ao seu abitual de me ignorar completamente. Mas eu não desisto nunca e continuei ligando. A segunda feira chegou, e eu sabia que hoje eu tinha um bônus em minha vantagem, então as ligações continuaram, até que finalmente no final dá noite ela me atendeu como eu esperava.

- Oi minha linda! Sentiu saudades?- eu pergunto brincalhão. Meu plano começou efetivamente hoje, então estou bem mais leve.

- Oi Gael. Você nunca desiste? - ela pergunta também um pouco divertida.

- De você? Nunca!!! Eu nunca vou desistir de você Íris! Nunca! Você é minha, e quando menos esperar eu vou te ter ao meu lado de novo. - eu digo seriamente.

- Acabou Gael... Nós não somos bons um pro outro... - ela fala baixo e com tristeza.

- Não acabou! Você é minha Íris, por mais que tente fugir disso você sabe que é! Eu te amo! - eu esbravejo.

- Você não sabe se é amor...

- Nunca mais repita uma merda dessas! - eu a corto furioso por ela duvidar dos meus sentimentos, e ela fica em silêncio.

- Me desculpa por gritar amor... - eu digo depois de me acalmar um pouco. - Eu só... Eu só não aceito que você duvide do meu amor por você. Eu entendo amor, eu sei que toda essa minha loucura e intensidade podem te confundir as vezes, mas eu te amo de verdade, muito. Não é um amor calmo, pois eu não sou assim. É um amor louco, intenso, cheio de desejo, de ciúme, mas é real. É a coisa mais forte e mais bonita que eu senti na vida... E eu sei que você me ama também.

- Eu acredito em você... Mas o amor nem sempre é suficiente. Eu queria que fosse, mas não é. - ela diz.

- Eu vou mostrar pra você que é. - eu digo com convicção. - Eu estou louco de saudades de você amor, do seu corpo... Você sente minha falta?

- Eu sinto... - ela admite depois de um tempo.

- Eu queria estar aí com você, beijando seu corpo todo enquanto você geme meu nome. Eu queria provar seu gosto mais do que tudo agora... - Eu falo a verdade, eu estou louco de tesão por ela só falar comigo ao telefone.

- Gael... - ela tenta falar como se me repreendesse, mas sai mais como um gemido.

- Eu queria estar dentro de você, me enterrar com força em você, e te fazer gozar até você cair exausta nos meus braços... - eu falo rouco de desejo por ela, e ouço quando ela solta um gemido ao fundo. - Me diz onde você está amor? Me deixa te mostrar que nosso lugar é juntos?- eu imploro.

- Não da... Eu não posso... - ela fala soando desesperada.- Eu só atendi porque preciso falar com você, apesar de tudo eu sinto que te devo isso.

- Pode falar amor... - eu encorajo

- Eu vou viajar por um tempo Gael. Eu vou sair do país. - ela fala temendo a minha reação, mas não há o que temer, dessa vez finalmente eu estou no controle de tudo.

A cura di amore #Wattys 2017Onde histórias criam vida. Descubra agora