Gael- O troco

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Um mês havia se passado da nossa lua de mel, e eu ainda estava vivendo o sonho. Na verdade, acredito que estarei sonhando eternamente. Nosso viagem para Santorini foi a mais especial da minha vida até hoje. Lógico que nós visitamos todos os lugares lindos, fizemos passeios, mergulho, compras, enfim tudo que os verdadeiros turistas fazem, mas principalmente nós namoranos muito. Ficamos muito tempo amando um ao outro. Passávamos as noites fazendo amor até a exaustão. Não tivemos muito tempo de sono nessa viagem, mas não ficamos mal por isso,  teríamos muito tempo de sono durante o resto da vida para compensar, ou não.

Duas semanas depois de voltarmos foi a hora de Júlia e Iam voltarem para casa, e essa despedida foi bem difícil. Logo nosso sobrinho chegaria ao mundo e nós queríamos muito estar perto dos nossos melhores amigos nesse momento tão especial. Então, como a Íris não quis mais voltar ao curso, decidimos encurtar nossa estadia na Ítalia, de maneira que este era o nosso último dia aqui, amanhã bem cedo pegaríamos o nosso vôo de volta para casa, seria o início verdadeiro da nossa vida juntos.

Eu passei uma grande parte do dia resolvendo as coisas na fazenda, uma vez que agora eu seria o responsável por administra-la assim como o hotel, então queria deixar as coisas bem resolvidas para o meu primo, que seria encarregado do lugar enquanto eu estivesse fora.

Propus que Íris e eu fizéssemos algum passeio de despedida, mesmo com o tempo apertado, ou que ela fosse comigo andar pela propriedade para ficarmos juntos enquanto eu trabalhava, mas ela declinou. Disse que queria fazer as malas com calma e que tinha outras coisas importantes a fazer. Tentei persuadí-la a me dizer o que era, já que andava muito misteriosa nos últimos dois dias, mas como prometi que controlaria meu gênio, e tentando mostrar a ela minhas boas mudanças, eu aceitei e deixei que ela resolvesse suas coisas sem me  intrometer. Mesmo assim um dos empregados da fazenda ficou responsável por segui-la, muito discretamente se ela saísse de carro por algum motivo. Sem ela saber é claro, pois se soubesse ela ou me mataria ou fugiria para o Himalaia, e nenhuma dessas opções era muito boa pra mim, apesar de que eu a buscaria em qualquer lugar, mesmo no Himalaia, e não a deixaria nem morto.

O empregado me informou que ela saiu a tarde e foi até o centro. Entrou em algumas lojas e voltou em segurança. Provavelmente comprando algumas lembranças de última hora, então eu não me preocupei muito.

Ao fim do dia voltei para casa e a encontrei me esperando na cozinha. Ela havia preparado uma janta para nós, e tudo estava perfeito.

- Conseguiu fazer tudo que você precisava antes de irmos amor? - perguntei casualmente quando ambos acabamos de comer.

- Sim, consegui. Mas tive que ir até o centro a tarde comprar algumas coisas de última hora. Mas você já sabe disso, uma vez que o seu empregado que me seguiu deve ter contado... - ela diz, me olhando divertidamente.

- Como você sabia? - eu perguntei incrédulo, já que não adiantava negar, eu não queria mentir pra ela.

- Bem, os italianos não são muito famosos pela discrição, e na verdade eu esperava por isso. Já sei que ele me segue a algum tempo . - ela da de ombros.

- Se você sabia, porque nunca falou nada?

- Bom, porque não era realmente importante. Ele nunca me atrapalhou em nada, apenas ficava lá como um segurança, e eu entendo as suas preocupações. - ela disse pegando minhas mãos.- Mas da próxima vez eu agradeço se você me contar antes, por favor.

- Você tem razão. Me perdoa?- ela fez que sim com a cabeça.

Fomos para o quarto mais cedo para descansar para a viagem, mas meu corpo tinha outras ideias.  Assim que passamos da porta a peguei de surpresa em meus braços, e a joguei no centro da cama.

A cura di amore #Wattys 2017Onde histórias criam vida. Descubra agora