Gael - Surpreendente

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Bati naquele idiota sem pena, e com fúria dobrada, afinal ele mexeu com a minha mulher e com a mulher do meu melhor amigo, cagada dupla. Por mim eu mataria ele sem dó, menos um babaca no mundo, mas uma voz na minha cabeça ficava repetindo coisas como: "a Íris não gosta de violência", "ela vai fugir de você quando vir novamente o quanto é descontrolado", "isso vai acabar com o casamento de vocês"... Nenhuma dessas ideias estava me fazendo parar no momento, para todas eu tinha uma solução simples, eu prenderia a Íris em algum lugar até que ela me perdoasse. Eu não a deixaria fugir de novo, era um fato.

Quando ele caiu no chão e eu me preparava para esmurrar com vontade sua cabeça contra o concreto, uma voz finalmente me fez parar: "você vai ser presso, e ela vai ficar com outro cara"... Eu poderia fugir com ela, mas ainda tinham muitas coisas que eu queria mostrar a ela, então fugir não era uma boa opção.

Com muito esforço e força de vontade me afastei da massa ensanguentada que estava no chão, ele estava vivo entretanto. Internamente eu agradeci por ele ser um babaca resistente, eu não queria deixar a Iris sozinha para que outro a tomasse de mim. Recuei arfando, enquanto limpava do rosto o seu sangue que havia espirrado em mim, e já preparava o meu discurso de macho alfa, do tipo fica longe da minha mulher ou da próxima eu te mato, quando vi Íris se desprender do Iam e correr na direção do idiota que tinha mexido com ela, e que tentava se levantar apoiado no carro.

Que merda!! Ela ia terminar comigo porque eu bati no cara, e ela odiava quando eu era violento. Fiquei parado sem saber o que fazer enquanto eu via minha mulher correr na direção de outro homem. Eu deveria ter matado ele no fim das contas, assim ela não ia ter para onde correr. Ela ia socorrer o idiota, eu não acreditava nisso!

- Íris... - o babaca falou se fazendo ainda mais de pobre coitado, tudo fachada. Homem que é homem apanha de cabeça erguida!

Ela apenas o encarou, e quando estava perto o suficiente dele, eu comecei a ir na sua direção para puxa-la de lá. Foi quando ela deu um tapa forte na cara dele, fazendo o gemer de dor, e me fazendo parar de boca aberta.

- Não fala o meu nome seu sujo! E nunca mais chega perto de mim, pois dá próxima eu vou ter prazer em deixar o Gael te matar! - ela disse raivosa e se virou para voltar na minha direção, que provavelmente ainda estava de boca aberta. Mas antes de me alcançar, ela se virou pra ele novamente e disse: - E se você tiver machucado a minha melhor amiga e o meu sobrinho, eu mesma vou te matar!

Algumas pessoas que estavam ao nosso redor começaram a aplaudir e assoviar, e eu sabia que logo chamaríamos ainda mais atenção, então puxei Iris para os meus braços e me virei para o Iam.

- Vamos embora, acho melhor levarmos a Júlia ao hospital para ver se está tudo bem.

- Tem razão, vamos logo. - ele respondeu, e logo levamos as meninas para o meu carro e dispensamos o motorista delas.

Passamos algumas horas no hospital enquanto Júlia era examinada, e graças a Deus tudo estava muito bem com ela e com o bebê. Assim que os médicos constataram que não havia nada de errado por conta da queda, Júlia foi liberada apenas com recomendações de descanso e observação. Iam certamente passaria a noite toda cuidando dela, então eu tinha certeza que amanhã o susto já teria passado.

Chegamos em casa no início da madrugada, e estavamos todos muito cansados. Iam foi o primeiro a se despedir, e subiu para o quarto carregando Júlia em seus braços, ainda com receio de deixá-la fazer qualquer esforço.

Como havíamos comido na lanchonete do hospital, também fomos para o quarto em seguida, sem nenhuma parada. Mas assim que entramos no quarto, Iris me surpreendeu mas uma vez, pedindo que eu tomasse um banho de banheira com ela. Então preparei a banheira enquanto ela se despia. Com tudo pronto, me despi rapidamente também, e entrei com ela na água morna da banheira. E a sensação de relaxamento, logo após tanto estresse, foi muito bem vinda.

Assim que senti seu corpo nu junto ao meu todo o cansaço que eu tinha desapareceu de imediato, substituído pelo desejo avassalador que sempre me possuía quando ela estava em meus braços. Mas ela parecia tranquila, apenas relaxando encostada em meu peito, e eu queria respeitar o momento dela. Então tentei me distrair, para dar a ela algum tempo.

- Você me surpreendeu hoje, meu amor... Não pensei que você fosse dar um tapa no cara, achei que você fosse querer bater em mim... - falei tentando parecer descontraído, mas ansioso por sua resposta. Ela realmente me surpreendeu de verdade​ hoje.

- Eu não gosto de violência. - ela falou veementemente. - E ainda acho que não adianta resolver as coisas sempre na base da porrada...

- Eu sei, eu... - digo já tentando me justificar

- Mas hoje você tinha razão.- ela me corta, me deixando sem fala. - Eu avisei várias vezes ao Lorenzo que não estava interessada, falei que era noiva, que ia me casar, que era apaixonada por você, enfim, que nunca sairia com ele. Pedi que ele se afastasse e fiquei muito magoada quando percebi que ele fingiu ser meu amigo apenas para poder se aproveitar de mim. Mas apesar de todos os avisos que eu dei, ele resolveu me desrespeitar, e tentar me forçar a uma coisa que eu não queria. Não havia mais o que fazer a não ser dar uma​ lição nele, quem sabe assim ele me deixe em paz...

- Ele vai deixar, eu vou garantir que ele nunca mais chegue perto de você. - eu afirmo, pois é verdade, ele não vai mais estar nem minimamente perto dela.

- Eu acredito em você. E eu agradeço, pois realmente não quero mais olhar na cara daquele covarde, ele mereceu cada soco que levou.

- Que bom que você pensa assim... Eu já estava me preparando pra ter que te amarrar na cama pra você não fugir mais de mim. - eu digo tentando soar leve, mas falhando completamente, pois isso ainda me apavora.

- Eu não vou mais fugir, eu prometo. - ela diz virando e olhando pra mim. - E eu quero que você saiba que eu nunca dei nenhum indicativo pro Lorenzo que de alguma forma correspondia aos sentimentos dele. Eu sempre tratei ele somente como um amigo, nada mais.

- Eu sei disso. Alguns caras são realmente tapados quando se trata de mulher, e ficam imaginando sinais onde não existem. - eu respondo enquanto a viro completamente pra mim passando suas pernas pela minha cintura. - Eu confio em você. Mas da próxima vez que isso acontecer, eu quero que você venha falar comigo, ok?! Te proteger é o meu privilégio.

- OK! Mas vamos torcer para que não haja uma próxima vez... -ela responde rindo.

- Do jeito que você é linda eu duvido muito... - eu digo aproveitando para puxa-la ainda mais para o meu colo, o tempo que eu pretendia dar a ela está finalmente encerrado.

- Hum...- ela geme quando sente o quanto eu a desejo nesse momento. - Que tal deixarmos tudo isso de lado então? Não consigo tirar a ideia de ser amarrada na nossa cama da minha cabeça, futuro esposo...

- Hum... - eu respondo apertando seu corpo ainda mais ao meu - Seu desejo é uma ordem futura esposa...

"Oi amores!!! Desculpem a demora para postar, mas o meu wattpad pirou e apagou todos os meus livros!!! 😱😱 Felizmente consegui recuperar tudo depois de desinstalar e instalar novamente o aplicativo, mas como ainda não tinha feito a cópia desse capítulo, acabei perdendo a metade dele, e tive que reescrever! Enfim, agora está tudo certo de novo, então espero que vocês gostem bastante do capítulo!!! Bjks a todos😘😘😘"

A cura di amore #Wattys 2017Onde histórias criam vida. Descubra agora