Gael - Ho voglia di te

1.7K 141 11
                                    

Passamos mais uma noite juntos, e eu consegui me controlar ao lado dela. Era uma sensação boa e estranha, pois mesmo que todo o meu corpo estivesse implorando por ela, mesmo que eu só pudesse pensar em me enterrar nela pela eternidade, a serenidade de tela em meus braços apenas dormindo, apenas juntos me fazia muito bem. Era uma sensação incrível e única, mas não aplacava a vontade que eu tinha dela.

Acordei cedo e relutantemente sai da cama. Eu não queria deixa-la, mas precisava resolver algumas coisas antes do almoço com minha família, e então eu voltaria para busca-la para podermos ir. Sim, eu fingi que aceitaria caso ela não quisesse ir, e cheguei ate a insinuar que levaria a Marcella em seu lugar, apenas para deixa- la irritada, mas esse não era o plano. Íris iria comigo a esse almoço, querendo ou não, e se precisasse eu iria carrega-la.

Deixei um bilhete em sua cômoda para quando ela acordasse, contendo apenas uma frase em italiano, que dizia muito de como eu me sentia agora:

"Ho voglia di te"

Eu não sabia se ela conheceria o significado, na verdade eu esperava que não. Seria um pequeno mistério que a faria pensar em mim pela manhã.

A manhã passou rapidamente enquanto eu cuidava de alguns assuntos importantes, tanto da fazenda quanto do hotel, tirando apenas um breve interrupção feita pela Marcella, que entrou em meu escritório mais uma vez sem bater, querendo saber a que horas sairíamos para o almoço. Eu prontamente lhe respondi que pediria a um dos rapazes da fazenda para leva-la uma vez que eu estaria indo com a minha namorada, o que fez com que ela saísse furiosa do meu escritório. Mas ela precisava desistir de uma vez por todas, principalmente porque eu não deixaria que nada nem ninguém interferisse no meu relacionamento com a Íris.

Com toda a correria da manhã, não pude voltar ao quarto pra ver como Íris estava, quando pude voltar já estava na hora de nos preparamos para o almoço. Voltei ao nosso quarto me preparando mentalmente para a batalha iminente para convence-la a me acompanhar.

- Oi amor... voltei... - eu falei enquanto entrava no quarto, apenas para parar de surpresa quando vi Íris em pé em frente a penteadeira com um lindo vestidinho azul rendado, que  batia no meio de suas coxas, e a deixava simplesmente deslumbrante. Só a sua imagem me deixou louco, e por alguns minutos eu só queria puxá-la para cama e fazer amor com ela pra sempre.

- Oi... amor... - ela falou vindo em minha direção.

- Eu... eu pensei que.... - eu simplesmente não conseguia mais formular as palavras.

- Eu resolvi ir com você no almoço. Eu quero conhecer sua família. Tudo bem pra você? - ela perguntou.

- Claro que está tudo bem, amor! Tudo perfeito! - eu digo vencendo a distância entre nós e a levantando e girando com ela em meus braços, como um casal de filme clichê.

Ela ria muito e eu fiquei meio perdido com o som do seu riso, até que ela colou os lábios nos meus, me fazendo perder completamente a noção de tudo, a não ser o calor e o desejo que emanava dos nossos corpos. Entretanto, ela interrompeu o beijo cedo demais, ou assim eu achei, eu não queria ter que parar nunca.

- Não... volta aqui... - eu implorei, tentando puxá-la de volta pra mim.

- Você ainda tem que se arrumar, Gael. Você não quer que eu conheça a sua família? - ela fala fugindo lentamente de mim com um sorrisinho maroto.

- Tudo bem, você tem razão. - eu respondo um pouco contrariado. - Eu vou tomar um banho e me trocar, e a gente pode ir.

- Eu vou estar aqui te esperando, amor... - ela fala me fazendo querer arrasta-la para o chuveiro comigo.

Depois de me arrumar vamos para a fazenda de um dos meus tios para o almoço. A fazenda do tio Guido é a maior da minha família, e uma das melhores fornecedoras do nosso hotel. O caminho até a fazenda também era espetacular, e Íris olhava tudo com admiração. Quando chegamos até a casa principal, todos vieram nos cumprimentar, e eram muitos. E todos estavam muito felizes em finalmente conhecer a mulher de quem eu falo desde a minha infância, de modo que ela foi acolhida instantaneamente como membro importante dá família. A maioria dos meus parentes falava um pouco de português, mas mesmo aqueles que não falavam nada transitavam ao redor de Iris tentando chamar sua atenção. Ela era requisitada por todos, de modo que estava sempre sendo levada para longe de mim, mas eu gostava de vê-la com a minha família, e ela parecia estar gostando de tudo.

- Sua família é um amor, sabia? - ela disse vindo até mim depois de pedir licença a umas primas minhas.

- Você gostou mesmo? Eu sei que eles podem ser meio sufocantes as vezes. - eu respondi incerto.

- De verdade, eu gostei mesmo! Por muito tempo eu fui sozinha com a minha mãe e eu sempre sonhei em ter uma família como essa, grande, barulhenta e amorosa! - ela disse com um enorme sorriso.

- Agora você tem amor, todos aqui são sua família também, e eu sei que eles te consideram assim também. - eu disse puxando a pra mim pela sua cintura.

- Eu sei, e eu sou muito grata por isso... - ela falou se aconchegando em meu peito. - E que história é essa de todo mundo já ter ouvido falar de mim desde que você era pequeno?

- Porque depois que eu te conheci, todas as vezes que eu tinha que vir pra cá e ficar longe de você eu ficava um chato. - respondi sorrindo. - Eu só falava de você e do quanto eu sentia sua falta, então todo mundo aqui já te conhece desde que eu tenho uns 6 anos de idade. Você sempre foi "lá ragazza di Gael" (a namorada do Gael).

- Aí meu Deus!!! - ela fica corada de vergonha, e eu aproveito a oportunidade para beija-la.

Trocamos um beijo lento, mas cheio de desejo, mas muito rápido somos interrompido por algumas primas, que insistem em levar Íris pra conhecer mais algum ponto dá fazenda que elas ainda não mostraram. Deixo ela ir relutantemente, mas fico observando a de longe até que sou interrompido por meu tio Guido.

- La sua ragazza è davvero bella. (A tua namorada é verdadeiramente linda). - meu tio comenta sorrindo. - quando è il matrimonio? (Quando será o casamento?)

- Presto!(em breve) - respondi. Eu já havia deixado meu tio ciente dos meus planos para o casamento, e ele estava me ajudando com alguns preparativos.

Meu tio apenas assentiu, e começando a conversar sobre alguns assuntos dá fazenda. Nesse meio tempo perdi Íris de vista, então pedi licença ao meu tio e fui procura-la.

Depois de um vinte minutos de procura, eu a encontrei voltando sozinha pelo caminho que dava em um jardim que havia atrás dá casa principal. Ela andava rapidamente e de cabeça baixa.

- Íris! Amor! - eu chamei para que ela me visse, e ela realmente olhou pra mim, e eu vi em seus olhos que havia algo errado. - O que aconteceu? Você está bem?

- Agora não Gael! Me deixa em paz por favor! - ela respondeu desviando de mim e tomando o caminho para dentro de casa.

Eu a deixei ir, atordoado por um momento com sua reação repentina. Resolvi seguir pelo caminho de onde ela tinha vindo, para tentar descobrir o que havia acontecido. Mas antes mesmo de chegar ao jardim eu já tinha minha resposta. Afinal só havia uma pessoa que poderia fazer um estrago desses, e eu faria essa pessoa se arrepender amargamente de ter cruzado o meu caminho.

" Oi gente!!! Espero que vocês gostem do capítulo!!! Agora, uma curiosidade: deixei uma frase em italiano sem tradução:

Ho voglia di te

Esse é um pequeno mistério pra quem tiver curiosidade de descobrir! Essa frase tem um significado específico, que é bem especial. Além de ser o nome de um dos livros que eu mais gosto em italiano, eu mesma tenho essa frase tatuada nas costas abaixo do nome do meu marido!
Quem conseguir descobrir do que se trata comenta!! Bjks 😘😘😘"

A cura di amore #Wattys 2017Onde histórias criam vida. Descubra agora