BELLA
Eu estou morrendo de raiva, aquelas palavras, eu já as conhecia, mas ouvi-las sair da boca dele, presenciar aquilo foi tenso, meu coração se quebrou, sinceramente, vim pelas crianças, Julie está alegre, muito alegre, mas Miles, não! Ele parece estar com raiva o tempo todo.
Eram três da manhã, eu precisava de água, ou de beber algo que me deixasse acordada, não quero dormir, apesar de que, se eu dormir eu esqueço aquelas palavras horrorosas por algum tempo.
Abro a porta do meu quarto, e graças a Deus eu estou com o meu pijama de ceda.
Desço as escadas centrais, quero encontrar a cozinha, mas não me lembro nem por onde eu passei para chegar aqui. Tantas portas.
Abro uma das portas e chego na mesma sala de estar de mais cedo, avisto o conhaque de George. Entro e pego um copo de cristal, coloco um pouco de conhaque, está frio aqui, está nevando, e eu aqui com meu pijama de alcinha fina de ceda, ainda bem que a lareira está acesa, me sento no sofá em frente à ela, o fogo me esquenta. Bebeirico um pouco do conhaque.
-Acordada?- Uma voz masculina forte, o perfume, Charlie.
Sua voz me assusta, coloco a mão no coração.
-Te fiz uma pergunta- Ele adora fazer isso, não está bem claro que eu estou acordada? Estou aqui bebericando o conhaque com frio, parece bem claro, meu olhos abertos...Queria falar tudo isso, mas, vou ser mal educada.
-Sim- respondo seca olhando para a lareira e a madeira sendo queimada.
Ele se senta ao meu lado, inalo seu perfume, a minha vontade agora, é ficar aconchegada no seu abraço, sentindo seu perfume.
-Não está com frio?- Pergunta encarando meu pijama.
Nego com a cabeça. Ele só concorda, e encara a lareira, faço o mesmo bebericando o resto do conhaque, ponho o copo na mesinha que fica do lado do sofá, nem preciso me levantar, sinto suas mãos colocarem um pano sobre meus ombros, ainda bem que ele viu que eu estava com frio.
-Obrigada- sorrio -Você não mora aqui?- pergunto tentando quebrar o mar de silêncio.
-Não-
-Por quê? -
-Como você viu hoje, meu pai, ele é uma pessoa muito difícil, e depois da morte de Filiph ele mudou, seu coração só piorou, ele ficou seco, frio- Sinto a tristeza em seu olhar, eu percebi George não é fácil de conviver.
-Fiquei assustado com o elogio que ele te deu hoje- Sei que ele falou se pensar e falou querendo dizer sobre o pai elogiar.
-Uau, obrigada, sei que não sou grande coisa, mas não precisa jogar na cara- Tento brincar, o que não deu certo!
-Não, por favor, entendeu errado, eu disse sobre o fato de ele elogiar, ele é frio e nunca elogiou ninguém- Ele me responde rápido.
-Eu estava brincando- riu da sua preocupação, seu rosto se alivia por completo ele sorri.
-Eu não moro aqui, mas eu venho quase todos os dias-
-Por que?-
-Para vê-lo apesar de sua grosseria, e ver Lauren-
-Lauren?-
-Minha noiva- sussurra, quase não consigo ouvir.
-Como?- Provoco
-Minha noiva- diz um pouco mais alto de cabeça baixa.
-Ah- Meu Deus o cara está noivo e eu aqui, quer dizer eu não estou dando em cima dele, não tem nada de errado. -Estão juntos a quanto tempo?-
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Querido Príncipe
RomanceA vida para ela nunca foi fácil, cuidar de dois sobrinhos, cujo os pais haviam falecido, não eram fáceis, aprontavam todas com a babá. Até o avô, querer vê-los, passar o natal com eles, lá ela conhece Charlie, irmão de seu cunhado, e uma história...