Cap-01 Nanda

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Como de costume todas as manhãs, meu despertador toca as exatas 07:00hs da manhã.
Pego o despertador, desligo, levanto e vou em direção o banheiro. Faço todas as minhas higienes, volto pro quarto, me visto, pego minha mochila e desço as escadas.

Chego na mesa do café e meu pai como de costume está tomando café e lendo seu jornal e como de costume, lhe depósito um beijo no rosto.  logo em seguida sento em uma cadeira e colocando a mochila em outra, o comprimento.

-Bom dia papai- falo enquanto coloco um pouco de suco no copo

-Bom dia querida- diz e coloca a xícara e o jornal sobre a mesa

Meu pai é bem jovem, tem 37 anos, um corpo bem musculoso, cabelos pretos e pele bem clara.  Minha mãe como não tive tempo de conhecer, só a vejo por fotos, mas ela também era muito linda, e ainda hoje sofro muito com a falta de uma figura materna.
Meu pai sempre conta como minha mãe era, e como eram apaixonados.
Eles se conheceram no Colégio, minha mãe com quinze anos e meu pai dezessete, namoram por quatro anos, e depois minha mãe acabou descobrindo que estava grávida de mim, e apesar de ser uma gravidez indesejada, eles me amaram e ficaram muito felizes e decidiram casar, más só passaram nove meses juntos depois da notícia da gravidez, até que ela morre no parto.
Dês de então meu pai me criou, cresceu na empresa, eu terminei meus estudos ano passado, hoje faço faculdade de Medicina.

Termino meu café em silêncio, o que é estranho meu pai está tão calado, ele Ta sempre tagalerando.
Até que ele fala quebrando o silêncio.

-Terminou seu café querida?- diz ele

-Sim papai- falo levantando

-Então vamos que tenho que chegar cedo na empresa- levanta ele pegando sua pasta preta na cadeira e ajeitando sua gravata.

-Algum problema na empresa papai? Me parece preocupado- falo e pego minha mochila colocando sobre o ombro apenas uma alça.

-Está tudo bem querida- vem até mim e beija minha testa -Fique tranquila, agora vamos

Acinto e saio de casa entrando no carro do meu pai, e novamente meu pai vai o caminho todo em silêncio.
Tenho certeza que tem algo errado nisso, mas decido ficar quieta.

Chego na faculdade, me despeço do meu pai e desço do carro.
Chego na entrada da faculdade e vejo minha melhor amiga, a Andressa.

-Aí minha vaquinha- vem até mim e me abraça

-Noooossa, até parece que a gente não se ver a anos- sorrio

-A dois dias, muito tempo- entramos na faculdade e vamos assistir aula

Andressa é minha melhor amiga dês de que nasci, ela além de amiga é minha prima, a mãe dela era irmã da minha mãe.

Depois de assistimos todas as aulas, saímos da faculdade e o motorista da Andressa já está esperando por ela.

-Já vou indo, mais tarde eu passo lá na tua casa Ta bom?- fala ela

-Claro- falo e ela vai

Sento em um banco e fico esperando meu pai que sempre passa pela aqui pra gente ir pra casa juntos e almoçar e depois ele volta pra empresa.

Sinto uma mão em meu ombro, me assusto mas logo me acalmo ao ver quem é. É Jhonatan, o garoto que eu gosto dês do ensino médio.
Ele sorri pra mim e eu retribuo o sorriso, ele senta do meu lado.

-Oi- sorri, e que sorriso, Jhonatan é lindo, tipo muito lindo

-Oi- sorrio envergonhada

-Como cê ta Nanda?

-To bem e você?

-Também, porque não foi ainda? Andressa já foi e vocês sempre saem igual.

-É que meu pai ainda não chegou, interessante você perceber isso John- sorrio

-Claro, sempre que você sai eu saio atrás pra tentar falar com você mas nunca consigo

-A, e porque vem atrás de mim?

-Bom, é só que eu queria te convidar a ir na que la balada que abriu, a Play, cê sabe?

-A sim sei qual é- não, para tudo, ele Ta me chamando pra sair?

-Bom, é que eu aluguei ela pra sábado, é meu aniversário, quero muito que você vá, pode ser?

-A claro, vou sim- aff lógico que ele nunca olharia pra mim com outros olhos. Percebo meu pai chegar- Tchau John

-Tchau Nanda, até amanhã- aceno e entro no carro

Entro no carro e meu pai me olha sério e da partida.

-Quem é aquele garoto Maria Fernanda?- diz sério

-A pai só um amigo- falo

-Ata- fala e passa as mão no cabelo

Chegamos em casa, entro e me jogo no sofá, meu pai senta no outro sofá, e com uma cara nada boa.

-Filha a gente precisa conversar.

-Claro pai- sento e encaro ele

-Antes de tudo eu quero te dizer que isso é uma coisa que já está decidido, por favor aceite numa boa minha filha, não será para sempre.- fala em um tom muito sério e cauteloso, como se tivesse feito algo e já estivesse arrependido.

-O...O que o senhor fez pai?- pergunto já com receio da resposta, ele passa as mãos pelo rosto, e baixa a cabeça.

-Você vai casar

-O QUE?- fico de pé

-Você não terá escolha, o contrato já está assinado por mim.

-EU NAO VOU CASAR COM NINGUÉM, FODA-SE ESSE CONTRATO.

-VOCÊ BAIXA ESSE TOM MARIA FERNANDA, EU SOU SEU PAI- levanta

-Sabe, você não tinha esse direito, eu te odeio- falo bem perto dele e subo as escadas entrando no meu quarto e fechando a porta com força.




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