Cap-46 Nanda

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Ta, eu gelei, tremi e estremeci imagine a Dressa. Ela me olha com um olhar tipo "e agora?" Eu apenas tentei acalmar ela com um olhar.

-É isso que vocês ouviram, eu vou ser pai.- Daniel fala na maior tranquilidade do mundo eu não entendia aquilo.

-Filho... isso, isso... eu não sei o que dizer.- fala a mãe dele.

-Eu sei, parabéns meu filho.- fala o pai do Daniel vindo até ele e lhe dando a mão.

-Obrigada pai. Mãe eu sei que a senhora está em choque, mas eu amo a Dressa, Ela me ama, não planejamos um bebê agora, mas ele veio. E Eu já o amo com todas as minhas forças, e eu pretendo ser o melhor pai do mundo para meu filho.- eu senti sinceridade nas palavras do Daniel, olhei para Dressa e ela estava atenta a tudo com os olhos marejados.

-Filho eu não vou julgar a Dressa, eu também tive você muito nova, e mesmo tento o apoio dos meus pais e do seu pai, foi difícil. Foi um choque realmente saber que vou ser avó, mas eu estou feliz vocês. Parabéns e podem contar comigo para o que precisar, principalmente você Dressa.

-Obrigada senhora.- fala Dressa.

-Pode me chamar de Isabela querida, senhora me deixa muito velha. Mas me diga, e sua mãe como reagiu a notícia?- pergunta dona Isabela com o sorriso maior do mundo nos lábios que presumo sumira logo.

-Minha mãe não reagiu nada bem dona Isabela, ela me expulsou de casa.- Dressa fala e baixa a cabeça, Daniel pega em sua mão que estava posta na coxa.

-Ou, desculpe querida eu não sabia.

-Tudo bem dona Isabela.- Dressa limpa uma lágrima.

-Acho melhor a gente ir.- finalmente Guilherme fala alguma coisa.

-Não vão ficar para o jantar?- pergunta o pai do Daniel.

-Não, agradecemos pelo convite mas é melhor nos irmos.- Guilherme levanta e eu também.

-Boa noite família.- falo.

-Boa noite querida, e mande um abraço para seu pai. Ele sumiu depois do seu casamento.- fala dona Isabela me abraçando.

-Sim, pode deixar dona isabela.-Retribuo o abraço.

Depois que a dona Isabela falou em meu pai eu lembrei do que ele falou, e amanhã mesmo ao meio dia eu irei. Dressa ficou na casa do Daniel, iria dormir lá. Viemos só eu e Guilherme, nada era dito, eu só olhava pelo vidro do carro enquanto o carro se movimentava.

-O que ouve Nanda? Está calada depois que saímos da casa do Daniel.

-Não é nada, eu só estou pensativa.- falo sem olhar pra ele.

-Com a ligação do seu pai.- ele não perguntou, ele afirmou.

-Sim, eu não posso evitar me preocupar.

-Olha Nanda, ele só deve querer se desculpar por ter se afastando de você depois do casamento. Não deve ser nada de grave.

-Tem razão...- forço um sorriso.

-É melhor tu não se preocupar, isso não faz bem para nosso filho.

Não respondi, apenas acenti. Chegamos no apartamento e pegamos o elevador. Assim que entro me jogo no sofá, olho minha barriga que estava com uma bolinha bem pequenina. Olha quem resolveu dar as caras. Sorrio.

-O que foi?- pergunta Guilherme vindo da cozinha com um copo com água.

-Minha barriga já está crescendo.- sorrio. Guilherme desce os olhos até minha barriga e eu retiro a mão. Guilherme põe o copo na mesinha e chega perto.

-Oi bebê, eu sou seu pai.- Guilherme fala próximo a minha barriga e eu não contenho a gargalhada.

-Não liga pra sua mãe, ela é doida.

-Há, me defamando para meu filho? Que feio Guilherme.

-Ue.- sorri.

-Temos que marcar uma consulta Guilherme.- falo

-Vou pedir para minha secretaria marcar amanhã.

Ele fala e eu acinto, ligamos a tevê e ficamos assistindo um filme qualquer que passava ali. Guilherme com a cabeça em meu colo e eu acariciando seus cabelos.

Após o filme fomos para o quarto e não demorou muito para eu conseguir dormi, mesmo estando ansiosa para amanhã ir ver meu pai.

Acordo no outro dia, olho para meu lado e vejo que Guilherme não está mais ali. Levanto e vou ao banheiro, tomo um banho, faço minha higiene e visto um vestido soltinho e uma sapatilha. Pego uma bolsa para colocar de lado, pego dinheiro e celular. Olho a hora e vejo que são 10:00hs. Passo pela sala e Maria ainda não havia chegado. Desço no elevador, pego um táxi e passo o endereço da casa do meu pai.

Chego e pago o táxi, a casa do meu pai estava tão diferente, o Jardim da frente que costumava ser limpo e sempre Verde, agora estava sem vida. Vou caminhando até s porta, aperto a companhia e espero um tempo e ninguém vem. Aperto mais umas vezes espero e ninguém vem. Giro a maçaneta e entro, não tinha ninguém ali.

-Pai.- chamo mas ninguém responde. Subo as escadas para da e acesso ao quarto do meu pai.

-Pai.- chamo e ninguém responde.

Abro a porta do quarto do meu pai e conforme vou abrindo vejo uma poça enorme de sangue, abro a porta de vez e meu mundo cai naquele instante...

-PAAAI.

Casada por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora