Cap-39 Nanda

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Saímos todos sem dizer uma só palavras. no carro do motorista Dressa foi no Banco do passageiro e eu e Guilherme atrás. Um silêncio se instalava entre nós, e então eu resolvo quebrar o silêncio.

-Eu pensei que você ia dizer muitas coisas por eu ter demorado me arrumando no quarto.- ele me olha.

-Você soube usar esse tempo muito bem, você está Linda.- nessa hora eu tenho certeza que corei.

-Obrigada, você também não está nada mal Guilherme.- sorrio para não deixar um clima pesado entre nós.

Ele sorri também e volta a olhar pela janela e eu faço o mesmo. Alguns minutos depois o motorista anuncia que já chegamos. Guilherme desce e me ajuda a descer também.

Dressa já está fora do carro, o vestido longo dela porém colado se reparasse bem já dava para ver um leve volume em sua barriga, por conta das oito semanas de gravidez. Dois meses em algumas mulheres a barriga já é bem visível. Mas eu e Dressa como não temos nem um pouco de barriga, fica mais difícil de notar.

Guilherme pega em minha mão e me guia até a entrada. Tínhamos que aparentar um casal feliz e recém casados. Dressa nos acompanha, e assim que entramos somos recebidos por Heitor que trajava um terno escuro. Ele nos comprimentou e pediu para os garçons nos levar a uma mesa e oferecer alguns quitutes. R assim um moço nos guia e logo trás uma bandeja com canapes. Eu e Guilherme rejeitamos mas Dressa aceita.

Conversamos por alguns minutos coisas banais e logo um homem da lei anuncia que ia começar o casamento.

O casamento no civil foi rápido e logo eles trocaram alianças. Depois do casamento a madrasta do Guilherme vem até nos e nos comprimenta. Na hora do bolo e dos salgados Guilherme e Dressa atacaram e eu rejeitei novamente. Estávamos todos distraídos quando uma voz irritante e familiar chama nossa atenção.

-Guilherme.- não pode ser, o que essa loira falsa faz aqui?

-Estefânia.- Guilherme a envolve num abraço, e eu até que fiquei com uma pontinha de ciúmes mas só uma pontinha de nada.

-Posso me juntar a vocês?- Pergunta a loira farmácia com uma voz que parece uma cobra com resfriado.

-Claro.- responde Guilherme e eu reviro os olhos.

-Maria Fernanda, como está?- que ódio porque que ela tinha que me dirigir a palavra?

-Ótima.

-E sua amiga? Não vai me apresentar?

-Estefânia essa é minha prima Andressa, Dressa essa é Estefânia uma... conhecida.- falo com a maior cara de tédio do mundo. Estefânia estende a mão para que Dressa pegue.

-É um prazer Dressa.- Dressa só olha para a mão de Estefânia e não pega.

-Querida para você é Andressa ok?- Dressa não gostou dela, quando ela fala "Querida" é porque ela quer arrancar os olhos da pessoa. Eu contenho o riso primeiro pelo vácuo que a mão da Estefânia ficou, e segundo por Dressa também não gostar dela. Ponto pra mim.

-Guilherme querido pode me acompanhar até o Jardim? Preciso te falar umas coisas importantes.

-Sim. Já volto meninas.- Guilherme sai com a cobra de saias.

-Não gostei dessa lacraia de saia.- diz Dressa tomando um pouco do suco.

-Nem eu amiga, bate.- estico a mão e Dressa bate em minha mão.

Dressa e eu ficamos conversando por mais o menos meia hora, toda hora eu ria das brincadeiras dela. Ela foi no banheiro vomitar umas duas vezes. Eu já estava achando estranho a demora do Guilherme.
E pra piorar tudo eu não tava me sentindo bem.

-Dressa eu não estou me sentindo bem, eu vou chamar Guilherme para irmos.- falo levantando. E Dressa só acente.

Vou andando em passos lentos até o Jardim da casa, saio e não vejo ele, decido ir para trás da casa onde fica a piscina. Eu realmente não estava bem, eu acho que preciso ir ao hospital.

Quando eu avisto a piscina e logo a frete vejo umas sombras, ando até lá e quando viro me deparo com a cena que até hoje pode ter sido a mais forte.




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