14° |Bônus|

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Esse olhar dela mata mais que mil revólver, tá querendo guerra eu to procurando love... 🎶💙🤘

Letícia

Abri a porta e entrei, Mari tava jogada em uns dos sofás da sala assistindo. Bati em sua perna e me sentei no outro.

Letícia: E aí mandada.

Mari: teu cu._revirou os olhos.

Vi que a casa tava bem silenciosa, só se ouvia o barulho da tv.

Letícia: Mari, e a tia ? Tá em casa não ?

Ela desviou o olhar da tv e me olhou rapidamente.

Mari: foi na casa de uma amiga dela aí._ respondeu.

Assinti. Só que a curiosidade bateu maior :

Letícia: E o Ruan ehn ? Faz mó cota que não vejo ele.

Mariane olhou bem pra mim e respondeu:

Mari: Saiu com a Ísis aí, pra onde eu não sei.- aquele lá não para mais em casa._ sorriu em escarnio.

Jurava que aquele sorriso era para mim, sei lá viu...

Mas aquilo mexeu comigo, tinha alguma coisa nessa história que me deixava inquieta.

Mariane continuou a ver o filme como se eu não estivesse alí. Me levantei e saí de lá - acho que ela nem sentiria minha falta mesmo. Olhei o morro todo alí de cima, e aquilo ainda não saia da minha cabeça.

Desci o morro passando direto por minha casa, vi minha mãe conversando no portão com a vizinha,mas nem dei moral. Continuei descendo o morro. Atravessei algumas vielas e entrei no beco da nove, já saindo na pracinha perto da quadra. Não havia sinal deles por nenhum lugar.

Será que.. ?

Caminhei um pouco mais rápido em direção a rua 13, bem no finalzinho dela ficava a nova casa da Ísis. Essa casa era bem maior que o antigo barraco onde ela morava antes, tinha até garagem. Era uma das casas que o Ruan possuía no morro, e que o mesmo alugava pra ela - pelo menos é o que ele diz né.

Parei no portão e o mesmo estava destrancado. A hornet nova que o Ruan havia comprado estava estacionada perto da calçada. Meu coração já começava a se apertar.

Empurrei o portão e olhei pros lados antes de entrar, caminhei devagar até a porta e vi que a mesma estava apenas encostada. Entrei, a sala estava completamente vazia e silenciosa, a cozinha estilo americana estava do mesmo jeito.

Adentrei mais um pouco, tomando cuidado pra não fazer nenhum barulho, olhei a escada e algo me intrigou lá em cima, como se estivesse me chamando. Subi devagar os degraus, começando a ouvir alguns barulhos estranhos. Os ruídos ficavam cada vez mais altos enquanto me aproximava daquele corredor. Já imaginava o que iria encontrar alí, mas como se não possuísse mais o controle do meu corpo, continuei a andar até a ultima porta que estava aberta - e era de onde os gemidos saíam.

Meus olhos já estavam marejados e uma dor enorme atingia o meu peito. Parei diante aquela porta, dendo a visão da pior cena da minha vida. Me sentia traída e completamente destruída.

Ruan estava nu sobre a cama de casal, suas costas encostada na cabeceira da cama, a expressão de prazer em seu rosto era algo que nunca consegui atingir quanto estávamos juntos. Maria Ísis cavalgava rapidamente em seu colo completamente desnuda, seus braços envolta do pescoço de Ruan, que mantinha os olhos fechados enquanto gemia e sussurrava algo inaudível à mim em seu ouvido. Seus braços envolta do corpo pequeno dela, prendendo do à mais em seu corpo grande e definido.

Meus olhos não conseguiam acreditar no que viam. Meu consciente não conseguia raciocinar.

Senti um aperto forte no lado esquerdo do meu peito, e perdi o ar quando meu coração parou por alguns segundos, quando eles finalmente chegaram a seu ápice juntos. Levei minhas mãos à minha boca entreaberta, tentando abafar meus soluções que ficam altos.

Minhas Bernas bambearam, mesmo assim forcei meu corpo a sair dali, meu coração não aguentaria mais ver aquela cena. Desci rapidamente as escadas e saí daquela casa, sem rumo, sem direção as lágrimas em meus olhos embarcando minha visão.

Nem percebi quando passei novamente enfrente a minha casa, não liguei se estavam me vendo naquela estado. Quando percebi estava no mirante. A brisa leve tocava meu rosto por onde as lagrimas desciam em cachoeiras.

Eles haviam me traído, traído à todos de baixo de nossos narizes. Dois traidores fazendo tudo por detrás de nossas costas.

Eu amava Ruan, o amava com todas as minhas forças. O mesmo havia sido meu primeiro home, meu primeiro amor. A pessoa que havia tirado de mim a minha inocência. Quantas vezes me humilhei aos seus pés em busca de almenos uma noite de sexo ? Uma noite que me fizesse sentir amada por ele ? E quando ele me tocava, era assim que me fazia sentir. Ruan não foi meu único homem, mas era o que eu amava, e me entregava de corpo e alma.

Mas ele sempre estava atrás dela, tudo era ela, até o seu amor...era dela.

E ela ? Sempre com aquele papinho de que eramos irmãos, que Ruan era  nosso protetor. E quando ele investia, me jurava que nunca teria nada com ele. A falsidade mora ao lado.

Alí eu percebi que havia o perdido completamente. O homem que eu amava agora fazia amor com outra mulher. A sua amada.






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