A Tecelã

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Rasga-se no véu da vida, tudo aquilo que outrora teci.
Em tecelagem sutil, minha alma construí.
Sem adornos ou porquês, sempre foi assim;
E agora por puro receio,  objetos obtusos tornam-se atrativos.
Já quis o bem, já quis o mal.
Por vezes não me reconheci.
À procura da felicidade, observei tudo ruir. E ruiu.
Meu mundo desabou e a tecelagem se perdeu.
Linhas do destino, emaranhadas e sádicas, rindo de mim. Tênues.
A tecelã chora,
Observando o traje que nunca mais poderá vestir...

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