Sonhei...
Sonhei que tinha uma bela carruagem e era pequena,
E nesta louca fantasia eu me perdi;
E agora que a velhice vem chegando,
Tomo consciência de que este louco sonho não esqueci...
Uma carruagem é algo simples para uma princesa;
Para quem já nasce nesse doce prazer,
Eu esqueci que sempre fui plebeia,
E que só no sonho eu pude, mesmo que só por um instante, me exceder...
Às vezes eu sonhava que voava,
Mas aí acordava no chão do quarto...
E percebia que nem sonhos são perfeitos.
Mas, ainda assim, eu me prendo em lampejos.
A vida foi passando e não lembrou.
E agora tudo perde o falso sentido,
O sonho passa...
Já que tudo passou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poemas Desmedidos
PuisiVês? Sem medida criou o extraordinário, ordinário, que encanta almas em busca do próprio relicário. Pra quê medir? Se vai ultrapassar. Transbordar. Deixa a escrita fluir, menina; Deixa fluir e no final cê vê no que dá, afinal... São apenas Poemas...