Lençóis emaranhados,
Fumaça no ar, o cheiro do cigarro;
Aguçando o meu pensar.
Dos teus beijo ainda lembrava,
Os toques, jurava sentir.E a madrugada apenas começava, fazendo brotar a saudade em mim.
Pouco tempo desde que você se fora, apressado e sem dizer adeus.
No quarto, eu e a vontade;
Vontade de repetir nosso encontro casual.Para o inferno com a casualidade, quero algo palpável;
Quero apalpar você.
Jogá-lo novamente na teia de meus lençóis, prendê-lo entre minhas coxas e ofegar...
Ofegar palavras brandas, desconexas e rítmicas, ocultando o fato de te amar.Amar em silêncio, assim sem alardes.
À espera do acaso para um novo encontro nos proporcionar,
Ouço a música suave, a letra é uma conquista.
Pelo espelho vejo minhas lágrimas e contemplo,
Quieta;
Meu amor masoquista.
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Poemas Desmedidos
PoetryVês? Sem medida criou o extraordinário, ordinário, que encanta almas em busca do próprio relicário. Pra quê medir? Se vai ultrapassar. Transbordar. Deixa a escrita fluir, menina; Deixa fluir e no final cê vê no que dá, afinal... São apenas Poemas...