Masoquista.

14 6 9
                                    

Lençóis emaranhados,
Fumaça no ar, o cheiro do cigarro;
Aguçando o meu pensar.
Dos teus beijo ainda lembrava,
Os toques, jurava sentir.

E a madrugada apenas começava, fazendo brotar a saudade em mim.
Pouco tempo desde que você se fora, apressado e sem dizer adeus.
No quarto, eu e a vontade;
Vontade de repetir nosso encontro casual.

Para o inferno com a casualidade, quero algo palpável;
Quero apalpar você.
Jogá-lo novamente na teia de meus lençóis, prendê-lo entre minhas coxas e ofegar...
Ofegar palavras brandas, desconexas e rítmicas, ocultando o fato de te amar.

Amar em silêncio, assim sem alardes.
À espera do acaso para um novo encontro nos proporcionar,
Ouço a música suave, a letra é uma conquista.
Pelo espelho vejo minhas lágrimas e contemplo,
Quieta;
Meu amor masoquista.

Poemas Desmedidos Onde histórias criam vida. Descubra agora