Sambinha.

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Naquela batida suave, a música nos conduziu
Não houve espaço para dúvidas, nosso lugar era ali, um bem juntinho do outro, brincando de desafiar as leis da física.
Brincadeira envolvente, quase inocente
Desviando a atenção do fim inconsequente.

Toda música possui suas entrelinhas,
E a linha que nos unia partiu, sem essa de Akai Ito pra cima de mim.
Aqui é Brasil
Foi num sambinha bom que te conheci,
O jeito malandro e a fala cheia do sotaque carismático,
Havia em você tudo o que faltava em mim.

Seus olhos mais lembravam o mar, íris bonitas no meu 'nego
Castanho escuro, o fundo do mar dominando o raso em mim.
Não havia razão na poesia que nos rodeava assim, assim
Mas os amigos diziam que quando você passava eu sorria feito fazendeiro colhendo alecrim
Taí, coisa engraçada
Nosso papo que sempre foi reto, entortou na esquina que você virou
E foi embora
Foi num sambinha bom que te conheci...
De longe ainda ouço o som da cuíca lamentando o nosso fim.

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