Vislumbre.

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A noite tingiu meu céu,
Arrastando para longe a névoa que imitava o véu.
E imitava tão bem que fez-me desejar poesias rasas,
Diferente do lago profundo onde minhas emoções são afogadas.

Dá-se o perdido no relógio, quis dizer, perder-me no tempo;
Na tentativa de compreender.
Tirei a poesia do papel e deixei ao léu,
Sem formas minhas, ou tuas, ou sonhos de alguém sem performance dos amantes de motel.

Poema bom é poema baixo;
Esdrúxulo e vulgar.
Àquele que não te dá pausas, cada estrofe causa um ofegar;
E o vislumbre de, um dia, a alma do poeta desnudar.

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