Multifandom・Oneshot's

8. Skinny Love

And I told you to be patient
And I told you to be fine
And I told you to be balanced
And I told you to be kind

[aviso rápido! eu n sabia que música colocar então coloquei essa, mesmo sendo um pouco triste c: mas eu prometo, a one é fofinha!]

Sherlock gostava de abelhas, mesmo com seu irmão, Mycroft, de apenas oito anos resmungando que ele não era mais um bebê para gostar de coisas bestas como abelhas. Entretanto, o garotinho de cabelos encaracolados de apenas quatro anos não conseguia se livrar de tal amor; gostava do barulhinho que o pequeno animal fazia, e, também, adorava mel. E, acima de tudo, amava Hamish, sua abelha de pelúcia - com um nome especial, muito especial.

O Holmes mais novo andava com a pelúcia por todo lugar que ia; pelo supermercado, quando ficava dentro do carrinho observando a mãe comprando a comida do mês; no parquinho, quando era forçado a sair para brincar no ar fresco com seu irmão mais velho; e, principalmente para escola, onde passava a maior parte do seu tempo.

Gostava de ficar abraçado com Hamish na hora da soneca, e de ficar perambulando pela sala com ele. As outras crianças também gostava da abelha de pelúcia - principalmente Molly, uma tímida garota de cabelos castanhos, que sempre estava brincando ou tentando ler algum livro infantil com a ajuda do cacheado, já que o mesmo era bem inteligente para uma criança da sua idade.

No entanto, existia algumas crianças que achavam que andar por aí com um brinquedo - principalmente se for um bichinho de pelúcia. -, era simplesmente infantil demais. Essas crianças atormentavam o pequeno garoto o tempo inteiro, quando o mesmo estava sozinho lendo um livro enquanto abraçava seu brinquedo em algum canto escondido da sala de aula.

— Você está chupando o dedo de novo! - Jim, um rapazinho de cinco anos riu, quando notou a figura encolhida do cacheado com o dedão na boca. - E está com aquela abelha!

— Nãwo ewstou... - disse com dificuldade, envergonhado, mas sem tirar o dedão da boca. Gostava de fazer isso, não entendia porquê sempre era repreendido.

— Está sim! Parece um bebê chorão! - Moriarty disse, aumentando as risadas e chamando atenção de algumas crianças que estavam na sala brincando e desenhando. - Pessoal, o Sherlock está chupando o dedo!

Algumas crianças riram junto com o garotinho, o que fez Sherlock se encolher mais ainda e abraçar seu bichinho com mais força. Não queria chorar ali, naquele exato momento; aquilo apenas iria piorar as coisas. Dessa forma iria ser lembrado de bebê chorão para sempre.

— Deixa ele em paz, Jim! - John disse, se aproximando das duas crianças.

Imediatamente, Sherlock levantou a cabeça, deixando visíveis algumas lágrimas em seu rosto - mas, por sorte, a atenção de Moriarty estava voltada para o garoto loiro intrometido.

— É, deixe ele em paz! - Molly disse depois de alguns segundos, trazendo consigo Greg, que segurava uma arminha de água, que, por sinal, estava carregada. - Não tem problema em chupar o dedo, e-eu também faço isso às vezes! - respondeu completamente nervosa; odiava arrumar briga, mas não queria ver o amigo sofrendo. - Deixe o Sherlock em paz ou Greg vai atirar em você!

Lestrade levantou a arminha de água, e apontou na direção do garoto, que revirou os olhos com raiva dos amigos. Antes que o mesmo pudesse responder, Greg atirou alguns jatinhos de água no rosto do jovem, que se protegeu com as mãos.

— Vocês são um saco! - disse irritado, limpando o rosto molhado com sua camiseta branca. - Todos vocês são bebês, por gostar desse bebê chorão!

Lestrade espirrou mais alguns jatinhos, rindo, e Moriarty saiu de lá irritado, indo em direção ao banheiro.

Molly sorriu vitoriosa; abraçou Greg e deu-lhe um beijo na bochecha, falando que ele sempre iria ser o herói dela. Lestrade apenas sorriu em troca, retribuindo o abraço.

Sherlock, que estava observando a cena atentamente, assustou-se quando notou que alguém havia tirado o livro sobre fadas que estava lendo poucos minutos antes de Jim atrapalhar de suas mãos.

— Obrigado, Watson... - disse timidamente, vendo que o garoto estava se sentando ao seu lado. - Mas não precisava ter feito isso, da próxima vez deixe pra lá.

— Hey! - Hooper exclamou um tanto alto demais. - Isso é forma de agradecer seu príncipe por ter salvo você da bruxa má?

Holmes enrubesceu; príncipe? John poderia sim ser um príncipe, com seus olhos mágicos e seu cabelo loiro de seda; mas por que ele tinha que ser seu príncipe? Ele nem era uma princesa.

— Eu não sou uma princesa, ele não pode ser meu príncipe! - disse bravo, colocando o dedão de volta na boca, apertando mais seu brinquedo.

— Claro que não, bobinho! - a amiga disse sorrindo. - Tudo isso é um conto de fadas. O Greg é o cavaleiro, eu sou a fada, o John é o príncipe e você é o outro príncipe!

— Pode existir dois príncipes em uma história? - John perguntou curioso, sorrindo quando notou o quanto a amiga estava feliz conversando sobre isso.

— Claro que pode! - exclamou alegre. - Na falta de uma princesa existe outro príncipe, que deve ser protegido igual uma princesa. O Sherlock é esse príncipe! E, como uma fada dessa história, eu declaro que o príncipe deve beijar o outro príncipe como agradecimento!

A garota sorriu vitoriosa, vendo John com uma cara confusa, olhando para o cacheado, enquanto o mesmo continuava chupando seu dedo de uma forma brava.

— Vamos, Sherlock! - a jovem disse, bagunçando o cabelo do moreno, que teve que retirar o dedo da boca para levantar as duas mãos para que pudesse fazer a morena parar com aquilo.

Sherlock respirou fundo, olhando para o loiro, que ainda não havia tirado seus olhos mágicos do cacheado.

Aquilo era bobeira; não podia existir dois príncipes em uma história. Molly claramente estava delirando, a garota sempre teve uma imaginação fértil para as coisas. Mas, mesmo assim...

Sherlock se aproximou do amigo e depositou um beijo em sua bochecha, separando-se no exato segundo, cobrindo seu rosto com a abelha de pelúcia.

— E agora? - o loiro perguntou contente, não conseguindo esconder o enorme sorriso; gostava do cacheado, e adorou a ideia de ser seu príncipe. Assim, ficaria mais fácil de protegê-lo do perigo.

— Hmm... - a garota murmurou pensativa. - Eu não sei. Acho que depois do beijo os dois príncipes devem se casar, e convidar todos do reino! E então eles vão poder viver felizes para sempre, sem se preocuparem com as bruxas más!

— Você se casaria comigo, Sherlock? - perguntou rindo, vendo o amigo tirar o bichinho de pelúcia de seu rosto.

— Nos contos de fada são assim, então... Sim. Assim você poderia me proteger das crianças malvadas. - respondeu envergonhado. Sabia o que casamento significava, e sabia muito bem que aquilo tinha mais significado do que uma brincadeira boba de criança. Mas, mesmo assim, concordou.

E desde então os garotos foram "casados", e John sempre protegia o cacheado quando Jim vinha irritá-lo.

Até nas brincadeiras, que Molly sempre fazia, os garotos tinham que fingir que eram casados, mesmo que Sherlock não gostasse muito daquela ideia. Odiava ter que ficar vestindo uma fantasia idiota de príncipe, e ter que ficar no meio de algumas almofadas que representava um castelo.

Mesmo assim, nunca reclamava, porque John era o melhor príncipe que alguém poderia ter.

E agora ele conseguia enxergar isso claramente e perfeitamente, sem nenhum erro. Claro que conseguia, afinal, depois de anos fantasiando e criando brincadeiras estúpidas de crianças, Sherlock estava ali, parado no altar, sorrindo feito um idiota apenas por olhar o amigo - agora marido. - em sua frente.

para paozinho; uma prova que eu consigo muito bem escrever uma fanfic sem dor e sofrimento.