11. Tenerife Sea

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I'm so in love, so in love
So in love, so in love
You look so beautiful in this light
Your silhouette over me
The way it brings out the blue in your eyes
Is the tenerife sea

[ e se a cena do i love you fosse para o john? ]

...

"John Watson não está disponível no momento, por favor deixe seu recado."

— Ele não vai atender! - o Holmes mais novo gritou irritado, passando as mãos pelo rosto.

—  Seu amiguinho tem mais uma última chance antes que o apartamento exploda. - Eurus disse, sorrindo, enquanto discava o número do loiro novamente.

O telefone tocou. E tocou, e tocou, e tocou. À cada toque, Sherlock começava a demonstrar mais sinais de preocupação, e estava praticamente engolindo o choro. Mycroft estava preocupado com o irmão, é claro; ele sabia o que aquilo significava, e sabia que não iria ser uma coisa fácil. Qualquer passo errado e o apartamento do ex médico de guerra iria para os ares.

Alô? - uma voz cansada disse, seguido por um gritinho indecifrável. Deus, Rosie estava nos braços de John; isso só complicava as coisas.

— John, eu– Eu preciso que você me fale uma coisa, por favor, uma única coisa. - o detetive disse até rápido demais, suas mãos suando por conta do nervosismo.

Sherlock, o quê– Não. Não, eu não vou falar absolutamente nada. Desista de tudo isso, porque isso não é mais um jogo! Me deixe em paz, Rosie precisa de mim agora. - o loiro respondeu em um tom furioso, e estava prestes a encerrar a chamada quando o cacheado o impediu.

— Não! John, por favor, eu preciso– Apenas me fale John, isso não é mais um jogo, isso é importante. - disse praticamente em um sussurro. Mycroft tentou aproximar-se, para ver se o irmãozinho estava bem, entretanto Eurus o impediu. Ninguém se aproximava do detetive, até ele falar a verdade.

Droga, Sherlock, falar o quê? - perguntou, sentando-se em uma cadeira de balanço para que pudesse arrumar Rosie em seu colo. A bebê parecia estar preocupada com o pai, já que até parou de fazer aqueles barulhinhos que bebês fazem quando estão contentes.

— Eu– Lembra de quando eu 'morri'? - o cacheado disse, mesmo sabendo que esse assunto ainda incomodava o amigo. - O quê você sentiu naquele momento?

Raiva. - simplesmente respondeu, suspirando.

— Não, depois disso. Depois da raiva, depois da tristeza, depois de tudo– O quê você queria me falar? Uma coisa que você não podia falar em voz alta?

Sherlock, eu vou desligar.

— Não, pelo amor de Deus, John! - respondeu irritado, enquanto seu tempo acabava. Moriarty continuava sussurrando Tic-Tac Tic-Tac ao fundo, enquanto Eurus o olhava de uma forma curiosa. - É a mesma coisa que eu sempre quis te falar, mas nunca tive a coragem. Quando eu te conheci, quando eu estava prestes a morrer, quando eu te vi casar com outra pessoa, quando eu matei um homem por você. Eu sempre quis te falar isso, mas o momento nunca chegou. E eu sei que você provavelmente está zangado porque eu fui um péssimo amigo levando tudo na brincadeira, mas você precisa saber de uma vez por todas que–

Sherlock, não... - o médico sussurrou, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos, não querendo acreditar em tudo que acabara de escutar. Não era possível, isso era um jogo, tudo era um jogo, e ele era um mero peão nessa brincadeira e–

— Eu te amo. - o Holmes mais novo soltou de repente, calando por alguns segundos. Tentava continuar falando, porém era como se existisse um nó em sua garganta, o impedindo-o. Ele apenas queria chorar. - Eu te amo, John, eu sempre te amei e eu ainda me sinto culpado por isso, porque eu não deveria te amar, nunca, de forma alguma.

— Sherlock... - Molly disse, tentando se aproximar do amigo, mas o mesmo não deixou, empurrando de leve a amiga.

— Eu não preciso que ninguém me conforte, não agora. - gritou para todos da sala, respirando fundo para parar de chorar. - John, me perdoe por isso, mas eu preciso que você diga de volta. Você não precisa me amar, você pode esquecer que eu te amo, mas apenas me diga.

Watson ficou em silêncio por alguns segundos, apenas parar piorar a ansiedade do detetive que não conseguia parar de chorar. O loiro olhou para a filha que estava sentada em seu colo, e pensou; quem ele realmente amava? Ele amou Mary, sem dúvidas. Mas agora não passava de um sentimento comum. E quanto ao detetive? Ele não sabia, era tão confuso e–

— John, por favor. - o Holmes mais novo pediu novamente, vendo que o tempo estava quase acabando.

John abriu a boca para responder, mas se calou. O loiro passou a mão pelo cabelo, suspirando.

Eu não...

Eu não consigo dizer, porque talvez eu te ame de verdade; ele queria responder. Porém Rosie impediu isso, começando a chorar, balançando os bracinhos para que o pai a segurasse.

John levantou da cadeira com a filha no colo, acalmando-a. Por incrível que pareça, Rosie acalmou-se rapidamente, e logo já estava balbuciando coisas sem sentidos novamente - ou quase sem sentido.

— S... Sheock! - a neném balbuciou, antes de rir e tentar pegar o celular da mão do pai.

Watson sorriu, não se importando se aquilo significava alguma coisa para a bebê ou se era mais alguma de suas frases sem nexo porque, para ele, aquilo significava algo. Sherlock. Ele amava o amigo, Deus, como amava aquela pessoa irritante que o ajudou a não se sentir solitário.

Tudo que aconteceu em sua vida foi graças ao detetive. As coisas boas, e principalmente as ruins, que foram necessárias; tudo, absolutamente tudo, aconteceu graças ao melhor amigo.

Eu... - o loiro começou, gaguejando um pouco, olhando para a filha que continuava sorrindo, mostrando os pequenos dentinhos que ainda estavam nascendo. - Eu te amo, Sherlock.

O detetive suspirou aliviado, quando a voz irritante do homem morto parou de ser tocada várias e várias vezes. Estava mal, pois sabia que a frase não era verdadeira do jeito que ele sempre sonhou, mas pelo menos o amigo e sua filha estavam à salvo agora.

Isso não é uma mentira, Sherlock. - o loiro disse, surpreendendo a todos da sala, principalmente o detetive, que olhou para a tela em completo estado de choque, podendo ver o amigo sorrindo, segurando a filha nos braços. - Eu realmente quis dizer isso. Eu te amo, de verdade. A coisa que eu queria falar era isso. Eu amo aquele detetive arrogante, eu amo ele do jeito que ele é, e ninguém vai me convencer o contrário. Eu te amo, Sherlock, e eu queria que você estivesse aqui para eu poder explicar isso melhor.

...

yep, termina aqui porque a preguiça tá foda! i'm not sorry
aahnn pois é, clichê everywhere
that's all

Multifandom・Oneshot'sOnde histórias criam vida. Descubra agora