16. How far I'll go

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I've been standing at the edge of the water
'Long as I can remember
Never really knowing why
I wish I could be the perfect daughter
But I come back to the water
No matter how hard I try

Sherlock Holmes finalmente entendeu seu trauma do passado - um trauma que nem ele mesmo sabia que tinha; um trauma quase desconhecido até então. A verdade era que, o detetive consultor tinha um trauma envolvendo água. E aquilo o seguia para todo o lugar, desde seus seis anos de idade.

E John finalmente entendeu o motivo. A razão pela qual o amigo quase nunca entrava em aquários e ficava por muito tempo lá dentro; ou porque mesmo viajando para uma parte quente da Inglaterra, o moreno não quis tirar o sobretudo e entrar na piscina do hotel, nem por um mísero segundo.

Depois da descoberta - do trauma, dos medos. - Watson nunca mais conversou sobre tal coisa com o detetive, nem mesmo por cinco segundos. Eles apenas continuaram sua vida, seguindo o caminho errado, mesmo sabendo que o certo estava bem na frente dos dois, esperando para ser descoberto.

Entretanto, depois de exatamente três meses de completo silêncio, o ex médico de guerra tomou coragem para conversar sobre aquele assunto um tanto complicado. Não deveria ser tão difícil assim, ele pensou; eles estavam morando no 221b novamente e já fazia um bom tempo. Não iria causar tantos problemas.

Quando chegou de seu trabalho do hospital, a primeira coisa com que se deparou foi seu amigo na sala, brincando com sua filha Rosamund, que iria completar um aninho daqui alguns dias. A pequena já estava ficando bem inteligente. Provavelmente porque passava muito tempo com o detetive, pensou rindo.

— John! - o cacheado exclamou animado, pegando a menininha no colo para ir até seu amigo. - Que bom que você chegou, eu preciso te contar o que aconteceu!

— O que aconteceu, Sherlock? - perguntou sorrindo, pendurando seu casaco na porta e dando um beijo na testa da pequena que se mexia animada nos braços do detetive.

— Rosie disse a palavra papai hoje! - respondeu animado, seguindo o loiro até a cozinha.

— É mesmo? - perguntou segurando o riso; era a terceira vez na semana que Sherlock falava aquilo, e John não sabia se acreditava ou não. Sua filha não tinha nem um ano ainda, então era um pouco complicado de acreditar.

— Eu sei que eu falei isso três vezes essa semana. - começou, colocando a garotinha em sua cadeirinha, enquanto se sentava em uma cadeira do lado e observava Watson preparar um chá para ambos. - Mas é verdade! Ela disse isso! Exatamente assim, paa-paa-a.

O blogueiro riu quando viu o amigo tentando seu melhor para imitar um bebê, enquanto entregava ao mesmo um xícara do chá já pronto. Era incrível como o detetive evoluiu tanto depois de todos os problemas.

— Isso é só uma barulho que crianças fazem, Sherlock. - riu do jeito adorável do detetive, que estava um tanto confuso com aquilo.

— Não é não! - interviu. - Rosie é muito inteligente, para sua informação. Aposto que daqui a pouco ela já vai aprender a falar paralelepípedo. - sorriu. - Paa-laa-le-le-pe-do. Ela falaria exatamente assim na primeira vez. Oh, melhor ainda! Ela aprendendo a falar seu nome: Ja-awn. E o meu, é claro: See-lok. O nome do meu irmão seria o mais complicado, eu aposto. Mi-coft? Ou, quem sabe ela fale Mycrosoft. Iria ser hilário!

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