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WILLIAM
Ela me olhava com os olhos surpresos mas ao mesmo tempo temerosos, não sei se era por medo de mim ou por medo de uma atração que já havia entre nós dois... sim, no mesmo instante que eu a vi no meu escritório, desfilando lindamente para mim, senti uma atração muito forte por aquela moça... nunca isso tinha me acontecido antes, mas com certeza era porque ela havia me rejeitado e isso mexeu mais ainda com meu orgulho masculino...
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WL: Então... posso entrar ou não? – Perguntei ainda na porta segurando as flores que havia trazido enquanto ela me olhava curiosa
M: É que... não sei... não temos nada para conversar... aliás como o senhor descobriu meu endereço?
WL: Você preencheu uma ficha na minha empresa lembra? Foi fácil descobrir... ahh por favor vai... me deixe entrar, eu vim em paz, juro... tenho algumas coisas para te falar e prometo que não tomarei muito seu tempo...
M: Bom... já que o senhor se deu o trabalho de vir até aqui onde moro, eu deixo o senhor entrar sim... mas eu não tenho muito tempo... – Disse ela saindo de frente da porta e me dando passagem
WL: Obrigado...
Entro na modesta casa e não posso deixar de reparar o ambiente... era tudo bem simples, mas muito organizado, limpo...
M: Deve ser muito diferente da mansão onde o senhor provavelmente mora não é? – Disse ela fechando a porta e reparando que eu observava cada cantinho da sua casa
WL: Um pouco... mas aqui tem mais cara de casa, de família, de lar... eu moro sozinho, quase não paro em casa.
M: Eu moro com minha irmã mais nova, meus pais morreram há muito tempo e desde então cuido dela... somos muito diferentes, mas nos amamos muito...
WL: Imagino...
M: O senhor não quer se sentar?
WL: Obrigado... – Disse eu sentando em um pequeno sofá ficando de frente para ela que se sentava em uma poltrona enquanto cacheava as pontas do cabelo com os dedos tentando disfarçar seu nervosismo
