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WILLIAM
Em pouco tempo o fogo já tomava conta de toda a casa, Eliza estava completamente louca, mas eu não iria morrer ali, não dessa maneira, eu tinha uma família que precisava de mim, uma mulher que estava lutando pela vida em um hospital com um filho meu em seu ventre...
Não, eu não podia morrer... eu tinha que arrumar um jeito de sair dali...
WL: Eliza pelo amor de Deus me dá a chave nós vamos morrer aqui... – Disse eu desesperado ao ver que já aconteciam explosões na casa
E: É exatamente isso que eu quero meu amor... vamos morrer juntinhos aqui... eu e você... nada mais romântico não é? – Disse ela completamente fora de si
WL: Eliza vamos sair daqui, coloca a mão na consciência... você não quer morrer e nem eu... vamos por favor...... – Disse eu tentanto pegar a chave de sua mão
E: Não... eu quero morrer... quero morrer, a minha vida inteira foi uma merda, eu não tenho motivos para querer viver... se eu sair viva daqui eu vou ser presa... e prefiro morrer do que ir para a cadeia... e você meu amorzinho... vai comigo... vamos morrer juntinhos... nem adianta tentar que você não vai sair daqui... não vai... – Disse ela me golpeando na cabeça com um pedaço de madeira dos escombros
Sinto uma forte dor e acabo caindo no chão que estava sendo quase todo tomado pelo fogo... levo minhas mãos á cabeça e percebo que havia um sangramento no local onde Eliza me golpeou...
A fumaça já tomava conta dos meus pulmões... sentia que não aguentaria por muito tempo... eu tinha que fazer alguma coisa rápido, caso contrário perderia a consciência e isso seria fatal... acabaria morrendo dentro daquela casa...
Derrubo Eliza no chão e pego a chave da casa que estava no bolso de sua calça, ela começa a me bater e a se agarrar em mim para que continuássemos ali no chão prestes a nos queimar... mas eu consigo me livrar dela e me dirijo até a porta, quase não conseguindo respirar mais...
E: William... William não me deixe... o nosso destino é esse... você não pode fugir... não pode.... – Gritava ela enquanto eu conseguia finalmente sair e respirar ar puro
E: William seu desgraçado... você vai me deixar morrer sozinha? Vai conseguir conviver com esse peso na consciência? Eu sou a mãe do seu filho!!! Você querendo ou não...
Eliza gritava para que eu a ajudasse, mas eu não sabia se ela queria mesmo ajuda ou se era um plano para que eu entrasse na casa novamente e ela pudesse me levar para a morte junto com ela...
Percebo as sirenes dos carros da polícia surgirem ao longe... certamente Gabriel havia os mandado devido a minha demora para dar notícias...
Eliza já não gritava... não restava dúvidas: ela havia perdido a consciência... eu sei que ela foi um maldição em minha vida... que me prejudicou demais, que por culpa dela minha May estava no hospital... mas eu não podia deixá-la morrer assim... esse não seria eu...
