MAITE
Eu imaginava o tamanho do sofrimento de William e por mais que eu quisesse, por mais que desejasse vê-lo sofrer, eu não me sentia feliz com tudo aquilo... minha vontade era de pegá-lo em meus braços e dizer que o amo, que poderíamos refazer nossa vida, junto a nossa filha... mas não posso... não consigo perdoar, esquecer tudo que ele me fez...
Finalmente ele estava sentindo toda a dor que eu havia sentido anos atrás...
WL: Como você pôde? Como pôde ir embora grávida de mim sem nem ao menos me dizer nada? Eu tinha direito de saber que seria pai...
M: Eu tentei, tentei te dizer mas nem ao menos consegui abrir a boca... você foi despejando toda sua raiva em mim... me expulsando da sua vida, dizendo que ainda bem que eu não tinha ficado grávida pois seria horrível ter um filho comigo... você lembra dessas palavras? Pois eu me lembro muito bem de cada uma delas,de cada vírgula...
WL: Maite, mas você podia ter me falado... podia ter insistido... mas não, você foi embora, foi embora levando um filho meu... deixando outro homem ocupar meu lugar... – Disse ele ainda no chão aos prantos
M: Insistir? Não... você havia me humilhado ao extremo... e era bem capaz que se eu dissesse que estava grávida, você duvidar se era seu... porque naquele época você me acusou de ter um caso com o Fernando, o Hugo, o Guilherme... lembra disso? Eu fui embora sim... fui levando o meu bebê comigo e quanto ao Fernando... ele nunca ocupou seu lugar, ele nunca quis isso... nós sempre dissemos a Laurinha que o Fernando era um tio, um tio que a amava muito... ele cuidou dela, amou como se fosse sua, passou noites em claro ao meu lado quando ela estava doente... ele podia não ser o pai biológico dela... mas agiu como tal... e eu só ficava imaginando como seria se você estivesse ali... se você estivesse ao meu lado segurando minha mão quando eu dei a luz, como seria se você estivesse junto a mim quando ela disse a primeira palavrinha, no seu primeiro dia na escola, quando nasceu seu primeiro dentinho... mas você não estava... você nunca esteve... você estava longe, casado com a mulher que sempre amou, tendo um filho com ela...
WL: Não... isso não é verdade... eu procurei por você... eu quis te encontrar a todo custo quando soube a verdade... mas ai eu descobri que você tinha se casado com o Fernando... eu quis morrer Maite... juro que quis morrer, mas nesse mesmo dia a Eliza me contou que estava grávida e que se a gente não casasse, ela iria abortar... eu não podia viver sabendo que mais um filho meu havia morrido... por isso me casei, mas todos os dias eu pensava em você... todos os dias eu sonhava com seus beijos, com suas carícias, com seu corpo junto ao meu, com seu cheiro, com seu sussurro em meu ouvido... – Disse ele de joelhos em minha frente abraçando-me pela cintura
Há muito tempo eu não o sentia tão perto de mim... há muito tempo suas mãos não tocavam meu corpo que se arrepiava ao simples contato da pele dele com a minha
M: É tarde demais... você perdeu... perdeu o amor, perdeu o amor da sua filha... perdeu um futuro lindo que teríamos pela frente... – Disse eu livrando-me de seus braços
WL: Não... eu não vou desistir de você... ainda mais agora que eu sei que temos uma filha... uma filhinha juntos... nosso amor deu um fruto lindo meu amor... e eu não vou desistir de vocês... não vou...
M: Eu não sou mais o seu amor... entenda de uma vez que eu não te amo mais... você matou tudo que eu sentia... eu não posso te impedir de conviver com sua filha, até mesmo porque ela sente muito a falta de um pai... mas a mãe dela você jamais voltará a ter... o nosso tempo acabou...
WL: Isso não é verdade... eu sei que você me ama... assim como eu sigo te amando feito louco... eu sei que você me quer, sei que essa loucura que sentimos não acabou... e não vai acabar nunca... porque nós nascemos um para o outro... – Disse ele pegando em meu rosto aproximando perigosamente nossos rostos, deixando nossa respirações ofegantes
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50 Tons de Levyrroni (Completa)
FanfictionHistória de Ana Leticia Bittencourt Publicação autorizada