Assim que Taylor saiu para o trabalho eu me arrumei às pressas e sai logo em seguida. Eu havia marcado um encontro com o cara do jornal que dizia ser bom o suficiente para me ajudar.
Cheguei ao local combinado um pouco atrasada, era uma cafeteria. Apesar do tempo estar maravilhoso para um dia de café, não havia muitas pessoas lá. Corri os olhos por todo o local e logo o encontrei, ele vestia um suéter vermelho radiante e calças azuis. Aparentava ter por volta de uns cinquenta anos, cabelo ondulado e grisalho e aparência calma, e apesar de acreditar em sua habilidade, ele não parecia ser um assassino.
_ Olá_ cumprimento assim que me sento a mesa junto a ele.
_ Olá, me chamo August, fique a vontade_ ele retribui, e não, no anúncio do jornal ele não dizia seu nome.
Me aconcheguei na cadeira e me preparei para ouvir tudo que ele tinha a dizer. Eu estava nervosa, meu coração palpitava e meu corpo suava mais que o normal. A muito tempo eu esperava por aquilo, uma saída. Eu mal podia acreditar que estava perto.
_ Do que exatamente você precisa?_ ele toma um gole do seu café.
_ Eu preciso dar fim em uma pessoa_ sou direta
Ele ri.
_ O que exatamente você leu sobre mim naquele jornal?
_ Você diz que pode acabar com meu sofrimento, sendo ele qual for.
Ele ri novamente.
Fico sem entender.
_ Hanna, eu não sou um assassino profissional se é isso que você está pensando. Desculpe se passei essa impressão.
_ Então o que você é, como pode me ajudar?
Fico aflita.
_ Eu sou um demonólogo.
As palavras soaram lentamente, repetidas vezes. Eu fui ao encontro de August pensando que ele era um assassino profissional, mas era melhor que isso, ele era especialista em demônios, tudo que eu mais precisava.
Sorrio.
_ Está decepcionada?
Faço que não com a cabeça.
_ Pelo contrário, isso é melhor que um assassino.
_ Me conte sua história Hanna, o que tanto lhe perturba?
Tentei contar toda a maluquice que vem me acontecendo. Os acidentes, aquelas estranhas recuperações, Deric. Fui o mais rápido que consegui.
Quando terminei, August me lançou um olhar curioso, ele não parecia surpreso. Talvez já estivesse ajudado milhões de pessoas com o mesmo problema que eu.
_ Um sacrifício?_ ele fica pensativo_ Esses são os mais difíceis de resolver.
Não falo nada.
_ Quando a sua avó tentou lhe matar, havia algo específico, uma faca, um punhal?
_ Havia sim, por que?
_ Ela é a solução para o seu problema.
_ Como assim?
_ Geralmente em sacrifícios eles consagram uma arma para que ela seja usada. No seu caso eu acredito que você também tenha sido. Mas tudo que a gente precisa saber é que demônio espera por sua alma, e o que a gente pode dar em troca.
Me arrepio todo quando ele cita a palavra troca. Eu não queria fazer uma troca com um demônio, eu queria acabar com tudo isso sem envolver mais ninguém.
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Horror em Kansas City. (COMPLETO)
HorrorUm jovem casal recém-casado tem a vida virada ao avesso após se mudarem para um casarão em Kansas City. O sonho da casa própria se torna um pesadelo no momento em que o casal passa a ser aterrorizado por um mal que habita na casa. O pavor de ser ato...