Capitulo 13

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Ritual de sacrifício

• Kansas City, MO
• 28 de janeiro de 2008.
• Reportagem de Hunter Lewis.

O ritual de sacrifício é algo que acontece desde os tempos antigos, e todas as culturas que o realizam, dizem que a morte da criatura sacrificada "alimenta" de certa forma certos seres sobrenaturais, alguns chamados de demônios ou espíritos ou deuses. O objetivo, portanto, do sacrifício, é invocar estas criaturas e dar-lhes este "alimento", para que em troca, possam ser recompensados com favores ou poderes sobrenaturais.

Várias crianças são oferecidas em rituais ainda no ventre das mães, o chamado ritual de aborto. Muitas das vezes quando a mãe não estar a par ou não consente com tal sacrifício as crianças nascem e mesmo assim estão sujeitas a morte em prol de favores.
Um dos casos que mais chocou a população do Kansas foi o de Maggie de Luca, que teve o bebê oferecido em ritual pela bisavó, Maggie deu à luz a Spencer de Luca, que sobreviveu até os cinco anos antes de ser sacrificada em um ritual. Maggie viveu em um hospital psiquiátrico até os 32 anos antes de se matar.

A família de Maggie se sentiu tão perturbada que as irmãs Emily (23) e Mandy de (26) fizeram laqueadura para nunca terem filhos. Ainda há relatos de vários casos de crianças desaparecidas oferecidas em rituais.

Em 1998 o prefeito de Kansas City autorizou uma varredura por toda a cidade a procura dos responsáveis por tais crueldades, uma das pessoas acusadas de praticar bruxaria na época foi Bridget, proprietária do casarão GRINFORD que teria sido local de vários crimes. Bridget confessou ter participado de mais de trinta rituais encomendados por vários tipos de pessoa, antes de ser levada até a delegacia a última coisa que Bridget falou era que "só faltava uma pessoa." Os policiais acreditam que alguma criança teria sido oferecida por ela antes mesmo de nascer.

                               ***

Eu não fazia ideia de que todas essas coisas que estavam acontecendo comigo tinham algo a ver com os acontecimentos de anos atrás. E como eu não pude me lembrar? Talvez todas aquelas sessões no psicólogo tivesse me feito esquecer da vida perturbadora que eu levava.

Quando aquela coisa apareceu em meu quarto eu só queria correr, mas eu me lembro que isso nunca da certo. Então continuei ali parada, frente aquela coisa horripilante. Parecia impossível, mas respirei fundo e tentei me acalmar.
Dei um passo à frente, à sombra parecia se mover de um lado para o outro, dei outro passo e ela sumiu.
Nas horas seguintes tudo se passou estranhamente normal. Nada de vultos, barulhos, ou janelas se escancarando. Deitei-me na cama, corpo cansado, dormi e só acordei às 10:00 do dia seguinte com um barulho incessante de alguém batendo na porta. Desço as escadas correndo ainda de camisola, um homem caucasiano de meia idade está plantado na minha varanda.

_ Srt. Thomas?_ o homem está sério.

_ Sim, quem é o senhor?_ pergunto um pouco intrigada.

_ Acho que você não me conhece_ ele sorri_ Meu nome é Hunter Lewis.

_ O jornalista?_ lembro-me de ver seu nome em algumas reportagens que li.
Ele faz que sim com a cabeça.

_ Entre._ dou passagem para o homem.

_ Não mudou nada._ Hunter fala olhando tudo à sua volta.

_ Já esteve aqui dentro?_ pergunto

_ Várias vezes._ ele está distraído.

_ Eu volto em dois minutos_ subo as escadas rapidamente.

Lá em cima troco minha camisola por uma calça e um cardigã. Após me vestir volto logo em seguida para a sala.

_ Onde está seu marido?_ Hunter pergunta.

Fico calada por alguns segundos.

_ Está no hospital_ falo com o semblante triste.

_ Eu sinto muito_fala Hunter.

_ Pelo o que?

_ Por tudo que está acontecendo._
Estudo Hunter por uns segundos. Ele fala como se soubesse de tudo.

_ O detetive Taylor me procurou._ ele logo explica_ Me contou o que havia acontecido, a casa, seu marido...

_ Olha, desculpe se pareço grossa, mas não tenho interesse de publicar isso em um jornal._ falo antes mesmo de ouvir o que Hunter tinha para falar.

_ Eu não estou aqui por causa de matéria.

_ Então qual é o motivo?

_ Eu posso ajudar você.

_ Como? Nem eu sei o porque disso tudo.

_ Você sabe Hanna, só não consegue enxergar.

Aquela frase me arrepiou o corpo inteiro.

Horror em Kansas City. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora