Horror em Kansas City. (COMPLETO)

Capitulo 17

Assim que deixo Taylor e Hunter a par de tudo que aconteceu, dirijo de volta para o hospital. Susan havia me enganado, esse era o plano dela desde o início, me fazer ir até aquela casa para que outros fizessem o trabalho sujo. Como eu pude acreditar nela?

_ Não acredito que ela armou para você_ Taylor fala_ Ela é horrível

_ Eu disse para não confiar nela_ Hunter me repreende

_ Eu sei que disse, mas queria que eu fizesse o que? Eu precisava de respostas.

Meu corpo ferve de ódio. Susan era uma velha suja e mentirosa. Eu a mataria se fosse como ela.

Estaciono o carro no estacionamento do hospital e peço que Hunter e Taylor me deixem sozinha com Susan. Entramos no hospital, a enfermeira nos leva até a sala onde Susan estava. Assim que entro pela porta, ela me lança um olhar de pavor.

_ Você deve estar se perguntando por que seu plano ridículo não deu certo, não é mesmo?_ tranco a porta atrás de mim.

Susan aperta os braços de sua cadeira, sinto seu corpo se enrijecer, como se estivesse com medo. De pensar que a alguns dias atrás ela quem me passava medo.

_ Por que mentiu?_ pergunto

Susan não responde.

_ Pergunta idiota, né?_ pego uma cadeira e me sento frente a ela_ Você ainda acha que tem chance de completar esse sacrifício ridículo.

_ E eu tenho_ Susan fala quase que num cochicho.

_ Como?

Susan abre um sorriso tenebroso, as janelas atrás de mim se fecham. Sinto um frio arrepiar meu corpo. Olho para a porta que a essa altura já está sem a chave.

_ Você não entende, você não pode mudar seu destino_ Susan se levanta da cadeira.

Sem nenhum aviso algo me empurra contra a parede, meu ossos parecem se partir ao meio. Meu pavor só aumenta assim que vejo Susan brincar com uma faca entre as mãos. Ela se aproxima lentamente, como se tentasse aumentar ainda mais meu sofrimento.

_ Não faça isso_ peço assim que ela chega perto.

_ Eu juro que não faria isso se tivesse escolha.

_ Mas você tem.

Susan me estuda por alguns segundos.

_ É, eu tenho_ ela crava a faca em meu abdômen.

Solto um grito agudo, Susan retira a faca e a enfia de volta em mim.

_ Você não irá sofrer.

Me desprendo daquela maldita força e caio no chão. Estou sangrando muito, pressiono a mão contra meu abdômen tentando evitar tanto sangramento.

_ Seus pais amavam você, vocês poderão ficar juntos. Eu estou fazendo o melhor para você.

_ Você é maluca.

_ Tudo que eu fiz foi para melhorar a minha vida e a de seus pais, e você deveria se sentir bem em ajudar sua família.

_ Ajudar?

_ Sim, você só precisa morrer, e tudo dará certo.

Enquanto Susan faz seu discurso de boa samaritana eu penso em um jeito de conseguir ajuda. Pego meu celular dentro do bolso da calça e disco o número do Taylor.

_ Alô?_ ele atende imediatamente_ Hanna?

_ Susan, ela... A faca.

Antes que eu complete a frase meu celular é lançado contra a parede.

_ Idiota_ Susan esbraveja_ Não há maneira alguma de se salvar.

Olho para as janelas que agora estão abertas.

Susan dá uma gargalhada.

_ Pretende pular?_ ela aponta para as janelas_ Fique a vontade, você não sobreviveria a uma queda dessas.

As imagens da tentativa de Ben em me matar se passaram na minha cabeça como um filme, sobreviver a uma queda daquelas havia sido um milagre, mais uma vez eu já não poderia ter a mesma sorte. Mas eu estava disposta a tentar.

Me arrasto pelo chão até as janelas. As feridas faziam meu corpo inteiro doer. Seguro no batente da janela, e tento me levantar.

_ Hanna?_ Taylor tenta abrir a porta

Susan se esgueira por de trás da porta esperando para acertar Taylor.

_ Taylor, não_ aviso_ Eu vou ficar bem.

Finalmente me levanto, olho pela janela. Fecho os olhos, eu precisava de coragem para fazer tal coisa. Me preparo para pular, mas Susan se adianta e me joga janela abaixo.

Dessa vez eu pude ter certeza que todos meus ossos estavam quebrados, a dor que subia por meu corpo era insuportável, havia mais sangue que o normal ali, minha respiração estava fraca, por mais que eu tentasse respirar, parecia não haver mais ar suficiente.

Vejo um tumulto se formar ao meu redor, curiosos com os olhos arregalados de pavor, ou pena. Talvez eu não estivesse tão bem como pensava.

_ Hanna?_ ouço a voz de Hunter.

Ele se inclina até meu corpo. Seus olhos preocupados me deixava ainda pior.

_ Ela...

_ Não, não fala nada. Eu vou ajudar você.

E então minha visão escureceu.