Epílogo

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TAYLOR

Fiquei de fora da casa enquanto Hanna se despedia, eu não me sentia bem naquele lugar, havia algo muito estranho lá. Esperei por alguns minutos, mas Hanna não parecia estar satisfeita e demorava demais. Olhei meu relógio, eram 19h46min, ela já estava lá tempo demais.

Entrei na casa contra minha vontade a procura dela. Estava tudo estranhamente silencioso. Subi as escadas lentamente enquanto analisava o lugar. Saquei minha arma, não vira nada ameaçador, mas eu era sempre precavido.

_ Hanna?_ chamei._ Está na hora de ir.

Entrei no primeiro quarto que vi, era o do casal. Um quadro gigante estava na parede com uma foto de um homem e uma mulher. Os pais da Hanna. Depois fui para outro quarto, dessa vez o da criança. Chutei uns brinquedos que estavam no caminho e procurei pela Hanna. Nada. Olhei para a cama e sobre ela havia uma caixa de madeira. Não liguei muito para aquelas coisas, sai do quarto e procurei por ela no resto da casa. Nem sinal da Hanna. Na verdade ela nem parecia ter estado ali antes.

_ Hanna, onde está você está?_ chamei mais uma vez, mas não obtive resposta._ Está na hora de ir.

Voltei para o primeiro andar e a procurei novamente, eu não conseguia encontrá-la. Eu não conseguia me sentir bem dentro daquela casa, na verdade eu meu sentia com tanto medo, covarde, queria sair dali o mais rápido possível, mas a Hanna ainda estava lá dentro e eu não podia deixá-la. Onde ela estava? Fiquei ali por horas até que finalmente tive a certeza de que Hanna não estava ali. Acionei a polícia imediatamente e mesmo assim não a encontramos, Cristian ordenou que continuassem a busca, durou alguns dias, mas nada. Eu já estava ficando louco, Hanna estava desaparecida e grávida de duas crianças. Meus filhos. Por que isso estava acontecendo comigo?

Duas semanas depois

Naquele dia eu sai de lá contra a minha vontade, não encontrei a Hanna em lugar nenhum, um medo terrível tomava conta de mim, eu não dormia a dias, não tinha notícias e ninguém que investigava o caso me falava nada. Meu coração batia já sem muita esperança, eu não sabia nem por onde começar, eu não sabia mais a quem recorrer.

_ Taylor. _ Daniel me chama. Eu estava parado na sala tentando encontrar um jeito de encontrar a Hanna. _ Vá deitar, você está sem dormir direito a duas semanas. Só cochila.

_ Não consigo. _ Respondo com um suspiro. _ Não tive sinal da Hanna, não faço nem ideia de onde ela esteve.

_ Tome isso daqui. _ me entrega um comprimido enorme. _ Vai te ajudar a dormir.

_ Isso faria um elefante dormir Daniel. _ falo olhando o comprimido com tristeza.

_ Ótimo, e disso que você está precisando. Vamos, tome. _ engulo o comprimido e ele me entrega um copo d'água.

Estava tudo escuro e eu vi a Hanna, me aproximei dela. Seu rosto, seu corpo, sua barriga, tudo nela ainda era familiar.

_ Onde você está meu amor? Me dê um sinal pra eu te encontrar. _ falo aproximando.

Ela me olhava com um sorriso fraco. Não falou nada e deu um passo para trás.

_ Hanna. _ ela dá mais um passo ainda com o sorriso fraco. _ Por favor, não me deixe de novo.

Ela se afasta e eu não consigo me aproximar dela, parece que algo me prendia no chão.

_ Ele pode. _ ela fala com a voz calma.

_ Ele quem Hanna. _ mas já era tarde, ela já havia sumido. _ Hanna. Hanna. _ Grito desesperado.

"Taylor" - Ouço meu nome de longe.

"Taylor"

_ Taylor. Acorda. _ Daniel me chama e eu levanto assustado. _ Calma. Outro pesadelo?_Ele fala. Ele já se acostumou a tantos pesadelos.

Antes que eu responda meu celular toca e um número desconhecido aparece no identificador.

_ Alô. _ falo suado.

_ Taylor? _ olho para Daniel e vejo que ele me olha com a mesma expectativa que eu.

_ Sim. É ele. _ respondo agora suando mais.

_ Sou eu, August. _ olho sem entender. O que ele poderia querer?

_ Aconteceu alguma coisa? _ pergunto já ansioso.

_ Eu sei onde você pode encontrar a Hanna. _ Sinto o meu sangue sumir.

Horror em Kansas City. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora