Me levanto de uma vez da cama reunindo todos os resquícios de coragem que eu tinha, e novamente, aquela euforia já
familiar por mim me atingiu em cheio. A hora havia chegado e mesmo não tendo um bom plano, eu iria me agarrar a qualquer vislumbre de esperança que me levasse o mais longe possível desse lugar e das pessoas que habitam nele.
Caminhei até a porta tentando passar uma imagem calma para que Elijah não suspeitasse de nada e acho que consegui. Saio
do meu quarto e Elijah logo tratou de algemar minhas mãos.
- Espere aqui - ele disse antes de ir até a cela que estava na frente.
Franzi o cenho porque me lembro de ver Sybil nela, mas apenas de noite, nunca vi algum sinal de vida lá durante o dia.
Elijah abre a cela e como previsto, Sybil sai de lá com a sua típica cara de superioridade. Ele também algema ela e a trás para perto de mim.
- Estamos em falta com alguns guardas, por isso vou cuidar das duas - ele explica pegando em meu braço assim como ele fez
com ela e nos guia pela multidão de pacientes - Houveram algumas baixas por aqui - ele diz e eu sinto uma pitada de ironia
em sua voz, o que me faz pensar que ele pode saber de algo.
De qualquer maneira, eu estou dando o fora daqui hoje mesmo, por isso não me importo com que ele possa saber. Andamos
em silêncio por mais algum tempo e eu já sabia que a hora era essa.
Hora do jogo.
- Ahn... Elijah, será que você poderia me levar ao banheiro antes? - digo, cessando meus passos, fazendo com que ele e
Sybil parassem também. Ele me analisa por alguns segundos e eu sabia que tinha de fazer algo - Eu realmente estou apertada - faço uma careta tentando dar o meu melhor para o convencer. Ele suspira antes de assentir.
- Tudo bem, mas isso vai ser rápido - ele diz, mantendo seu tom formal.
- Não, eu estou com fome. Vamos para o refeitório agora - Sybil bate o pé do outro lado. Eu a encaro vendo um pequeno
sorriso de canto surgir em seu rosto.
- Não, nós vamos ao banheiro - retruco.
- Vamos para o refeitório - ela endurece seu semblante e dá um passo em minha direção.
- Ao banheiro - repito a ação, dando um passo até ela também.
- Refeitório! - outro passo dela.
- Banheiro! - estávamos uma de frente para outra.
- Calem a boca as duas - Elijah aumenta sua voz, atraindo nossa atenção sobre ele - Eu não sabia que estava na ala infantil do
sanatório - sua voz transborda ironia.
- Foi ela quem começou - Sybil aponta o dedo em minha direção e a minha vontade é de socar a sua cara.
- Eu mandei calar a boca - Elijah repreende, me fazendo abrir um sorriso na hora - E você - ele aponta para mim - Pode tirar
esse sorriso do rosto, não tem nada de engraçado aqui - meu sorriso some dando lugar a uma cara emburrada e ele nos olha
negando com a cabeça.
- O que vamos fazer? - pergunto, tentando amenizar o clima. Eu tinha planos.
Elijah suspira antes de chamar um guarda que passava por ali. Ele pediu para que ele me levasse até o banheiro, enquanto
levava Sybil até o refeitório.
- Eu já volto. Não tente nada, garota - ele me adverte e eu apenas assinto.
O outro guarda me leva até o banheiro, que por sinal não demoramos a chegar. Ele solta meus pulsos das algemas e deixa
que eu entre. Já dentro do banheiro eu verifico se estou sozinha e quando felizmente constato isso, corro até a última cabine já sabendo o que fazer. Abro a porta com certa urgência vendo o grande painel de metal atrás do vaso sanitário. Tranco a porta atrás de mim e me viro para o painel. Agarro suas grades aplicando pressão nelas, que, sem dificuldade, se desprendem da parede.
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Redemption || TVD
Horreur"A crença derradeira é acreditar numa ficção, que você sabe ser ficção, nada mas havendo além disso; a espantosa verdade é saber que se trata de uma ficção, e que você acredita nela por vontade própria." Ela não acreditava em monstros. Ele era um mo...
