31°- CAPÍTULO ✝

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Me assusto quando sinto sua mão gelada sobre meu rosto e abro os olhos devagar, encontrando-o bem perto de mim. Muito
perto. Tão perto que fico em dúvida se estou sufocada pelo choro ou por sua presença esmagadora.

- Você tem medo de mim? - pergunta me encarando. Seus olhos perfuram os meus, me deixando embriagada, um pouco mais.

Tenho que piscar algumas vezes para que meus pensamentos entrem em ordem e me amaldiçoo por ter bebido tanto, mas mesmo se estivesse completamente sóbria, duvido que responderia de primeira essa pergunta sem motivo, afinal, que droga de pergunta é essa?

- Tem? - ele pergunta de novo quando não respondo, talvez achando que não ouvi a primeira vez, mas a verdade é que não sei
o que responder. Eu tenho medo dele? - Você tem medo de mim? - insiste levantando a voz, parecendo impaciente e decido
então que não tenho forças alguma para enfrentar sua brusca mudança de humor agora, por isso tento afastá-lo, mas ele sequer se move.

- Me responde, Elena - sua voz é um pouco mais suave que antes, apelativa até, mas ainda sim impaciente.

- Não sei, um pouco. Eu acho - revelo e ele suspira, fechando os olhos e quando volta a abri-los, estão mais escuros.

- Deveria ter mesmo, porque eu estou tendo que me controlar muito para não te foder aqui e agora - sua confissão me pega
desprevenida e me vejo sem reação.

- O quê?! - pergunto em um guincho, afetada com sua confissão, mas algo dentro de mim, não muito distante, não se sente nem um pouco envergonhada com o que acabei de ouvir.

Talvez um pouco supresa, mas não envergonhada. Penso em culpar o álcool, mas não sinto aquele atordoamento de antes, sinal claro de que estou apenas um pouco mais alegre, mas não
bêbada.

Me elevo nas pontas dos pés para chegar até seu rosto e o trago mais perto rodeando seu pescoço com meus braços. Nossas testas se chocam brevemente apenas para nos separarmos um pouco segundos depois e quando encaro seus lindos olhos azuis, vejo que o que estou prestes a fazer nunca pareceu tão certo.

Meus olhos se movem para seus lábios e me pego mordendo os meus para tentar suprimir a vontade absurda que estou de
beijá-los.

- Elena... - ele sussurra meu nome de forma lenta, mandando vibrações por todo o meu corpo e quando finalmente junto
nossos lábios, solto um suspiro de alívio por ter de volta a deliciosa sensação de tê-los para mim.

Sua pele gelada contrasta com sua boca quente contra a minha. Ele não demora ao envolver minha cintura com seus braços para me trazer para mais perto de si e aproveito para subir
minhas mãos pela sua nuca, sentindo seus cabelos entre meus dedos.

Sinto a perda do toque de suas mãos em meu corpo e abro os olhos a tempo de ver minhas costas se chocando com muita
brutalidade contra a parede. Resmungo de dor, mas no momento que meus olhos encontram os desejosos de Damon, esqueço a parede que agora ficou danificada atrás de mim e deixo que Damon rasgue minha fina regata ao meio e ataque meu pescoço com seus lábios quentes, me pressionando contra a parede. Suspiro com a sensação de ter seu corpo tão pressionado contra o meu.

Seus beijos urgentes vão se tornando mais lentos a medida que traçam um caminho do meu pescoço até o meu colo. E depois
descendo lentamente até o vale entre meus seios e vão descendo ainda mais devagar até a minha barriga, deixando minha pele arrepiada para trás como tortura, me fazendo contrair o local. Olho para baixo quando deixo de sentir seus lábios contra a minha pele e vejo que ele me encara com um sorriso de canto, agachado na altura da minha cintura, me fazendo ansiar
para o que viria em seguida.

E como se soubesse o efeito que causa em mim, Damon estoura os botões da minha calça de uma vez, abaixando-a até meus
tornozelos e aproveito para empurra-las para baixo com os pés, tirando-as de uma vez junto com minhas botas. Ele volta para cima deslizando suas mãos pela lateral do meu corpo, agora coberto apenas por minha roupa íntima, e as para suas mãos atrás de minhas coxas e com uma ajudinha, ele me levanta e envolvo minhas pernas ao redor de sua cintura.

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