Capítulo 1

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Chego na empresa e todos já me olham com o olhar de pena, tem sido assim por dois anos. Eu era um cara alegre, feliz, motivado para tudo, mas quando Anastásia me deixou, levou com ela minha alma, meu coração. Passo por Andreia e ela já me segue para minha sala.

-Bom dia Sr Grey. O Sr quer seu café agora ou quer repassar a sua agenda? Ela pergunta parada na frente da minha mesa.

-Quero meu café agora sim, e quero que você coloque Welch na linha agora. Digo sem olhar para ela.

Ela sai da minha sala e em poucos minutos me informa que Welch está na linha. Pego o telefone e começo a falar com ele.

-Welch atualização. Peço ríspido.

-Nenhuma até agora Sr. Ele diz me deixando puto.

-Como nenhuma Welch? Que merda vocês estão fazendo? Eu estou pagando para vocês uma fortuna, e nada de vocês encontrarem minha mulher e filho. Já se passaram dois anos, e nada. Eu quero que você e seus homens façam o que tem que ser feito. Quero resultados. Quero minha esposa e filho aqui. Será que vai se passar mais quanto tempo, meses, anos?

-Sr Grey estamos fazendo tudo que está em nosso alcance. Já vasculhamos quase os Estados Unidos inteiro. Não estamos deixando nada passar. Ele fala como se fosse meio para se justificar.

-Eu não quero saber onde vocês vão encontrá-la. Seja nos EUA ou fora daqui, eu só quero que ela apareça. Se vocês já vistoriaram tudo no país, vão para outro país, não me importa quanto vai custar, eu só quero minha esposa e filho. Falo e desligo sem esperar o mesmo falar algo que vai me deixar mais puto.

Será que Ana saiu do país? Não seria possível, eu saberia. Droga. O que adianta ser Christian Grey se não consegue trazer sua esposa de volta. Não consegue saber onde a mesma se enfiou. Andréia entrar com meu café e questiona se eu quero passar a minha agenda. Apenas aceno com a cabeça. Meu dia está cheio de reuniões e videoconferência. Contratos para assinar. Tudo isso vem me desanimando a cada dia mais. Eu era super empolgado com a minha empresa, mas tudo isso não está valendo a pena a dois anos. Como disse venho trabalhar para não ficar louco em casa, não ficar pensando na minha Merda de vida.

Afundo no meu trabalho o dia todo. Minha mãe me ligou para jantar na casa dela. Aceitei o convite mesmo sabendo o assunto desse jantar. Minha família me condena até hoje por não ter achado Anastásia. Quando eles souberam que Ana estava grávida e eu rejeitei meu filho e ainda por cima ter custado o meu casamento, onde Ana foi embora, eles me condenaram, disseram que eu não poderia ter feito o que fiz. Mas já era tarde, eu não fui homem pra assumir meu filho naquela época, e agora estou pagando caro pelo meu erro.

Saio da empresa e vou direto para casa, vou tomar um banho antes de ir para casa dos meus pais. Chego em meu apto e Gail está na cozinha. Digo a ela que não precisa fazer o jantar para mim, pois vou a casa dos meus pais. Ela apenas assenti com a cabeça. Ela também tem o olhar de pena para mim. Na verdade todos os meus empregados tem um olhar de pena para mim. Não tem um dia que não vejo que eles sentem pena a cada dia mais que se passa. Tomo um banho e fico pensando que não tive chances de mostrar Ana a nossa casa. Escolhemos juntos, fizemos todos os arranjos e decorações juntos e não chegamos a desfrutar dessa casa. A mesma está fechada da forma que foi me entregue. A decoradora fez um ótimo trabalho, porém nada valeu a pena se minha mulher não estava aqui para ver. Eu depois do que aconteceu fui na casa umas quatro vezes, eu mandei fazer uma reforma em um dos quartos. Tenho esperança de ter a minha família de volta.

Me arrumei e segui para sala. Taylor estava em seu posto habitual. Ele me ver e diz que tem algo para mim. Fico intrigado. Ele me entrega um papel. Diz que estava na portaria juntos com as outras correspondência. Pego o papel da mão dele e abro. Meu mundo acabou ali, eu não estava acreditando no que estava lendo. Passo a mão pelo cabelo e meus olhos se enchem de lágrimas. Ela não pode fazer isso comigo. Não, ela tem que me dá a chance de me desculpar. Ela tem que me perdoar. Me sento no sofá em lágrimas. Olho para o papel em minha mão e não acredito que ela esteja me pedindo o divórcio. Se antes eu já estava triste, agora eu prefiro morrer do que dá a ela o divórcio.

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