Behind Your Eyes

Help me

Matthew adentrou o quarto de Lily vagarosamente para vê-la sentada em sua mesa de estudo, digitando calmamente em seu computador. Ele sorriu. Se alegrava por ter uma relação de amizade com seus filhos, afinal, sempre prezou isso, já que não fora algo que de fato teve em sua vida na maior parte dela, e sendo assim prezava muito por manter a confiança estabelecida entre eles.

– Ocupada? – A voz dele a despertou.

– Oi, pai! – Lily sorriu encantada. – Eu estava revisando a matéria de álgebra.

– Não quero atrapalhar.

– Não está atrapalhando.

– Bom... – Matt suspirou longamente antes de caminhar para perto da filha e se sentar em sua cama, ficando de frente para ela.

– Tudo bem, pai?

– Tudo, querida, tudo bem. – Riu frouxo. – Só queria saber como você está depois do que houve na festa.

– Eu estou bem. – Sorriu. – No início foi triste, mas eu to bem. – Completou.

– Seu irmão me disse que o Andrew a defendeu...

– É, ele me ajudou.

– Vocês dois sempre foram bem próximos, não é?

– Somos todos muito próximos. – Lily franziu o cenho. – Onde quer chegar?

– Em lugar nenhum. – Matt riu. – Você tem razão, vocês são todos muito próximos, não é?

– Coisa de família.

– Coisa de família. – Concordou ele dando um beijo no topo da cabeça da filha que sorriu. – Só queria mesmo ver se estava bem, e dizer que se quiser conversar sobre o que houve, estou aqui, tudo bem?

– Sei disso.

– Eu te amo.

– Também te amo, pai.

– O jantar está quase pronto.

– Ah... – Lily suspirou. – Claro... Mas eu não to com muita fome hoje.

– Sem fome? – Matt fez uma careta. – Mas vai ser o macarrão especial do papai, você sempre amou.

– Eu sei. – Sorriu. – Tudo bem, eu como um pouco.

–Vou separar a sua tigela. – Ele deu uma piscadela antes de sair dali. Lily apenas encarou seu reflexo no espelho e suspirou longamente.

***

O telefone de Matthew tocou e sem hesitação alguma ele atendeu ao ver o nome de Greg na tela vibrante.

– Pode falar, meu garoto.

– Tio, você está em casa?

– Claro.

– Então abre a porta. – Pediu.

Matthew franziu o cenho, mas rapidamente fez o que lhe fora pedido e viu um Gregory um tanto quanto abatido em sua frente. Odiava vê-lo assim, e sabia bem os motivos disso, esperava de alguma forma poder ajuda-lo.

– Desculpe vir assim, sem avisar.

– Sem encrenca, tem macarrão especial do tio Matt.

– Ainda bem. – Greg riu adentrando o apartamento e caminhando em direção a bancada que dividia a sala e a cozinha.

– Você não está bem, não é? – Indagou para vê-lo concordar. – Laura?

– Não precisa pensar muito pra saber, não é?