Behind Your Eyes

I never hit so hard in love

Nota das autoras: Penúltimo, pessoal. Se preparem. Ainda estamos ponderando se o último sairá hoje ou amanhã, de qualquer forma, mantenham seus corações aquecidos, porque está chegando a hora do grande adeus. Não tá sendo fácil pra gente também. Esperamos que amem esse capítulo, e depois que postarmos o último, vamos postar junto um ou dois capítulos extras, um pra agradecimentos e novidades que gostaríamos muito do fundo do coração que vocês perdessem um tempinho lendo e outro pra um bate papo, pelos comentários mesmo, um capítulo só pra vocês perguntarem o que quiserem sobre o livro 1 e o 2, sobre os próximos que virão, tirarem dúvidas, pedirem dicas, comentarem o que gostaram e o que não gostaram, e até mesmo perguntarem algo sobre a gente, caso tenham alguma dúvida sobre. Achamos que isso seria divertido e é uma maneira de mantermos ainda mais a comunicação entre a gente, e se vocês toparem, responderemos a cada um com carinho e total atenção pra saciar suas dúvidas!

Um bom capítulo!

xXx

Algumas semanas depois...

Lily caminhou com um sorriso curto para dentro da sala de seu médico que acompanhava desde o início sua luta contra a bulimia. Estava ansiosa, afinal, hoje era dia de mais uma pesagem e de conferir os exames tanto físicos como psicológicos feitos por uma equipe multidisciplinar que acompanhou seu caso. Ela estava lutando contra isso com todas as forças que tinha, e queria muito que os resultados disso fossem positivos novamente, lhe incentivando a continuar sempre. Era incrível como os medos que tinha no início se findaram ao conseguir ajuda correta, quando aprendeu a confiar em outras pessoas e não guardar mais pra si seu problema. Não achou que em tão pouco tempo conseguiria fazer tantos avanços, mas hoje, sentia inclusive vontade de fazer algo pra ajudar outras pessoas que tinham a doença e outras semelhantes, e aos poucos sabia que realizaria coisas grandes para devolver o que fizeram por ela.

— Bom dia, Lily! — O médico saudou carinhoso fazendo-a sorrir.

— Bom dia, doutor Scott. — Ela retribuiu o cumprimento.

— Ansiosa pelos resultados?

— Um pouco, mas tentando não deixar as expectativas muito altas. — Franziu o cenho numa careta.

— Andrew não veio hoje?

— Ele me deixou aqui e disse que tinha que ir a um lugar resolver alguma coisa, eu não sei. — Lily riu sem jeito. — Acho que no fim das contas ele estava mais ansioso que eu.

— Normal, ele gosta tanto de você, não é? — O médico falou amigavelmente enquanto pegava o envelope que continha os resultados dos exames da ruiva que logo suspirou. — Pronta pra isso?

— Pronta. — Respondeu ela antes de assentir. Doutor Scott folheou com calma cada relatório, deixou seus olhos passarem atentos a cada resultado dos exames de sangue, ressonâncias, dados passados pela equipe de nutricionistas e endocrinologistas, assim como pelos documentos encaminhados pela psiquiatria e pela psicologia. Ele, clínico geral, especialista em distúrbios alimentares deixou um sorriso calmo surgir em seu rosto, fazendo-a tremer ali por uns segundos. — Lily, aparentemente, você chegou ao seu peso ideal, glicose normalizada, colesterol e triglicerídeos dentro do padrão de normalidade de saúde, vitaminas em dia. — Cantarolava enquanto sorrisos surgiam em seu rosto quase que descontroladamente. — Recuperou sua massa muscular antes perdida, assim como seu condicionamento físico melhorou, e segundo os exames complementares seu sistema imunológico está mais forte, diferente demais do que quando tínhamos conseguido, e também conseguimos controlar muito bem a úlcera causada em seu estômago devido ao refluxo constante. — Sorriu. — Mas o principal é que segundo os relatórios de sua saúde mental, você se encontra curada do distúrbio. — Falou fazendo-a abrir os lábios quase em choque, enquanto seus olhos se permitiam ficar molhados. — Eles querem, e eu concordo, que você continue fazendo um acompanhamento com ambos, assim como seguindo uma dieta balanceada e associada à prática de esportes, e visitas regulares mensais a todos os seus médicos durante pelo menos mais um ano devido aos riscos de recaída que a doença pode oferecer, mas agora, querida Lily, você pode sorrir, não precisa mais depender de injeções, nem de milhares de medicamentos e vindas quase que diárias a milhares de médicos, você está liberada. — Completou fazendo-a chorar ali de alegria, completamente emocionada.