31/12/2007
Vicente caminhava tranquilo pelas ruas vazias do bairro onde morava em Berlim, segurando uma latinha de cerveja e um cigarro. O frio era insuportável, impossível de suportar caso estivesse sem várias camadas de casaco ou um sobretudo. Parou de caminhar quando chegou ao enorme prédio com a porta de entrada de vidro, era ali que morava sua namorada, Angie.
Seu alemão não era lá essas coisas, sabia o básico: bom dia, boa tarde, com licença e obrigado, afinal o único idioma que falava com fluência era o inglês, e por sorte, sua namorada era inglesa.
Deu boa noite ao porteiro, e apenas disse: Angie. O homem entendeu rápido, e interfonou para a moça, e logo ele pode subir.
Ao chegar no 5º andar, onde sua namorada morava, viu a mulher branca, cabelos castanhos claros e cumpridos, olhos castanhos esverdeados, esperando na porta.
- Guten Abend (boa noite) - Cumprimentou a moça, sorrindo para o namorado.
- Good night, please. ( boa noite,favor) - Disse Vicente, caminhando até a namorada para lhe dar um beijo.
- Where do we go tonight? I heard that there is a restaurant in center where the food is really good, besides they celebrate the new year's eve too, giving drinks. Oh, and there is karaoke too. Let's there? (Onde vamos essa noite? Eu escutei que tem um restaurante no centro onde a comida é muito boa, além deles celebrarem o ano novo também, dando bebidas. Oh, lá tem Karaokê também. Vamos lá?) - Disse Angie ainda parada na porta.
- Why don't we stay here, drinking and making love? Hm... What do you think? (Por que não ficamos aqui, bebendo e fazendo amor? Hm... o que você acha?) - Comentou Vicente, roçando seu nariz no pescoço cheiroso e alvo da namorada.
- Oh no! I prefire hang out than stay here doing what we used to do everyday, Vicente! Come on, let's celebrate! If you don't go, I''ll on my own! (Não! Eu prefiro sair do que ficar aqui fazendo o que nós costumamos fazer todos os dias, Vicente! Vamos lá, vamos celebrar! Se você não for, eu irei sozinha!) - Angie tinha uma personalidade forte, e não aceitava ser contrariada, assim como Vicente, mas ele tentava ser flexível em relação à Angie, já que tinha esperanças no relacionamento dos dois.
O rapaz respirou fundo e deu um gole em sua cerveja que se manteve gelada devido a temperatura do local, e depois de engolir o líquido balançou a cabeça contrariado.
- I'm by foot. (Estou a pé) - Comentou Vicente.
- No problem, I'll call a taxi (Sem problemas, vou chamar um taxi) - Angie entrou em seu apartamento e Vicente repetiu seus movimentos, e enquanto a inglesa foi chamar um táxi, ele se jogou no sofá e ligou a tv.
Passou os canais e parou em uma novela que passava desde a década de 90, então deixou ali pra ir se distraindo enquanto sua namorava não voltava.
Angie e Vicente se conheceram graças a um colega de trabalho de Vicente, que era amigo de Angie, depois Vicente descobriu que os dois haviam sido namorados, o que incomodava Vicente, devido a proximidade dos dois, mas algo dentro dele o mandava manter a calma pois a garota estava com ele, e não com o ex.- The taxi is comming. ( O taxi está vindo) - A moça sentou ao lado do namorado e eles iniciaram um beijo, que começou calmo, e com o tempo foi aumentando a intensidade, a ponto dos casacos e a blusa de Angie estarem no chão. Quando os dois deitaram, para dar incio ao sexo, o interfone tocou e eles presumiram que era o Taxista que havia chegado.
- Fucking hell - Esbravejou Vicente.O casal chegou ao restaurante indicado por Angie e já foram logo reservar a mesa onde passariam a virada. A atendente guiou o casal até uma mesa que ficava bem afastada da entrada, e perto do open bar. Angie comentou algo em alemão com a moça, sorriu deixando o cardápio para os dois.
- If we pay more 20 euros, we can drink all night long (Se pagarmos mais 20 euros, podemos beber a noite toda). - Vicente sorriu e pegou em sua carteira, no bolso de trás, puxando uma nota de 20 euros.
- So, let's drink all night long! (Então, vamos beber a noite toda) - Angie pegou a nota e foi até a atendente, pagar o preço do open bar.
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Estocolmo
De TodoUm amor obsessivo e uma vítima. Às vezes, a mente promove situações irreais, onde nem sempre o que queremos é o que teremos. Mas, para Vicente, manter Cléo em cárcere durante anos, fazendo-a perder parte da vida dentro de um local onde apenas ele ti...