Capítulo Especial de Ano Novo - Parte I

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N.A: Oláar, meus amores! Último capítulo de 2016. Feliz Ano Novo e que todos os desejos de vocês se realizem, de coração! <3

Sim, eu dividi o especial em das partes. Primeiramente, porque aqui no Wattpad é super cansativo ler um capítulo grande. Segundamente, porque já tinha metade do capítulo pronto, mas ainda não tive tempo de concluí-lo. Só queria que vocês soubessem que preso por concluir os capítulos da história regular e mantê-los sempre adiantados, por isso ainda não concluí. Sou daquelas que se empolga e provavelmente atrasaria capítulos da regular, e isso é algo que não quero. Espero que vocês gostem e me compreendam.

Amo vocês. Obrigada por todas as alegrias que vocês me proporcionam com cada comentário, cada favorito, cada recomendação.

Boa Leitura!

— Acorda logo, loira preguiçosa — Daryl sacudiu o ombro de Beth impacientemente.

Beth sorriu, mas manteve os olhos fechados. Já estava acordada há bastante tempo, desde que o calor de Daryl havia partido da cama. Ela observou com seus olhos entreabertos enquanto ele revirava o quarto em busca de suas peças de roupa.

— Anda logo, você sabe que o Hershel fica furioso quando você passa a noite aqui — ele resmungou, puxando os cobertores para fora da cama.

— Sou legalmente maior de idade — ela respondeu com uma careta. — O que eu posso fazer? Ele não deixa que você passe a noite lá, então eu venho — Beth sorriu matreira.

— Você sabe que ele vai me fazer pôr uma aliança no seu dedo desse jeito.

— Não é uma ideia ruim — ela comentou enquanto se espreguiçava.

Daryl apenas bufou e revirou os olhos, jogando algumas peças de roupa sobre Beth.

A loira lembrava-se claramente daquela manhã em que chegara de mãos dadas com Daryl em sua própria casa. Seu pai e seu tio Rick estavam furiosos na varanda e Daryl se esquivava com um animal selvagem às suas costas.

Ele parecia estar engasgado quando Hershel havia perguntado o que ele fazia com sua garota, e quando Beth respondeu sorridente um "estamos juntos", seu pai havia caído em um acesso de risos. Primeiramente Hershel tinha pensado que Daryl estava acobertando algum tipo de escapada da filha, mas quando percebeu que o que Beth dizia era verdade, a conversa havia ficado um tanto mais séria.

Daryl e ela não haviam dado um nome àquilo que tinham, mas Hershel parecia muito interessado em nomear exatamente o que era.

"Quero permissão para namorar com a sua filha", o caipira havia murmurado em uma voz estranha, como se estivesse com uma batata na boca.

Bem, o resto da conversa fora um pouco — muito — tensa. A apaziguadora acabou por ser a mãe de Beth, que também era alguns bons anos mais jovem que Hershel.

— Ei, loira. Ainda está aqui? — Daryl resmungou mais uma vez.

— Ontem a noite você não estava tão reclamão — ela fez um biquinho enquanto entrava em suas roupas e calçava as botas. Daryl deu de ombros e se aproximou dela, beijando-a rapidamente.

— Estou falando sério, Greene. Seu pai vai ficar uma fera. Vamos logo.

Ela acabou cedendo, passando primeiramente no banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. Ela sorriu em frente ao espelho, constatando que havia passado tanto tempo na casa de Daryl na última semana que tinha se dado o trabalho de deixar uma escova de dentes por ali.

Relutante, Daryl enlaçou sua mão na de Beth, acompanhando-a até a casa.

— Até mais — ele disse, soltando a mão da loira.

— Dixon! — Hershel gritou pela janela. — Fique. Se pode dormir com a minha filha, pode ao menos se juntar a nós para o café.

Beth observou a expressão de Daryl se transformar em uma careta assustada quando finalmente entraram na casa.

Daryl não podia evitar que seu coração disparasse todas as vezes em que precisava encarar Hershel Greene. Sentia-se como um adolescente medroso, mas era algo incontrolável. Ele sabia que Hershel queria o melhor para sua filha e já havia recebido a aprovação dele. De qualquer forma, não sentia-se merecedor de fazer parte daquela família, de ter Beth, de pertencer à ela.

Apesar de tudo, Hershel havia sido como um pai para ele, criando-o e educando-o para ser um homem. Tinha medo de decepcioná-lo, ou mesmo de decepcionar Beth. Era frustrante e gastava muita energia.

— Bom dia — ele disse sem jeito, sentando-se em um lugar aleatório da mesa.

A família toda de Beth estava lá, e Maggie, Glenn e Carol o encaravam como se um terceiro olho tivesse crescido bem no meio da sua testa. Detestava toda aquela atenção, mas Beth valia o esforço.

O maldito café parecia um velório. O único som que se ouvia era das xícaras sendo levantadas e depositadas novamente sobre os pires. Para seu desespero, todos saíram da mesma antes dele, deixando-o a sós com Beth e Hershel.

— Beth, querida, pode nos dar licença? — Hershel perguntou e Beth prontamente acenou a cabeça e saiu.

Daryl sabia que Beth era uma boa garota, educada e extremamente obediente. Logo ficou feliz pela aprovação de Hershel, visto que, sem ela, provavelmente Beth não se aproximaria novamente.

— Bem, garoto. Precisamos ter uma conversa de homem pra homem — Daryl engasgou surpreso, disfarçando com um gole de café. — Se pretende mesmo ter algo sério com a minha filha, e sei mesmo que pretende — ele ressaltou ameaçadoramente. —, já que te criei como um filho para ser um homem de princípios, quero que saiba que o tipo de comportamento que vocês vêm tendo não me agrada nenhum pouco.

— Me desculpe, senhor Greene — o Dixon respondeu de cabeça baixa, encarando a toalha bordada da mesa.

— Já passamos dessa fase, Daryl. Sabe que pode me chamar apenas de Hershel. Você não é mais apenas um empregado. Nunca foi, se me permite dizer. Você é parte dessa família, agora, muito mais do que antes. Só quero que cuide bem da minha menina.

— Estou dando meu melhor, Hershel. Beth foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida desde que cheguei até aqui — ele respondeu francamente, nunca teve rodeios para com Hershel. Admirava aquele homem acima de tudo.

— O que eu quero dizer com isso é que criei minha Beth para ser uma mulher de família e se vocês pretendem ficar... por Deus, não me obrigue a dizer, espero que seja da forma como Deus nos ensinou.

— Você quer que eu coloque um anel no dedo dela — Daryl resmungou a mesma frase que havia dito para Beth.

— Sim, filho. Espero que vocês se casem e façam tudo do jeito certo. Perdi o controle com Maggie, mas minha filha mais velha sempre foi durona. Beth é uma garota delicada, não quero que acabe se ferindo com algo passageiro.

— Eu não tenho a intenção de magoar a Beth, Hershel. Vou a tratar como ela merece. Eu só... Eu não tenho condições de comprar um anel para ela, não agora. Me dê um tempo — Daryl respondeu envergonhado.

— E se eu lhe ser um pequeno bônus por ser meu melhor funcionário?

— Mas você prometeu!— Beth colocou chateada, evitando encarar os olhos do Dixon.

— O que você queria que eu dissesse? Você estava com um travesseiro na minha cara, pulando feito uma doida — Daryl bufou de volta. 

Beth havia o feito prometer que iria com ela até o shopping, apesar de aquela simples palavra lhe causar arrepios. Ela tinha o convidado para o jantar de Ano Novo na casa dos Greene e não era como se ele pudesse negar. Ele havia descoberto que não tinha nada além de uma pilha de roupas de trabalho e caído na bobagem de deixar Beth saber. Na verdade, o Dixon pouco se importava com a roupa que teria que usar, mas a casa da Fazenda mais parecia um hotel, cheia de parentes saltando de todos os lados e ele não queria envergonhar a loira aparecendo com mais uma de suas calças puídas.

O peso do dinheiro em seu bolso chamou sua atenção para algo importante, lembrando que seria uma boa oportunidade para pôr em prática o plano que Hershel havia o incumbido de executar.  


Soft Heart [Bethyl] REESCREVENDO!Onde histórias criam vida. Descubra agora