FOURTEEN

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SHADOW ON

    Acordo cedo - como sempre - e decido ir para a floresta caçar algo diferente para comer. Faz tempo que não como cervos frescos.
    Coloco minhas garras tradicionais.

    E saio

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    E saio. Percebo que Jimin e os garotos não estão em casa novamente, apenas minha presa, cuja está dormindo.
    Onde esses garotos tanto vão?

    Decido ir ao quarto de Sunnie e percebo que a mesma também não está. Em sua cama, um bilhete.

SHADOW PARK

Duvido que esteja lendo isto, mas se estiver
saiba que fiz as pazes com nosso irmãozinho
e que saímos com os garotos para visitar a
cachoeira novamente. Sua presa quis ficar
como na última vez, e eu te desejo sorte.

PS. Fazer as pazes com o Jimin para poder
me aproximar de Taehyung mais amigavelmente
foi algo difícil e chato, portanto não recomendo
que faça o mesmo.

XX Sunnie Park.

    Não tem como não rir disso. Pego uma caneta e escrevo de volta no mesmo papel:

SUNNIE PARK

Você está aprendendo como fazer as coisas,
finalmente. Eu li o bilhete e quero dizer que
não preciso da sua sorte, eu consigo as
coisas sem ela - risos -. Mas, desejo "boa sorte" com a sua nova imagem
boazinha, e espero que a sua máscara
não caia.

XX Shadow Park.

    Pego uma arma de Sunnie em seu closet, pois estou com preguiça de voltar ao meu quarto para pegar uma minha. Me olho no espelho, tudo ótimo, aparentemente.
    Saio do quarto e antes vou à cozinha para beber água e pegar uma faca - cuja esqueci de pegar também -. Quando estou saindo, uma empregada me encontra. É Silvya, o que temos mais próximo de uma mãe aqui dentro.

– Bom dia! -diz ela, sorridente.

– Olá. -sorrio também, mas não sou capaz de desejar um bom dia em retorno. – Chegou cedo hoje. -observo.

– Sim, Jimin disse que sairia com seus amigos e me pediu para vir mais cedo. -explica.

– E você sabe o porquê? -indago.

– Não, Senhorita. -ela abaixa a cabeça brevemente, então sei que está mentindo.

– Você sabe que eu não gosto que mintam para mim, Silvya Soo. -pressiono. Ela sabe as coisas que fiz e que faço, portanto cultiva um medo radiante de mim.

– Ah, Senhorita. -ela suspira pesado, tensa. – Ele disse que é para eu ficar e cuidar do amigo dele que não foi junto, pois todos voltarão pela madrugada.

– Que ótima notícia. -ironizo. – Pois então, está dispensada por hoje.

– Senhorita Park, eu não posso. -ela está em um desespero interno que me alegra.

– Pode sim, eu mando aqui quando Jimin não está. -digo.

– Mas, a ordem do Jimin foi que eu ficasse. -insiste.

– E a minha ordem é que vá para a sua casa e volte amanhã. -digo, agora séria e firme. – Vou esperar você pegar as suas coisas para sair.

– Sim, Senhorita. -ela finalmente cede.

    Como dito, espero ela pegar sua mochila com os pertences e levo-na até a porta. Nos despedimos e ela sai.
    Não demora muito para que eu saia também. Estou faminta, e a caça de hoje promete ser emocionante. Sigo meu caminho para a mata.

YOONGI ON

    Estou acordado quando Shadow aparece no quarto de Jimin, mas finjo estar dormindo até que ela saia. Percebo que ela dispensou a única empregada da casa antes de sair para qualquer que seja o lugar, e isso me deixou intrigado.
    Levanto-me quando sei que ela saiu, então fico na janela e vejo-a se afastando da mansão. Está perfeitamente vestida, possui uma arma na mão direita e ambas as mãos estão com garras assustadoras de metal.

    Quando ela adentra a mata e some da minha vista, desço e decido segui-la. Preciso saber o que essa mulher tanto esconde.

    Passo pela porta um pouco receoso. Penso em levar uma faca, para o caso de ela tentar me matar, mas desisto da ideia pois sei que ela me mataria de qualquer forma.
    Ando lentamente pelo mesmo caminho que ela usou, então adentro a floresta sentindo o ar pesar em minha volta.

    Um cervo passa em minha frente, então ouço um tiro em seguida. É Shadow.
    Ela não me viu, mas eu estou a vendo. Ela pega uma faca que estava presa em sua meia-calça de tecido fino e, sem piedade alguma, corta o pescoço do animal que estava agonizando, fazendo espirrar sangue em seu rosto.

    Cubro a boca com a mão ao presenciar a sua crueldade, mas continuo a observando.
    Ela monta no bicho e passa a faca pelo peito do animal. Com as garras que ela possui - que cortam como lâminas perfeitamente afiadas -, ela corta os órgãos do bicho e leva-os a boca.
    Preciso pressionar mais a mão contra minha boca para não vomitar.

    O coração do animal é o que ela come por último. Assisti ela comer todos os órgãos enquanto seu rosto e corpo se enchem de sangue fresco.
    Ela crava o coração do bicho na garra do indicador da mão direita e logo espreme o órgão, bebendo cada gota que escorre. Por fim, ela leva o restante à boca e parece se deliciar com isso.

    Ela finalmente sai de cima do bicho e o puxa pelas patas para mais além na floresta. Quando me mexo para segui-la, um maldito galho surge e eu piso neste, causando um estalo.
    Shadow vira-se para mim e a imagem dela dessa forma me causa um medo imenso e profundo.

Você. -sua voz sai rouca e baixa.

    Eu apenas corro de volta para a mansão. Corro desesperadamente, sem olhar para trás.
    Chego na porta da casa e olho para a floresta. Nem sinal de Shadow, ela não deve ter vindo atrás de mim antes de desovar o corpo do cervo.

    Entro na mansão e tranco a porta, escorando-me contra a mesma assim que me sinto seguro. Fico assim até ter sinais daquela assassina novamente. Mas, não consigo controlar lágrimas desesperadas que escorrem em minhas bochechas.

HORNS » BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora