FOURTY FIVE

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7 Meses Depois.

SHADOW ON

– Acorde, mocinha. -é a voz doce de Rittah, minha enfermeira favorita.

– Bom dia, Ri. -sorrio, sentando-me na cama.

– Bom-humor?

– Não, sai do meu quarto porque estou com sono. -deito e me cubro novamente, virando de costas para ela.

– Hã, temos visita para você. -ela diz entre risos.

– Visita? -sento-me na cama em um salto. – Quem?

– Eu não sei se é seguro você ir, o garoto é branco para cacete. -ela faz uma careta.

– Conheço pessoas assim. -respiro fundo, tendo a imagem dele em minha mente como um flash.

– Ok. Vocês podem vestir roupas diferentes quando têm visitas, então...

– "Vocês" quem?

– Os internados que possuem bom-comportamento. -ela sorri fraco. – Então, comprei uma roupa de acordo com o que você gosta. Ou parece gostar, eu não entendo você. -ela suspira, me entregando uma sacolinha.

    Tiro a peça e logo visto, me surpreendendo.

– Rittah, eu vou fazer programa ou vou receber alguma visita? -bufo, cruzando os braços

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– Rittah, eu vou fazer programa ou vou receber alguma visita? -bufo, cruzando os braços.

– O que você escolher. -ela sorri fraco, como se estivesse me escondendo algo.

– Do que você está falando? Não se pode ter relações sexuais com visitas! -retruco.

– É, mas ele veio para buscar você.

O quê? -minha voz sai em um sussurro.

– Está livre. -ela abre um enorme sorriso. – Comprei isso porque quero que você lembre de mim para sempre. Por mais que essa peça não dure até a sua morte, você lembrará que usei todas as minhas economias para comprá-la. -seus olhos se enchem de lágrimas.

    Puxo a senhora para um abraço apertado e cheio de emoções. Na verdade, é a minha forma de agradecê-la por ter me mantido viva neste inferno.
    A questão é: quem exatamente veio me buscar?

———¥———

    Paro na porta da sala de visitas com minha mão pairando próxima à maçaneta. Ninguém nunca veio me ver, quem será agora? Dispenso o medo e abro a porta, tendo que segurar as lágrimas ao vê-lo.

 Ninguém nunca veio me ver, quem será agora? Dispenso o medo e abro a porta, tendo que segurar as lágrimas ao vê-lo

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    Meu corpo trava, então fico parada apenas olhando-o. Ele fica mais bonito à cada dia. Mais bonito e mais assustador, e isso me atrai para caralho.
    Ele anda poucos passos até mim, mantendo sua expressão séria e sem dizer nada. Está apenas me analisando, parecendo lamentar pelo meu estado deplorável.

– Eu passei sete meses atrás deste lugar, para encontrar você. -ele diz entredentes. – Eu preciso descansar, então vamos para a casa.

    Ele pega em minha mão e me conduz na direção do salão principal, de onde sairemos.

– Com licença, quero todas as papeladas de Shadow Hee Park. -ele diz ao secretário, que prontamente obedece.

    Ficamos em silêncio enquanto esperamos os papéis serem entregues, sentindo o clima pesar cada vez mais entre nós dois.

– Aqui estão os papéis dela, senhor. -ele entrega um envelope para YoonGi e volta seu olhar para mim. – Teve sorte. São poucos os que conseguem sair daqui, ainda mais na ala cuja você estava. -ele sorri docemente. – Aproveite a sua vida.

– Claro, obrigada. -finalizo, dando as costas e andando até a saída.

    YoonGi se apressa para acompanhar meu passo, mas não diz nada. Vamos em silêncio até o lado de fora.
    Assim que minhas botas tocam o chão do lado de fora do hospital, meus olhos se enchem de lágrimas.

    Ergo os braços para o céu e sinto a brisa leve arrepiar todos os fios de meu corpo. Olho em volta e aprecio o céu nublado, ar gélido e a paz que ser livre me proporciona.

– Está emocionada? -a voz de YoonGi soa suavemente, então viro-me para ele.

– Eu não sou acostumada à ficar presa, YoonGi. -digo em tom sério, mas com um sorriso alegre que não aparecia em meu rosto há tempos. – Eu estou apenas dando boas-vindas à minha liberdade novamente.

    Ele não diz nada, apenas sorri e fica parado, observando tudo comigo. Após um bom tempo, ele decide quebrar o silêncio.

– Desde que você foi internada aqui, eu não parei para observar nada ao meu redor. -seu tom é entristecido. – Eu não estava preso, mas sentia como se estivesse. Não, na verdade eu estava preso ao medo de te perder para sempre, então eu não soube mais o que era ser livre.

– Estávamos juntos nessa. -brinco, rindo.

– Infelizmente. -ele ri de volta.

    Após mais poucos segundos, ele se aproxima de mim e me conduz até o carro, então nós vamos para a casa.

———¥———

– Ei, esta é a casa de Jimin! -digo, parecendo uma criança entrando pela primeira vez em um parque de diversões. – O que vamos fazer aqui?

– Eu também estava puto com ele, mas ele ajudou à encontrar o lugar e tirar você de lá. -ele diz, saindo do carro e andando até minha porta. Ele a abre. – Então eu, os garotos e o Jimin decidimos fazer uma festinha de boas-vindas para você.

– Tem mais algo que eu não saiba?

– Muitas coisas, amor. Muitas coisas. -ele pisca. – Mas, vou te contar depois. Agora, vamos. -ele pega minha mão e me leva até o interior da casa.

    Cada passo em direção ao local aumenta um pouco mais minha palpitação. Como eles devem estar hoje em dia?

HORNS » BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora