FOURTY THREE

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SHADOW ON

    Assim que desço na frente do hospital, analiso o prédio imenso e sinistro em minha frente. De uma coisa eu tenho certeza: eu nunca vou melhorar ou sequer sair daqui.

– Levem-na para o quarto reservado! -o doutor diz às enfermeiras que vêm me receber.

Elas me lançam um sorriso retribuído com sarcasmo, então cada uma segura em uma das minhas mãos, me conduzindo para o interior do prédio.
Após descer para o subterrâneo, eu miro o enorme corredor onde estou andando.

Após descer para o subterrâneo, eu miro o enorme corredor onde estou andando

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Há diversas salas, de onde posso ouvir gritos por socorro. Pessoas talvez inocentes, que só querem sair daqui.
Respiro fundo, então chegamos em minha sala. As enfermeiras entram comigo e trancam a porta atrás delas. Analiso o quarto, tudo o que eu mais temia.

– Eles me consideram uma louca perigosa? -viro-me para as enfermeiras

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– Eles me consideram uma louca perigosa? -viro-me para as enfermeiras.

– Disseram que a sua loucura pode levá-la à um homicídio ou suicídio, e casos assim têm de ficar em quartos deste tipo. -uma delas me explica. Simpática, mas patética.

– Tanto faz. -dou de ombros, sentando-me em minha nova cama.

– Trouxemos as roupas que terá de usar. -a outra enfermeira me estende uma camisola.

Encaro a peça com ironia. É sério?

– Por favor, moça, vista isso sem roupas íntimas ou algum outro acessório. -pede a mulher. – Se você não fizer isso, o Dr. Min virá com a máquina de choque.

– Ele não pode me dar choques ou me machucar! -digo, autoritariamente.

– Aqui dentro, ele pode. Ou você acha que alguém acreditaria em um paciente da ala de risco? -a outra fala com ironia, mas entendo que está certa.

Pego a roupa de suas mãos e começo à me despir sob o olhar das duas. Quando visto a camisola já sem roupas íntimas e nem nada, elas recolhem minhas roupas e saem do quarto.

– MERDA! -grito, socando a parede com uma força que me proporcionou dois cortes nos ossos dos dedos, fazendo-me gritar ainda mais pela dor. – DEUS, SEI QUE NÓS NÃO NOS DAMOS BEM, MAS ME MATE. ME LEVE DESTA PARA QUALQUER LUGAR, POR FAVOR. VIVER ESTÁ DOENDO TANTO! -me ajoelho, sabendo que não obterei respostas.

Deito-me no chão frio, esperando um milagre. Ou, alguém que consiga me tirar desta pequena demonstração do inferno.

———¥———

YOONGI ON

Decido perguntar ao Jin o motivo exato de todos terem decidido se mudar de tal forma. Ele está sozinho na sala, ou seja, tudo está funcionando bem.

– Jin hyung, precisamos conversar. -digo em tom sereno, aproximando-me dele.

– Você está me chamando de hyung e falando de um jeito calmo. Não tenho dinheiro, só para garantir. -diz, fazendo-me rir.

– Eu só vim para saber o motivo exato de quererem se mudar tão repentinamente. -vou direto ao ponto.

Ele engole em seco, demorando poucos segundos para responder.

– Já que você irá junto, e sei que não possui mais nenhum tipo de relacionamento com a Shadow, vou contar. -inicia, e eu apenas assinto. – Um garoto conhecido por Pyo, nos disse que se continuássemos na Coréia, ele mataria à todos nós, começando pela Shadow. -meus olhos se arregalam. – Ele sabia da carta de despedidas do pai dela, e sabia de toda a história dela e a internação. Sabia, inclusive, de Woo Jiho. Aquele rapper que ela namorava, e que sumiu misteriosamente.

– Jin, nós não podemos ir! -aumento o tom, levantando-me do sofá. – Não está vendo que isso é tudo esquematizado? Pelo amor de D...

– Não use o nome de Deus nos seus problemas, YoonGi. -ele me interrompe. – Eu sou responsável por todos vocês, portanto a segurança é o mais importante para mim!

– Se é assim... -levanto-me e ando na direção da porta da frente.

– Ei, onde você vai? -ele corre atrás de mim, na tentativa de me impedir.

– Eu sou bem grandinho, você não é meu parente e eu vou fazer o que eu acho certo! -digo firme, apontando o dedo em seu peito. Em segundos, todos os garotos estão reunidos na porta, enquanto eu entro no carro e Jin tenta me impedir.

– É suicídio, YoonGi! -Jin quase grita, demonstrando seu desespero.

– Só me resta o suicídio, pode ser a única maneira de ficar com ela. -entro no carro e dou a partida.

Jin corre na direção do carro, ainda tentando me impedir. Sem sucesso, novamente.
Ele se pendura na janela do carro, no mesmo momento em que eu acelero, resultando em um quase atropelamento.

Sei que ele se machucou, mas voltar para ajudar só vai atrapalhar a minha vida. Peço desculpas mentalmente e acelero rumo a casa de Jimin, para esclarecer as coisas e tentar resolvê-las.

SUNNIE ON

    Quando recebo alta, os enfermeiros prontamente me sedam e eu não lembro-me de mais nada.
    Acordo em uma sala quase que toda branca, sentada em uma cama de metal e presa em uma camisa de força. Obviamente, tento me soltar, sem sucesso algum.

    Alguém adentra a sala, me assustando brevemente. É aquele velho: Dr. Min.

– Como se sente, querida?

– Seu velho imundo! -murmuro entredentes.

– Vim lhe trazer seus remedinhos pessoalmente, para agradar. -ele põe uma seringa com um líquido amarelado em minha boca, forçando-me à engolir.

    Começo à tossir após sentir o péssimo gosto rasgar minha garganta, então ele põe outra seringa em minha boca, agora com um líquido escuro.
    Minha visão escurece e se contorce, então ouço a voz mais nojenta que já ouvi na vida dizer:

– Você vai alucinar bastante, querida. Tenha uma boa noite. -então ele some.

HORNS » BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora