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Eu não tinha a mínima ideia do que fazer, eu olhei para o chão e tive a reação mais inesperada do mundo. Comecei a chorar.
Paulo me olhou com uma cara de assustado, assim como eu, ele não esperava essa reação, senti as lágrimas geladas saindo pelos meus olhos, caindo na minha bochecha. Vi quando ele parou de me encarar, passou a mão na minha bochecha secando as lágrimas. Sentei na escada. Ele meio que sem saber o que fazer,  sentou do meu lado,  passou o braço do meu lado e me abraçou bem forte.

- Me desculpa, não queria te pressionar desse jeito.

- Tudo bem, você tem razão, eu tenho que saber o que eu quero. A verdade é que obviamente eu sinto algo por você, mas não sei muito bem explicar o que.

- Já é o suficiente pra eu saber que não preciso desistir das minhas esperanças.

Ele pede desculpas, mas fala que precisa ir para sala de aula, falo que tudo bem, ele me dá um beijo na testa e desce as escadas, fico olhando ele descer e pensando "mas que porra foi essa?"

Subo as escadas e resolvo ir ao banheiro antes de ir para a sala de aula. Meu rosto está todo inchado, meu Deus. Entro na sala, as meninas já começam com o interrogatório. Conto o que aconteceu, assim que o professor passou tarefa em grupo.
Quando vejo Juliano também estava querendo saber do lado da Aleh. Fiquei sem graça, ele sorri e diz:

- Por que ta tentando disfarçar? Todos os professores sabem que está rolando algo entre você e o Paulo, do mesmo jeito que sabemos da Bia com o Jean, e bom...

Ele olha pra Aleh, com aquela cara de safado, passa a mão na barba e diz..

- Do mesmo jeito que rola entre eu e a Aleh.

Ela sorri, fica vermelha e diz

- Engraçado que essa nem eu sabia.

Toda nós ficamos rindo, eles ficaram meio sem graça.














Me ensine, professor.Onde histórias criam vida. Descubra agora