-Mas você já se sente bem? Está melhor?
-Já me sinto melhor sim, obrigada.
-Olha...eu gostei muito de te conhecer...muito mesmo. Corei.
-Eu também...gostei muito de te conhecer, você é muito gentil.
-Você é muito encantadora...linda. Corei novamente.
-Muito obrigada.
-E Você mora aqui perto? gostaria que chegasse bem em casa...não quero que se sinta mal novamente no caminho.
-Não preocupe, chegarei em casa em sete minutos. E você, mora aqui perto?
-Na verdade, eu trabalho naquela fábrica, sou operário.
-Ah meu Deus, me desculpe...eu devo estar tomando o seu tempo...me desculpe.
-Não se preocupe, o meu horário começa daqui a pouco, com um milagre eles me permitiram entar este horário hoje.
-Meu Deus, então acho melhor nós já irmos, não quero que você se prejudique por minha causa, ei...qual sua idade? você já até trabalho na fábrica. Sorri.
-Eu tenho 22 anos. E a senhorita?
-Ah eu tenho 16.
-Uma bela idade...
-Bom...vamos então...eu pago pela conta.
-Imagine...não precisa. Eu até me ofereci a pagar mas a senhora não aceitou, disse que estava fazendo o bem.
-Quanta gentileza. Ele riu de minhas palavras.
-O que foi?-Sorri junto a ele.
-Você...é encantadora.
-Ah Obrigada, é gentileza sua...Harry.
-Não é não.
Então saímos da padaria, e há esse meio tempo, as nuvens no céu já se encontravam mais acizentadas, em uma tonalidade muito escura. Me espantei.
-O que houve?
-Eu confesso que amo...mas tenho um certo medo...quando vejo as nuvens tão carregadas assim, eu...
-Não precise ficar com medo. Vai dar tempo de você chegar em casa. Vou ficar pensando em você...digo...se você chegou bem em casa. Mentalmente, eu sorri.
-Muito obrigada, Harry.
-Olha...e agora...quando nos vemos novamente? -Perguntou olhando fixamente em meus olhos.
-Harry...eu não sei...você sabe que...
-Sim...eu sei o que a sociedade pensa sobre isto..
Mas eu...
Sua fala foi interrompida por um alto trovão e pela voz de um homem com aparência muito brava, ele estava parado com as mãos apoiadas no portão da fábrica.
-Meu Deus, Harry...aquele homem...
-Sim...ele é um todo poderoso da fábrica.
-Harry...pode ir...
-Tome cuidado, chegue rápido, não quero que tome chuva. Promete que ficará bem?
-Prometo. Sorri.
-Então Tá, eu tenho que ir. Se despediu beijando minha mão.
-Tchau. -eu disse, sorri virando-me logo em seguida. Analisei novamente as nuvens no céu.
(...)
Cheguei em casa colocando a sacola de roupa em cima do sofá. Subi para o meu quarto, tomei meu banho, vestí-me. Olhei meu reflexo através do espelho deitando na cama logo em seguida. Eu só conseguia pensar sobre o que tinha acontecido naquela tarde. Pensando em quando o veria novamente. Quando? sorri.