(...) Naquela noite, realmente a chuva cedeu, permitindo que a manhã de quarta-feira nascesse linda, com um pequeno brilho de sol que adentrava minha janela.
Como rotina, levantei-me, tomei meu banho para o colégio, depois de me arrumar, apanhei meus livros e estava feliz, feliz porque era meu último ano escolar, feliz porque eu o veria, feliz porque...feliz simplismente.
Mas eu não sabia o que iria acontecer. Não sabia.
(...) Estávamos na mesa tomando o cafe, quando meu pai cortou o silêncio.
-E então Bruna, não se esqueceu do seu compromisso de hoje à tarde, não é mesmo?
-Qual compromisso? -minha mãe perguntou.
-Bruna irá com Ernest hoje à fábrica. Irá conhecer a fábrica.-meu pai explicou.
-Que boa notícia, filha.
-Não sei o por quê da euforia, é apanas uma visita a fábrica. Olhem, já estou atrasada para o colégio, tchau, tenham um bom dia. Saí.Pais de Bruna on
Teobaldo: você também não acha que este aproximamento entre eles está em andamento agradável, querida?
Mercedes: Sim, querido, acho que este aproximamento está perfeito. Quem sabe Bruna não perceba o homem maravilhoso que Ernest é. Ela já está na idade de se casar, 16 anos. Nós nos casamos com 15, não foi mesmo querido.
-Sim, foi...bom...você tinha 15 anos, eu não. Riram.
-Mas espero ter Ernest na família, eu espero.Pais de Bruna Off.
Bruna on:
(...) O dia no colégio tinha passado rápido, ao chegar em casa, o ponteiro do relógio da sala de estar marcava 12:03,
Estava feliz e receosa ao mesmo tempo.
Bem, feliz, porque veria Harry. E receosa, porque eu sairia com Ernest, e eu não gosto disso, não gosto mesmo. E outra parte ruim também, é que infelizmente, eu sei as condições da fábrica, como os funcionários, os operários são tratados, e eu não sei como irei me posicionar com tanta crueldade a minha frente. Eu não sei.