Depois de ver a segunda ala, Ernest quis que víssemos seu escritório. Estávamos subindo as escada quando um funcionário o chamou.
-Senhor, um funcionário se machucou enquanto finalizava o serviço, o que faremos?
-Oras, como assim um funcionário se machuca? Eu acho muito inútil, mande-o embora.-Ernest disse e eu protestei.
-Ernest, não! Que atitude é essa?
-Oras, Bruna.
-Ernest, não faça isto, se o funcionário apenas se machucou, não há necessidade de mandá-lo embora.
-O que você não está pedindo que eu não esteja fazendo hen?
-Tudo bem, Bruna, eu não irei despedí-lo.-Ernest disse e o funcionário o olhou de maneira perplexa.
-Ernest, eu sei fazer curativos...bem...eu aprendi na aula do colégio, eu poderia ajudá-lo.
-Senhor, isto eu já acho de mais.-O funcionário disse e eu o o olhei fixamente.
-Ernest, é só um curativo, que mal há nisso?
-Tudo bem, eu permito, mas seje rápida.
Sentí-me satisfeita.
-Por favor, Franz, leve a senhorita até o operário, não demorem muito.
-Sim, senhor, o funcionário Assentiu e eu o segui.
Fui levada até uma pequena sala.
Franz foi buscar uma maleta enquanto eu adentrava a sala.
-Harry! -Gritei ao analisá-lo sentado em uma cadeira.
-Bruna, o que faz aqui?
-Pedi ao Ernest que me deixasse fazer um curativo na pessoa que se feriu, e eu não sabia que era você, amor. Como você está?
-Eu estou bem, amor. É que eles usam qualquer desculpa para despedir alguém, e essa sala é justamente para isto.
-Você não será despedido, sem saber de quem se tratava, eu pedi à Ernest para não despedir a pessoa, e ele concordou.
Harry não disse nada.
Eu estava com tanta saudade, e não me contendo, eu o beijei enquanto colocava minhas mãos em seus pescoço.
Retribuindo o beijo, ele sussurou um-"Eu te amo". Sorri.
Separamos nosso beijo ao escutar alguns passos se aproximando, era Franz.
Desprendi-me dele e obtive uma postura ereta ao lado da porta.
-Aqui está senhorita.-Franz dirigiu-me a palavra enquanto me estendia a maleta.
-Obrigada.
Fui ao encontro de Harry enquanto abria a maleta.
-Deixe-me ver seu ferimento.
Harry me mostrou me olhando fixamente.
-E você já lavou o ferimento?
-Sim, senhorita.
-Então, tudo bem. -Digo enquanto passava uma pomada em sua mão, esperei secar e enfaixei logo em seguida.
-Está pronto, agora, você já pode voltar ao trabalho.
-Muito obrigado, senhorita.
-então já podemos ir, senhorita, vamos.
Assenti enquanto me desprendia da mão de Harry.
Nos olhamos fixamente e eu saí.
(...)-Já está na hora de eu levá-la para casa, senhorita.
-Sim, então vamos.
(...) Estava adentrando a porta de casa quando Ernest me interrompeu.
-Você é desafiadora.
-Não é isto, eu gosta da justiça, só isso. Bem, agora eu tenho que entrar.
-Tenha um bom fim de tarde.-Disse beijando minha mão.
-Obrigada, passar bem, Tchau. -Digo retirando minha mão de seu toque.
Subi as escadas, indo direto ao meu quarto, eu pude observar o quão feliz eu estava, bem...feliz e receosa ao mesmo tempo, porquê eu não sabia o que esperar para dalí em diante, eu não sabia, e isto me preocupava. Muito.