Entramos na fábrica passando pelo imenso portão logo na entrada. Realmente, aquele lugar era muito grande, as paredes eram terrivelmente altas, era possível notar o extenso corredor. Me assustei.
-Venha comigo. -Ernest me chamou tirando-me de meu transe.
Assenti e adentramos uma imensa porta que dava para outro corredor maior.
Subimos algumas escadas e logo depois estávamos onde acontecia a finalização dos produtos da fabricação.
Observei aquilo tudo do topo da escada, estava amedrontada com tamanha situação.
-Venha, vamos descer.
Estavamos perto de algumas maquinas e meu olhar ia analisando cada parte daquele local à fim de encontrá-lo. Ernest novamente tirou-me de meu transe e eu o observei em sua postura rígida. Ele gritou.
-Funcionários, está é a senhorita Bruna, Bruna Neittor, filha de Teobaldo Neittor, está aqui hoje para conhecer a empresa.
Todos responderam em um coro de-Sim, senhor.-
-Agora, voltem ao trabalho, inuteis.-Ernest deu uma olhada severa para os funcionários e eu o repreendi olhando o fixamente.
-Não se preocupem, podem voltar ao trabalho. -Sorri e Ernest me olhou.
-Venha.-Me chamou e eu o segui.
Meus olhos rodeavam aquele lugar, procurando Harry à todo lugar à minha volta. Eu o encontrei, meus olhos encontraram os seus a poucos passos dalí.
Ele encaixotava algo rapidamente, acompanhando a rápida máquina a sua frente.
Me direcionei próximo a ele, disfarçando para que Ernest não desconfiasse de situação alguma.
Ao me aproximar dele, não foram ditas palavras algumas, apenas nossos olhares conversavam entre si, como se soubesse o que o outro estava pensando e sentindo naquele momento. Eu sorri e o olhei tristemente.
-Venha, Bruna, ainda falta a outra ala que você não conheçe.-Ernest disse tocando minha mão. Eu não pude responder de imediato, estava em total transe, mas retirei sua mão da minha rapidamente e notei Harry deixar cair uma caixa no chão.
-Preste atenção seu inútil, ou será que você não tem capacidade para fazer isto.-Ernest o repreendeu e eu senti um aperto.
-Ernest, pare!
-Irei parar, mas só porquê você pedindo, mas isto aqui, rapaz,-Disse se referindo a Harry.-Será pago com o seu salário.
-Ernest, não! Ele não fez por mal, será que terá uma atitude tão rígida esse ponto, porquê se quiser, saiba que eu mesmo pagarei isto, não tem o porquê de tanta veracidade, ele nem ao menos quebrou.-Disse tentando manter a calma.
-Tudo bem, Bruna, eu não irei cobrar isto do rapaz. Agora, você rapaz, foi livrado, mas não faça isto novamente ou não terá ninguém para se opor ao seu favor.
-Sim, senhor, e obrigado senhorita.
-Operários não são pagos para conversar com superiores, coloque-se no seu lugar, rapaz.
-Não precisa se preocupar, não foi nada.-Digo a Hary. -E Ernest, por favor, chegue de tanto drama.
-Vamos a outra ala.
Assenti seguindo seus passos, olhando para trás logo em seguida, onde deixei o olhar de Harry sobre mim, me olhando carinhosamente.Harry p.o.v
Ela apareceu na fábrica, fiquei muito surpreso, em momento algum pensei que isto aconteceria. Ela estava tão linda, muito linda, ela era encantadora. Estava agradecido pela ajuda a pouco. Vê-la ao lado daquele homem, não me agradou, sua atitude sobre ela estava me deixando irritado, percebi isto da maneira como sua mão tocou a dela, eu não gostei. Eu queria puxá-la alí mesmo e dizer o quanto estava com saudades dela, que eu a amava, mas eu não podia fazer aquilo, eu simplesmente não podia.
Harry p.o.v Off.