Cap 25-Havaí

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Bella:

Passo a noite toda acordada, apenas fingindo que estou dormindo, a única coisa que tenho forças pra fazer e chorar em silêncio, me sinto fraca, tanto por chorar quanto por tristeza.

-Hora de levantar meu amor, daqui a pouco nosso vôo sai.-diz com um carinho que me traz repulsa.

Sento em um pulo, quero ficar longe desse homem.

-Olha, eu busquei o seu café, eu já comi, só falta você, não demora porque temos que ir pro aeroporto daqui a pouco.-diz se sentando na poltrona novamente.

Chego perto da comida e meu estômago revira, não quero comer.

-Não vou comer.

-Vai sim, você tem que comer.-ele grita, mudando de humor de uma hora pra outra.

Com medo eu forço uma garfada de omelete, mas como o cheiro já me repugnava, agora o gosto me dá vontade de vomitar, e é o que eu faço, saio correndo pro banheiro.

-Vou comprar um remédio pra você no caminho, deve ser algo de estragado que você comeu ontem.-diz ele dá porta do banheiro.

Eu fecho a porta em sua cara e entro por debaixo do chuveiro, deixando a água afogar meu medo é minha dor, me perco naquele banho, até que saio do meu pequeno conforto com Emílio me gritando.

-Saia daí logo Bella, tá passando dá hora de sairmos, não podemos nos atrasar e perder o vôo.-ele grita.

Me firmo na ideia de que alguém irá me salvar, visto as mesmas roupas que eu estava e saio do banheiro.

-Se você fazer qualquer gracinha lá em baixo você não estará viva para contar como foi.-diz me mostrando uma navalha.

Meu celular já não esta comigo, com certeza ele tomou de min, como fez com minha bolsa também. Descemos no saguão do hotel, ele com a mão em minha cintura, dá qual tem a navalha, o que me calsa mais medo. Não demora muito pegamos um táxi e chegamos ao aeroporto.

Logo estou despedindo daquela cidade, não sei o que será da minha vida, mas sei que tem pessoas que me amam e vão me procurar, nem que para isso demore anos, como quando eu era apenas uma garotinha.
O embarque foi tranquilo, passamos de boa com a identidade e passaporte falso, pelo jeito ele já estava tramando isso a muito tempo...
O vôo gasta horas, e meu medo é porque eu não sei o que virá pela frente quando aquele avião posar, só sei que estamos indo pro Havaí.

-Acorda querida, estamos chegando você não vai querer perder a vista.-escuto Emílio me chamando, e so aí dou conta de que eu havia dormido, depois de uma longa noite sem dormir e chorando meu organismo não aguentou, e dormi sem ver.

-Acordei.-respondo.

À vista realmente é linda, mas eu não queria estar aqui.
Desembarcamos e logo estamos em outro táxi, andamos por vários minutos.

-Ali querida, aquela e nossa casa, seremos muito felizes ali.-diz sorrindo e me mostrando uma grande casa, dá qual realmente é linda.

-Porque você está fazendo isso Emílio, eu não te amo, eu quero ir embora.-digo chorando.

-Você não me ama agora, mas vai aprender a me amar.-diz passando a mão em meu rosto dá qual eu arranco rapidamente.

-Ja imaginou? Nossos filhos correndo pelo jardim.-diz saindo do carro vindo até minha porta e a abrindo.

-Nunca terei filhos com você.-eu grito.

-Agora não, mais para frente, tudo a seu tempo.

Entramos na casa, e uma casa pequena de uns 3 quartos, mas é bem aconchegante.

-Esse e seu quarto, vou deixar você aqui por enquanto, mas quando você me amar vamos dormir no mesmo quarto.-diz firme.

-Eu NUNCA vou te amar.-eu grito.

-VAI SIM.-grita firme de volta pra min me acertando um tapa no rosto.

Ele me joga pra dentro do quarto e fecha a porta, eu me debruço na cama e volto a chorar, quando finalmente eu me recomponho um pouco eu levanto pra ir ao banheiro, mas uma tontura me atinge fazendo com que eu segure na parede.

Felipe:

Uma longa noite sem fechar os olhos, foi o que aconteceu comigo nessa madrugada.
Saio assim que o dia amanhece para poder ir ao encontro do detetive. O Senhor Heitor também está a procura de Bella, e ja colocou outro detetive pra descobrir onde esse psicopata poderia levar minha loirinha.

-Ola, sou Felipe Brown.-digo estendendo a mão para o detetive.

Combinamos de nos encontrar em um café perto do meu apartamento.

-Prazer senhor Brown, sou Ryan Rodrigues.-diz apertando a minha mão.

-E aí, descobriu alguma coisa?.-Pergunto.

-Como prometi pro senhor passei a noite toda acordado pesquisando sobre o tal Emílio, e então descobri algumas coisas.

-Pode dizer então.

-Ele teve um tempo internado em uma clínica para pessoas com problemas mentais, ele saiu recentemente, seu pai morreu a algum tempo e deixou uma casa para ele dá qual ele vendeu, e depois ele veio pra nossa cidade, ele está estalado em um hotel aqui perto.-diz e me entrega o endereço do hotel.

Quando chego no hotel vou direto pra recepcionista.

-Bom dia, queria saber sobre um hóspede seu, Emílio Costa.

-Sinto muito, mas ele fechou a conta dele hoje com nosso hotel, saiu pela volta das 08:00 horas.

-Você sabe se ele estava sozinho?

-Olha hoje ele saiu com uma moça daqui.

E ela, tem que ser ela.

-Você consegue me explicar como é essa moça?

-Claro, ela é uma loira dos olhos claros, é bem bonita, estava com um vestido azul.

E minhas suspeitas se confirmam, aquele desgraçado está com Bella, até a roupa e a mesma dá qual ela estava ontem.

Eu mato esse desgraçado...

"Destinos Traçados"Onde histórias criam vida. Descubra agora