Cap 28-De Volta Aos Seus Braços

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Bella:

Penso tanto em minha vida, o quanto fui feliz, o quanto tive amor, o medo faz você pensar em tudo que fez, são como fleshback em minha cabeça, a sensação de estar naquele lugar escuro, sozinha e presa e o pior dá minha vida, parece ser meu fim.
Não sei ao certo os minutos que fico ali, mas logo escuto ruídos em cima de mim, aquilo me faz temer mais ainda, não sei se é Emílio ou outra pessoa, e pensar isso me deixa apavorada.
Escuto alguém tentando forçar a pequena porta de madeira a cima de mim, escuto vozes como se fosse sussurros, mas não consigo decifrar o que dizem. Quando menos espero abrem a porta, vejo um homem, ele é policial, identifico isso pela sua roupas.

-Calma, tá tudo bem.-ele diz levantando as mãos querendo me tranquilizar.

É isso? Acabou? Vou voltar pra minha casa, pra minha família e pro Lipe?
Obrigada Deus.

Começo a chorar, choro baixinho, choro de alívio, de felicidade, e também medo do que vem pela frente.
O policial estende a mão pra mim, eu a seguro e subo a escada.

-Vai ficar tudo bem.-ele diz calmo.

Eu afirmo e continuo a chorar baixinho, é tão bom está livre de novo.

"Avisa pros que ta na casa que achamos ela"

Escuto um policial falar.
Saímos do quartinho e eles me levam pra cozinha daquela casa. Na verdade a única coisa que quero e nunca mais vir nessa casa.

-Toma, vai te acalmar.-uma policial diz que dando um copo com água e açúcar.

Bebo a água e tento me acalmar, mas ainda choro, não sei qual motivo, mas ainda choro.

-Loirinha...

Estudo aquela voz e me sobe um arrepio, eu conheço aquela voz, é só Deus sabe o quanto desejei escutar ela novamente.

Felipe:

Me viro prós policiais e logo digo nervoso.

-Ela não ta aqui.

-Calma, procuram pelas paredes, talvez tenha paredes falsas ou algo do tipo.

-Ok-Heitor diz calmo.

-Vem.-um policial diz pro outro e eles saem pelos fundos da casa.

Procuramos por todo lado, mas nada de Bella.

-O que aquele desgraçado fez com a minha filha?.-Heitor diz nervoso.

-Tambem quero saber.-respondo.

-Achamos ela, tava em um quartinho que fica aos fundos dá casa, ela estava em uma espécie de porão.-não escuto nada do que ele diz, a única parte que escuto é "achamos ela".

-Onde ela está?.-Pergunto rapidamente.

-Na cozinha agora.

Eu e Heitor saímos rapidamente em direção a cozinha. Quando chego lá está ela, ela está de costas pra min, escuto ela chorar e soluçar baixinho, mas eu fico sem reação é travo, quando finalmente minhas forças voltam eu consigo pronunciar.

-Loirinha...

Ela demora uns segundos e se vira, ela me olha com os olhos ainda cheios de lágrimas, mas vejo um sorriso brotar em seus lábios.

-Lipe...-Diz baixo.

Eu vou a passos rápidos pro seu rumo, quando fico frente a ela eu a abraço apertado, a sensação de ter ela em meus braços não tem igual...
Meu amor está ali, a salvo e em meus braços.
Solto ela aos poucos e ela olha com seus olhos marejados.

"Destinos Traçados"Onde histórias criam vida. Descubra agora