Cap 36- Rápido

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Bella:

-Felipe eu já disse que só vou sair com elas, para de ser paranóico.-vou pro quarto pegando um vestindo no guarda roupa.

-O que você vai fazer com elas lá Bella? O médico já disse pra você ficar de repouso.

E lá estamos nós descutindo por mais um motivo bobo. Simplesmente porque vou sair com Isabel e Luiza.
Felipe só quer saber de me prender nesse apartamento depois que o médico disse que esse mês eu tenho que me cuidar, pois qualquer hora meus bebês vão nascem, e a gravidez se tornou de risco nesse último mês.

-Não vou descutir com você Felipe, eu quero sair com elas, muito tempo eu não faço isso.-ja estava alterada.

-Tem algum homem no meio disso? É isso? Você nunca reclamou de não sair com elas agora coloca isso na cabeça porra.-gritou comigo.

Poderia escutar de tudo, menos que eu o traiu, eu nunca faria isso, eu o amo.
Quando eu percebi já estava com os olhos marejados, ele realmente conseguiu me magoar. Ele olhou para mim como se tivesse feito uma besteira. E você fez Felipe.

-Desculpa Loirinha eu...

Virei as costas e entrei no banheiro do quarto rapidamente trancando a porta e desabando no choro.

-Bella abre a porta por favor.-diz ele do outro lado da porta desesperado.

-Me deixa sozinha.-pedi entre soluços.

-Desculpa, eu sei que fiz burrada, eu sei que nunca faria algo do tipo.

Fiquei em silêncio, só escutando o som dos meus soluços.

-Não chora amor, eu fiz besteira, eu sei disso, me perdoa.

Respirei fundo tentando acalmar meu choro é em seguida abri a porta saindo do banheiro.
Felipe me olhou por uns segundos e me puxou para um abraço.

-Desculpa, desculpa, eu falei sem pensar.-sussurrou em meu ouvido.

-Eu nunca te trairia.-falei com a cabeça em seu peito.

-Eu sei que não, e eu sou o homem mais feliz por isso, por ter alguém que me ama.

Ficamos calados só sentindo a respiração um do outro por alguns minutos até que o silêncio se dissipou.

-Não sirvo pra isso Lipe.

-Isso oque loirinha?.-Perguntou olhando em meus olhos.

-Não consigo, eu não vou ser uma boa mãe é muito menos uma boa esposa.-la vai eu voltar a chorar.

-Ei, você já é isso tudo é muito mais, e olha que a gente nem casou.-diz me arrancando um sorriso.
-Você tem direito de se divertir com suas amigas, sou eu que sou protetor demais.

-So íamos ao shopping.

-Eu sei, e você ainda vai.

-Não quero mais não Lipe.-sussurrei abraçando ele.

-Ei, você tava doidinha pra ir, não é porque o idiota do seu noivo fez merda que você não vai.-diz fazendo graça.

-Posso só ficar aqui com você abraçada?.-Do nada tinha perdido a vontade de sair, só queria ficar em seus braços.

-Claro, você que decide, mas não quero que se sinta pressionada, se você quiser ir, vai amor.

-Quero só ficar aqui.

-Vem então.-ele me puxa até a cama, nos deitamos e eu descanso minha cabeça em seu peito.

Esses últimos 3 meses tem sido uma variedade de coisas. A convivência com Felipe e ótima, mas sempre tem alguma discussão boba, mas eu com meus hormônios a flor dá pele sempre acabo em choro. No último mês minha pressão tem almenta muito, o que causou uma gravidez de risco. O médico disse que apesar de tudo meus filhos estão bem, e que qualquer hora pode nascer já que estou perto dos nove meses, é o médico acha muito difícil a gravidez ir até lá.

-Amor o que acha de Pedro?.-Pergunto pensando no nome do meu filho.

-E bonito, mas tem melhores.

Penso um pouco, qual seria ideal pro meu bebê.

-Qual era o nome do seu avô?

Felipe já me disse várias vezes como era grande o carinho que o avô tinha por ele antes de falecer.

-Ryan.

-Então nosso filho vai chamar Ryan, Ryan Brown.

Ele me olha com o melhor sorriso do mundo e beija meus lábios.

-Obrigada.

-Pensei que você ia gostar.

-O que acha de Hanna loirinha?-Perguntou.

Eu sabia onde ele queria chegar, era o nome da minha avó materna.

-E um Belo nome.

-Então aí está, nossos bebés vão se chamar Ryan e Hanna.

Eu apenas sorri, era a única coisa que eu conseguia fazer.

A noite chegou rápido, uma bela noite de sábado.

-O que acha de uma pizza?.-Perguntou Lipe.

-Acho uma ótima ideia amor.

-Então vou pedir a pizza e depois tomo um banho.

-Ok.

Ele saiu e logo eu levantei, estava meio entediada então segui para o quarto dos meus filhos, a melhor parte da casa.
Compramos tudo quando eu estava com 7 meses, compramos só as coisas do quarto, porque só de roupas, meus pais, sogros e amigas me encheram rsrsrs, tive que explicar para eles que teria dois bebês, e não cinco.

Escolhemos tudo junto, Felipe e um máximo, sempre participa de tudo.
O quarto se resume em cores claras, na maior parte creme, poucos detalhes rosa e azul.
Depois de namorar o quarto dos bebês eu saio indo pra cozinha. Resolvo fazer um suco pra acompanhar a pizza.

-Eles falaram que não demora a chegar.-diz Felipe descendo a escada com os cabelos molhados e com uma calça de moletom, deixando seu peitoral amostra, ele tem um belo corpo.

-Gostou da visão?.-brincou comigo.

-Com toda certeza moço, mas estou noiva, meu noivo não iria gostar de saber disso.-entro na brincadeira.

-Acho que seu noivo resolve o problema.

Ele me abraça por trás beijando meu pescoço.
Do nada sinto algo caindo aos meus pés... como se eu tivesse feito xixi.

-Amor eu tô molhada.-digo começando a assimilar que meus filhos vão nascer, que foi minha bolsa que estourou.

-Eu sei, causo isso em você.-diz com voz safada em meu ouvido.

-NÃO FELIPE, MINHA BOLSA ESTOUROU, SEUS FILHOS VÃO NASCER SEU RETARDADO DE MERDA.-gritei sentindo as contrações.

Ele parecia atordoado, parecia não entender nada.

-FELIPE ACORDA, PRECISAMOS IR PRO HOSPITAL.

-Ta..Tá bom, vou pegar sua bolsa e a dos bebês..-Disse subindo correndo.

Sentei no sofá e tentava respirar calmamente, realmente aquilo doía demais.
Ele trouxe uma roupa limpa e eu troquei alí mesmo na sala.

-Vamos.-diz me segurando pela cintura.

-Aaaaaah.-gritei quando senti uma contração.

-Meu Deus.-Felipe estava roxo.

-MALDITA HORA QUE EU DEIXEI VOCÊ USAR ESSA MINHOQUINHA.-gritei nervosa.

-Ei, pode falar o que quiser, mas menos que é uma minhoquinha.

-RAPIDO FELIPE.

-Ok, vamos.

Abriu a porta me ajudando a caminhar.

"Na hora da dor, ninguém sabe o que diz ou o quê faz"

"Destinos Traçados"Onde histórias criam vida. Descubra agora