Cap 50- Chega!

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Felipe:

-Eu não aguento mais esperar cara, ainda falta 5 meses até ela vir.-Rodrigo diz apreensivo.

Isabel iria vir nas férias, mas por contra tempos ele vai vir só para as festas de fim de ano.

-Posso fazer nada Rodrigo, foi você que deixou ela ir embora a anos atrás, agora aguenta, pra quem ficou anos sem ver ela... Mais cinco meses não vai te matar.

-E cara, mas eu quase morri nesses quatro anos, como será que ela está? Será que namora?

-Da última vez que eu conversei com ela, ela estava estranha, parecia pensativa é tinha uma voz triste.

-Sera que aconteceu algo com ela?.-ele parecia preocupado.

-Queira Deus que não, acho que é só cansaço, além de ajudar na empresa do papai ela ainda faz faculdade, e muita coisa pra ela.

-Eeeh deve ser.

No fim da tarde eu já estava em casa, Maitê buscou os meninos no colégio hoje é ficou com ele pra mim em minha casa, já que hoje nem minha mãe nem a senhora Bianca poderia ficar com eles.

-PAPAIIII.-grita os dois juntos.

-Oi meus monstrinhos.-falei beijando seus rostos.

-Bom, já que chegou eu vou indo.-Maite falou levantando.

-Não quer que eu te leve?.

-Não precisa, não vou pra casa agora, tenho um compromisso, pode deixar que vou de táxi.

-Ok, e obrigada mais uma vez por cuidar deles pra mim hoje.-falei sincero.

-Não tem de quê, quando precisar é só me chamar, eu cuido desses pestinhas.-falou sorrindo.

-Tchau titia Maitê.-falou Hanna beijando sua bochecha.

-Tchau meu solzinho.-retribui o carinho.
-Tchau também meu pequeno Ryan.-disse ela o abraçando fortemente.

-Tchau tia.-ele diz carinhosamente.

Eles são bem apegados na tia, na verdade sempre foram.
Assim que ela saiu às crianças me olham com os rostinhos empolgados.

-O que foi?

-Hoje a gente pode ver a mamãe?.-Perguntou Hanna com os olhinhos brilhando.

E lá vai mais uma resposta da qual me deixa triste de dizer:

-Não filha, não podemos visitar a mamãe por enquanto.

E vejo seu rostinho de esperança virar algo tristonho, assim como o do seu irmão.

Bom, vocês devem estar se perguntando, o que aconteceu? Como Bella está? E o que posso responder pra vocês e que Bella está cada dia melhor, hoje faz dois meses e meio que ela acordou, e com a fisioterapia ela está cada vez melhor, fala com quase nem uma dificuldade, apenas para andar que ela tem um pouco de problema, mas o médico disse que logo logo ela vai estar correndo.
Todo dia tenho que me deparar com o rosto triste dela, quando me pergunta quando ela poderá ver os filhos, e eu digo "logo logo".
Para as crianças tem sido mais difícil, pois eles visitam a mãe deis de que se entendem por gente, e do nada o pai deles chega e fala "Vocês não vão poder visitar a mamãe por enquanto", e daí vem os famosos "porquê?" E aí tenho que enventa mil e um desculpas.

-Mas a gente quer ver ela papai.-Ryan diz tristonho.

-Eu sei, mas não vai demorar muito e vocês vão poder ver ela novamente.

Depois da nossa conversa eu os levei para casa de Rodrigo, eu tinha que ir ver Bella no hospital e ele se ofereceu para ficar umas horinhas com eles  enquanto eu a visito.

Entro no quarto com cuidado, minha loirinha está focada em algo que passa na tv, sua pele já está corada, ela usa um vestido soltinho e seu cabelo está preso em uma transa lateral.

-Oi.-digo entrando.

Assim que ela me vê ela da aquele sorriso do qual eu amo completamente.

-Oi amor.-diz ela.

Chego perto dela é beijo seus cabelos e a abraço.

-Acho que você já está bem pra eu fazer isso.-sussurro em seu ouvido.

-Isso o...-antes que ela terminar de falar eu a beijo, e não um selinho, e sim um beijo de tirar o fôlego, como eu queria dar a muito tempo.

Não sei quanto tempo fico perdido em seus lábios, talvez segundos, ou minutos, mas para mim foi uma eternidade de desejo é amor.

-Senti falta disse.-Bella diz quando finalizamos o beijo.

-Você não sabe o quando loirinha.

-Como foi seu dia?.-ela pergunta se afastando um pouco na cama, para ter espaço para eu deitar junto dela.

-Cansativo.-falei com um pequeno sorriso enquanto deitava a seu lado.

-Como está Hanna e Ryan?-perguntou cautelosa.

-Estão bem, Hanna esta toda animada por fazer uma apresentação de um teatro infantil no colégio.

Vie seu rosto se transformar em tristeza rapidamente, e abaixar a cabeça desviando seu olhar do meu.

-Ei, o que foi?.-perguntei pegando seu rosto em minhas mãos fazendo ela me olhar.

-Não posso mais Felipe, eu não posso ver meus filhos, e nem ver uma simples apresentação na escolinha deles, eu não tô aguentando, maldito acidente.-diz ela já chorando de forma sentida.

-Não, ei calma, você vai ver muitas apresentações deles amor, você terá muito tempo para ver várias apresentações, e dar muito amor para eles.-a abraço enquanto ela soluçava.

Ela continuou chorando, e pra mim aquilo já dava, eu não poderia ver minha mulher nem mais um minuto chorando ou sofrendo, chega de tristeza, ela não merece isso.
Me levantei da cama e ela me olhou sem entender.

-Não vai, por favor.-ela implorou com seus olhinhos de súplica.

-Calma querida, eu vou trazer uma surpresa pra você, só isso, prometo que volto ainda hoje.-beijei seus lábios brevemente.
-Te amo querida.

-Tambem te amo.-disse com um sorriso singelo.

Sai do quarto e fui direto pra o consultório do doutor.

TOC TOC

Escutei ele autorizando minha entrada, e assim eu fiz, entrei no consultório.

-Ola Felipe, o que devo a honra de te ver aqui?.-perguntou educado.

-Ola doutor, só vim avisar que estou indo agora mesmo buscar meus filhos, para que possa ver a mãe, não aguento ver minha esposa sofrer, e não vou mais seguir com isso de os deixar afastados.-falei tudo de uma vez.

-Que bom que veio Felipe, eu iria falar com você amanhã, mas já que está aqui já digo agora.

-O que?

-Eu ia dizer ao senhor que sua esposa so vem melhorando, é que você poderia trazer seus filhos quando quisesse, então se quer fazer isso hoje, recomendo que corra e busque eles.

"O sofrimento de quem amamos significa o nosso sofrimento"

"Destinos Traçados"Onde histórias criam vida. Descubra agora