É indescritível a sensação de contar uma coisa que você mal entende para alguém que lhe é tão importante...
Sentia todos os músculos do meu corpo tremerem... Meu coração parecia que ia saltar boca á fora...
A expressão no rosto da pessoa em questão (minha mãe) era um misto de choque com descrença... Como se eu tivesse acabado de dar uma martelada no dedo dela...
Meus ouvidos estavam pulsando... Clamando por uma palavra que fosse...
Silencio...
- Mãe eu... Eu sei que... Eu... – Eu não sabia o que dizer...
E pelo visto ela também não...
De repente ela balança a cabeça... Pisca os olhos e respira fundo... Como se tivesse acabado de virar um copo de tequila garganta a baixo...
- Mãe?... Fala alguma coisa... – Digo tentando saber o que ela estava pensando...
Meu Deus é nessas horas que eu queria muito ser Edward Cullen... Poder ler mentes seria algo decisivo nesses momentos em que você não tem a mínima ideia do que se passa na cabeça dos outros...
- Rafael eu simplesmente não sei o que falar, e nem sei se quero falar alguma coisa... Na verdade eu acho que vou... Bom eu... Tenho um monte de coisas para fazer hoje...
Minha mãe simplesmente da meia volta e entra novamente para o interior da minha casa...
Fico ali pasmo...
Sinto meus olhos começarem a queimar...
Não chora... Não chora...
Chorão...
Dou meia volta também e as coisas ficam turvas a minha volta...
Desço a rua da minha casa sem nem pensar aonde eu devo ir...
Tento pensar, mas a única coisa que consigo ver é o rosto surpreso e descrente da minha mãe... Tento respirar, mas o sapo entalado na minha garganta não deixa...
Começo a andar mais rápido e quando vejo já estou correndo... Sem direção, sem rumo...
Alço uma buzina forte e uma brusca freada, mas não paro para ver.. Continua correndo até chegar num parque florestal que tem perto de casa... Adentro o parque como uma bala... Paro quando esbarro com força em uma arvore, perto do lago...
Então desabo sem forças alguma para levantar...
Só consigo chorar... Não por que quero e nem por ser dramático, mas um choro de desespero...
Afinal era obvio que o rosto da minha mãe não seria o primeiro que eu veria me olha com desaprovação...
Sinto meu iphone vibrar várias vezes no meu bolso...
Tento pegar, mas minha mão treme tanto que o derrubo umas duas vezes até conseguir segurar...
Tento ler o nome de quem está me ligando, mas não consigo...
Ahhhhhh que ótimo...
Além de ser um destruidor de mãe eu estou cego também...
Então atendo...
- Rafa aonde você tá? Porra como você sai assim e nem diz aonde vai? ... Rafa? – Bruno diz com a voz grossa e brava...
- Eu... Eu... Vem me buscar... Por favor... Vem me buscar... – Começo dizer entre choro e desespero...
Tudo o que eu quero agora é ele...
- Ei onde você está... Rafa o que tá acontecendo...? – ele pergunta
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Apaixonado por um Pitboy
RomanceNossa história continua... e será publicado restante da história de tempos em tempos ... e-mail para contato : rafinhaferrari2007@hotmail.com