Capítulo 6

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N/A: Boa tarde, amores! Espero que gostem do capítulo.

Beijos, Jull Evans

Capítulo 6

Vou até onde Will está de pé, ao lado do que penso que seja sua mesa.

— Oi. — falo quando o alcanço.

— Oi. — ele fala, e sinto seus olhos quando eles correm por todo o meu corpo.

— Almoço. — falo de forma esganiçada, sentindo meu rosto esquentar.

Ele olha para as vasilhas na minha mão estendida.

— É só para dar boas vindas. Além disso, faço o almoço do meu pai todo dia.

Ele mantém os olhos em mim enquanto pega seu almoço. Nossas mãos se tocam, e sinto meu corpo começar a tremer por causa do calor irradiando entre nós.

— Eu tenho que ir. — murmuro.

— Para onde vai hoje?

— Vou pegar o ônibus para ver um filme ou qualquer coisa. — falo, sem querer ir a lugar nenhum.

— Posso te ver mais tarde? — Will pergunta, e vejo seu pomo de Adão se mexer.

— Eu iria gostar disso. — admito. — Posso ir para o seu apartamento, depois que sair do trabalho, que tal?

— Sim, saio daqui às seis, então devo estar em casa por volta de seis e meia.

Balanço a cabeça e vejo que ainda estou segurando sua mão. Lentamente eu a solto, e sinto falta do seu toque no mesmo instante.

— Te vejo em breve, então. — Will fala, me dando um sorriso que me deixa acesa.

— Sim. — murmuro e mordo o lábio antes de sair.

Quando estou do lado de fora, respiro fundo e olho para o céu. Balanço a cabeça, olhando de volta para a estação. Não consigo evitar sorrir enquanto vou para o ponto de ônibus.

Decido passar na livraria e comprar alguns livros novos antes de qualquer coisa. A leitura é meu primeiro amor, e prefiro isto ao cinema. Fico na livraria por umas três horas, escolhendo seis livros. Meu objetivo é levá-los para casa e lê-los enquanto tomar banho de sol no quintal, ou levá-los para uma campina que achei. Porém, agora quero me sentar em silêncio e ler por algum tempo, então vou para o parque para fazer isto antes de voltar para casa.

Deixo-me ser levada para dentro da história do primeiro livro que escolhi. Eu, claro, perco a noção do tempo, e quando olho ao redor vejo que o parque está se esvaziando enquanto pais e crianças vão para casa. Guardo meus livros, dou uma olhada nas horas e fico louca porque já são quase sete horas.

— Merda. — falo, revirando minha bolsa atrás do meu celular. Sei que vou precisar ligar para meu pai para conseguir o número de Will e avisar que vou me atrasar.

— Tem horas, amor?

Dou uma olhada para o homem que falou. Ele parece ter uns vinte e poucos anos, e me dá a impressão de ser universitário.

— Cinco para as sete. — conto enquanto me levanto para ir para o ponto de ônibus.

— Tem certeza? Pode conferir para mim?

Olho para o cara e franzo a testa.

— Eu olhei logo antes de você falar comigo. Faltavam exatamente seis minutos para as sete. — falo sem parar.

— É, mas então você falou comigo, então é mais tarde agora. Preciso saber a hora exata, tenho um encontro.

Engulo em seco, sem gostar do desespero do cara pelas horas.

— Bom, é o melhor que posso fazer. — falo, olhando para ele com o canto dos olhos, enquanto tateio minha bolsa atrás do spray de pimenta.

— Por favor, confere de novo?

Desta vez eu não respondo e só continuo andando.

— Lucas!

Olho e vejo mais três caras vindo na minha direção.

Continuo olhando para eles, com a cabeça erguida, enquanto reviro minha bolsa atrás do spray de pimenta.

— Merda! Ela é uma foguentinha. — o cara continua.

— Ela também é uma convencida. — uma nova voz fala atrás de mim. — Não podia nem olhar as horas para Lucas quando ele perguntou.

Eu respiro lentamente, sabendo que preciso continuar calma. Tenho três caras na minha frente e pelo menos dois atrás de mim. Solto um gemido quando eles me cercam.

— Meu pai, o chefe de polícia, está esperando por mim para o jantar. Então saiam da minha frente! — exigo, mas eles riem.

— Calma, flor. Só queremos nos divertir. — Lucas fala.

— SOCORRO! — grito quando se aproximam.

Começo a chutar e gritar. Sem chances, não vou sem uma luta.

O primeiro que passou por mim me acerta no rosto e zomba.

— Não tem ninguém por perto, puta idiota.

— Errado, cuzão! — levanto a cabeça e dou de cara com um Will furioso.



Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora