Capítulo 15

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Acordo lentamente e sinto alguém me encarando. Quando viro o rosto, vejo a pessoa a quem já estou me apegando.

— Vá se vestir. Vamos comer alguma coisa quando saírmos. — Will fala, saindo da minha cama.

Meus olhos vão para suas costas e observo enquanto ele veste seu jeans. Ele se vira e prende o cinto com um sorriso.

— Aproveitando a paisagem?

— Sim. — falo sem vergonha nenhuma. Ainda sinto meu rosto esquentar, mas não estou tão envergonhada quanto seria o normal.

Rolo para fora da cama e vou até o guarda-roupas rebolando, só para garantir. Pego minha lingerie de renda preta e a visto lentamente. Viro e visto uma saia jeans justa que cobre o que precisa e olha lá. Escolho um top que valoriza meus seios, e dou uma olhada na direção de Will.

Sorrio quando vejo sua ereção apertada dentro da calça jeans. Vou até ele, ficando na ponta dos pés para beijá-lo, mas ele se afasta.

— Ei.

— Ei nada, anjo. Se me beijar não vamos sair desse quarto, e estou morrendo de fome!

— Tenho uma coisa que posso comer. — rio da minha própria piada.

— Acho que te corrompi depressa demais, ou você sempre teve boca suja?

— Para onde iremos? — pergunto, mudando de assunto.

— Port Angeles. Estão rolando umas corridas de rua.

Olho para ele, chocada.

— Will, você é um policial e corridas de rua são ilegais.

Ele sorri.

— Sim, eu sei, mas não sou um policial, sou um detetive. Além disso, já faz algum tempo que o Chefe conseguiu licenças para as ruas ao redor dos armazéns. Os pirralhos podem correr lá e é fora do trânsito pesado. É muito mais fácil de monitorar e controlar as medidas de segurança para o público e os corredores.

Estreito os olhos e Will suspira.

— Tem muito mais lá do que só as corridas. Tem pista de skate e bicicleta, e várias coisas. Também tem um espaço para aprenderem a consertar carros. É um espaço para crianças que não têm para onde ir. As atividades ajudam a mantê-las ocupadas, então elas não causam problemas. Ajuda, eu sei, porque me ajudou.

Assinto, ouvindo a suavidade na voz de Will.

— Não acredito que ele nunca me contou, e estou surpresa que a polícia e o governo coloquem dinheiro em algo assim.

— Eles não pagaram.

Viro para ele.

— Então como? Porque a menos que papai esteja escondendo que é um milionário, ele teve ajuda.

— Minha família e eu pagamos.

Engulo em seco e me aproximo dele.

— Na época que ele começou, eu estava em um caminho bem ruim e andando com as pessoas erradas. Alguns dos meus amigos tinham problemas em casa, então ficar nas ruas era o único jeito para eles.

— Como o Sam?

Will olha para mim e segura minha mão.

— É, como Sam e alguns muito piores. O chefe pegou Sam e eu fazendo ligação direta num carro uma vez. Pensei que estávamos ferrados, mas ele nos fez contar o motivo. Quando descobriu a verdade, ele ajudou a tirar Sam daquela casa e o levou para longe do pai. Eu fiquei chocado, mas feliz por ele ter feito isso. Nossa punição foi cuidar dos carros da delegacia. Foi isso que mudou minha vida. Ver o que seu pai fez, e como ele sempre colocava a vida dos garotos em primeiro lugar, fez a diferença. Ele estava sempre tentando achar um jeito de manter os mais jovens seguros, fora de perigo e da cadeia.

Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora