Capítulo 13

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           Acordo emaranhada nos braços de Will.

— Bom dia, anjo. — ele fala, sonolento.

Murmuro um bom dia de volta enquanto me aperto contra seu corpo.

— Temos que levantar agora?

Sinto seu sorriso quando ele beija minha têmpora.

— Não, ainda está cedo.

Depois de um beijo doce no seu peito, inclino a cabeça para olhar para ele. Will me dá aquele sorriso sexy e mexe as sobrancelhas, fazendo meu rosto esquentar.

Nós dois parecemos presos um nos braços do outro por alguns segundos. Logo ele me vira, me deitando de costas e se acomodando entre minhas pernas.

Quando seus lábios encontram os meus, me perco completamente. Apesar de ainda estar incerta sobre o que está acontecendo entre nós, sei que quero passar o resto da minha vida nos seus braços.

Depois da nossa manhã preguiçosa, me sinto triste quando chegamos na minha casa.

— Anjo, não fique assim. Prometi que iria te trazer de volta. — Will fala, me beijando.

Nos separamos com um pulo quando alguém bate na janela do carro.

— Espero que não tenha corrompido minha filha, Clark. — meu pai fala, parecendo estar com raiva.

— Claro que a corrompi. Ela é meu anjo das trevas agora. — Will responde, sorrindo, enquanto eu engulo em seco.

— Hmm, bom, desde que ela não faça nada para ir parar na cadeira. Quer dizer, eu odiaria ter que atirar no meu melhor detetive. Já estou ficando sem espaço para enterrar os corpos.

Estreito os olhos enquanto meu pai ri da própria piada ruim.

— É isso? Você realmente não vai falar nada sobre eu estar pegando esse motoqueiro tatuado que é dez anos mais velho que eu?

Meu pai olha para mim e dá de ombros.

— Não. Acredito que você já tem idade o bastante para fazer suas próprias escolhas. Além disso, eu teria que ser cego para não ver as fagulhas entre vocês dois. Vivo no mundo moderno e sei que se te proibisse de ver ele, isso só iria aproximar vocês dois ainda mais. Se ficar fora disso é melhor. Desse jeito, se não quiser ficar com ele, não vai ficar. Ao menos sei que estão juntos porque você quer, e não porque está provando alguma merda para mim.

Levanto uma sobrancelha para ele.

— Certo, bom, tenho que entrar e tomar um banho. Tenho um encontro com Malu.

Viro para Will, que parece estar segurando o riso.

— Fecha a boca, anjo. — ele fala, me beijando.

Sorrindo, puxo Will para perto. Justamente quanto estava gostando do beijo, ele se afasta.

— Desculpe, anjo, mas tenho o turno da noite hoje.

Suspiro e assinto, saindo do carro.

— Te ligo mais tarde, okay?

— É melhor ligar mesmo. — eu falo, enfiando a cabeça pela janela do carro para um último beijo.

Entro em casa e vou direto para o meu quarto guardar minha mochila. Assim que chego no último degrau, posso ouvir meu pai cantando "Shut up and Dance" no chuveiro. Balanço a cabeça e rio enquanto vou para o meu quarto.

Sento na minha mesa e dou uma olhada na correspondência. Solto um gemido quando vejo que tenho que ser jurada em algumas semanas.

— E não adiantou nada ter esperança de que o fato do meu pai ser policial faria com que não me escolhessem. — resmungo, sem querer ir.

Para limpar a cabeça, pego minha câmera e saio de bicicleta para tirar algumas fotos pela cidade. Depois de um tempo tirando as fotos, resolvo voltar para a casa, tomo um banho para relaxar e depois resolvo tirar um cochilo.

Sou acordada por algo batendo na minha janela. Presto atenção mas não escuto mais nada, então me viro na cama. Escuto o barulho de novo e abro os olhos lentamente. Levanto e vou até a janela. Olho para fora, mas não vejo nada, nem nenhum galho da árvore mais próxima encostando no vidro. Abro silenciosamente a janela e coloco a cabeça para fora. No mesmo instante uma pedrinha me acerta na testa.

— Merda, me desculpe. — Will meio grita, sussurrando.

— O que você está fazendo aqui às... — Paro e olho para o relógio — Uma hora da manhã?

Não é que eu não esteja absurdamente feliz por vê-lo. Desde nossa noite juntos, quatro dias atrás, ele está preso no turno da noite. Só conseguimos conversar por mensagens no celular, o que não é a mesma coisa que o ver.

— Se arrume e desça. Vamos sair.

— O quê? Tenho que acordar meu pai para avisá-lo que...

Antes de terminar de falar, Will está balançando a cabeça.

— Saia escondido, anjo. Seja má uma vez na vida.

Olho para ele, que me dá aquele sorriso travesso.

— Okay, me dê cinco minutos. — falo antes de me afastar da janela.

— Teoricamente ele é um policial, e está aqui querendo que eu saia de casa escondida com ele, sendo que seu chefe é meu pai. — murmuro enquanto me visto.

Desço as escadas na ponta dos pés e saio de casa. Congelo quando vejo que ele está com sua moto.

— Vamos, a noite ainda é jovem. — ele diz, colocando o capacete em mim.

Sinto meu corpo tremer enquanto ele me coloca na moto e ela começa a vibrar.

— Se segure, anjo. Essa vai ser a corrida da sua vida. — Escuto através do headset do capacete.

Passo os braços ao redor dele e me seguro com força, logo antes de Will dar a partida. Não preciso de muito tempo antes da adrenalina me atravessar.

— Eu sabia que ia amar isso! — falo alto e escuto Will rir.

Só queria não estar de capacete para poder sentir o vento no meu rosto.

Não demora muito para ele parar na porta de um bar. Descemos da moto, e eu encaro o letreiro por um instante.

— Eu só dezoito anos, não vão me deixar entrar. — murmuro no seu ouvido.

— Não, anjo, você tem vinte e cinco. — ele fala, me entregando uma identidade que tem todas as minhas informações corretas, com exceção do ano em que nasci.

— O quê? Tem certeza que é um policial? — pergunto enquanto ele ri, assentindo.

Ele puxa meu braço, segurando firme enquanto vamos até o segurança na porta, que confere minha identidade. Fico chocada quando ele nos deixa entrar sem questionar, e entramos no bar.

N/A: Espero que gostem do capítulo.

Beijos, Jull Evans

Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora